terça-feira, 30 de novembro de 2010

Toy-beco

Toy Beco: desenvolvido por Suzana Marília dos Anjos Oliveira, baseado na realidade e personagens marcantes dos becos e vielas do Aglomerado da Serra


por Marcela Ferreira e Nayara Rodrigues.

Aglomeradas é a marca lançada pelo projeto Asas responsável pelo desenvolvimento e criação de produtos como aventais, bolsas, estojos, jogos americanos, almofadas, cadernos, entre outros. As artesãs contam com o espaço físico da Escola Municipal Padre Guilherme Peters e materiais para a produção e em contrapartida, repassam os conhecimentos adquiridos às crianças estudantes da escola, em uma iniciativa do programa da prefeitura de Belo Horizonte, o “Escola Aberta”.

O “Toy-beco” é um dos produtos comercializados pelas artesãs e foi desenvolvido por Suzana Marília dos Anjos Oliveira, baseado na realidade e personagens marcantes dos becos e vielas do Aglomerado da Serra. Os materiais utilizados foram feltro e manta acrílica e as técnicas empregadas, costura e serigrafia.

São vários modelos de toys e estes estão disponíveis em três tamanhos. Os produtos são muito bem acabados e dotados de uma identidade muito forte que obrigatoriamente associa-se à vida na periferia desde a primeira análise. Além disto, a escolha cromática foi certeira, tanto na consonância com as cores da favela quanto no bom gosto na escolha das mesmas.

Os produtos do Asas Aglomeradas podem ser adquiridos nas lojas Grampo localizada na rua Germano Torres, 6 Sion, ou na Quina Galeria, localizada no edifício Maleta, slj 06, na Rua da Bahia, 1148, ambas em Belo Horizonte.

Toy Beco: desenvolvido por Suzana Marília dos Anjos Oliveira, baseado na realidade e personagens marcantes dos becos e vielas do Aglomerado da Serra

Moda Solidária

O Proação é uma ONG que ajuda 256 crianças a construir uma nova perspectiva de vida através da Cultura, a Arte e o Lazer complementando a educação básica que elas recebem.É um projeto que visa criar novas possibilidades para crianças que até então estavam nas ruas.
Para o desenvolvimento de suas ações o Proação recebe ajuda de sócios e alguns parceiros que contribuem tanto com serviços como com capital. Um destes parceiros, a Covolan uma grande indústria de jeans, fornece a matéria-prima para a produção de bolsas solidárias.
Márcia Pruddente atua em Belo Horizonte com vários projetos na área de moda, como desenvolvimento de  bolsas em jeans e desfiles, buscando diminuir as diferenças sociais. Promovem a inserção das crianças da Sociedade São Vicente de Paula na sociedade, possibilitando-lhes oportunidades de conhecimento e produção  e, consequentemente, contribuindo para a diminuição da criminalidade.
Várias marcas consagradas já aderiram à idéia, e criaram suas bolsas personalizadas em parceria com a estilista.A responsabilidade social está sendo cada vez mais incorporada nas estratégias empresariais da moda brasileira
A “Bolsa Solidária” - 2009
Foto: Arquivo Proação
Toda a renda líquida das sacolas está sendo destinada às obras de reforma da nova sede da ONG o Proação no bairro Horto, em parceria com a Sociedade de São Vicente de Paula, onde será instalado até o início de 2009 o "Núcleo Proação de  Cultura", que reunirá todas as atividades culturais da instituição. Com esta ação, o Proação e as empresas parceiras, cumprem seu papel na sociedade, no sentido de formar cidadãos conscientes e responsáveis, além de criar oportunidades de trabalho, uma vez que as ecobag´s são produzidas por costureiras do terceiro setor de Belo Horizonte.
A responsabilidade social está muito além da estratégia de marketing. Ela requer compromisso, envolvimento e participação, pontos fundamentais para o desenvolvimento e sucesso deste tipo de iniciativa. Sem eles, as empresas deixam escapar uma excelente oportunidade de escrever uma história melhor para o seu país.
Entrevista: 
Marcia Pruddente realiza  projetos de moda proporcionando a inclusão social de crianças carentes em Belo Horizonte
Foto: Arquivo Proação - 2009

E: Qual o objetivo de vocês com a ONG?
MP: Dentro do Proação trabalhamos com muitos jovens e eles merecem ser cidadãos de direito e não apenas de deveres. Nossa missão é que possam ser vistos como pessoas conscientes de seu papel na sociedade e não como coitadinhos ou bandidos. Queremos dar a eles a dignidade de andar de cabeça erguida em qualquer lugar com suas capacidades profissionais qualificadas.
E: Por que a realização dos eventos?

MP: Nós trabalhamos em conjunto com as comunidades. Nossa ideia é a de que as pessoas participem dos eventos ou comprem as peças não só porque são chiques e elegantes, mas porque ajudar o próximo vai muito além disso. Devemos fazer a nossa parte, contribuir por uma sociedade melhor, porque nós podemos mudar o mundo sim. E acreditamos antes de tudo que: o ser humano precisa ser humano.
Crianças e colaboradores da Sociedade São Vicente de Paula
Foto: Arquivo Proação - 2009

Nota: multiartista imperdível na 29a Bienal de Arte de São Paulo

Anna Luiza Magalhães, Flávia Virgínia, Luiza Pacheco

Um dos maiores destaques da 29ª Bienal de Arte de São Paulo é o desenhista, pintor, arquiteto, escritor Flávio de Carvalho (1889-1973).  O irreverente e politizado multiartista ficou conhecido pela sequência de desenhos de observação da sua mãe no leito de morte. A série Minha mãe morrendo (1947 ) é um belíssimo trabalho que merece ser visto nessa edição da Bienal, que conta também com documentos fotográficos de outras obras de Flávio de Carvalho, como  a performance Experiência n.2, onde o artista invade uma procissão de Corpus Christi, andando na direção contrária às dos fiéis e trajando um boné verde. A performance acabou provocando a revolta da multidão, que quase o linchou.

Nota Festas

Por Amanda Marques, Camila Yoshida, Manuela Gastal e Paula Carvalho
Depois da agitação do último final de semana com a festa de um ano da “Cinco”, chegou a hora de começar a progamar os embalos dessa semana. Já na quinta, a festa “Back 2 Black” no Café De La Musique promete tirar todo mundo de casa. Na sexta-feira, o Hip-Hop continua, dessa vez na “Cinco”, com a última edição de 2010 da festa “5 Stars Hip-Hop”. Para quem curte trance, a opção é a festa “StereoTech – Mafia Club”, na “Roxy”. No sábado, a noite é de doações na “Cinco”, com o projeto beneficente Think About, embalado pelos DJs Michel Lara, Rodolfo Brito e Cacá de Brito. Já na boate “Josefine”, quem embarca é a festa de lançamento do cruzeiro “Fredon on Board”.


Perfil Jum Nakao

Estilista fala sobre moda, arte e cultura

O estilista brasileiro Jum Nakao, neto de japoneses, cria suas coleções pensando em uma maneira de sempre fazer o público interagir com seu trabalho. Polêmico, chama atenção com sua criatividade. A coleção ‘A costura do invisível’, talvez a mais marcante de sua carreira, está exposta no Museu da Moda, em Paris, e é considerado o “desfile do século”. Jum já assinou coleções para marcas como Zoomp, Nike, a catarinense Guga Kuerten e agora cria para a grife Oxto.
O estilista esteve em Belo Horizonte em agosto do ano passado ministrando um workshop para estudantes de moda da Universidade Fumec, no Shopping Pátio Savassi. Durante os diasde duração do workshop foram realizadas várias conversas com os estudantes.

 Como é a relação da moda com a arte nos seus trabalhos?
Jum – Eu acho que a moda, a roupa, é um suporte, é uma mídia, uma ferramenta para você expressar e embutir seus conceitos. Você pode fazer cinema com conceito, novela com conceito, moda com conceito, gastronomia com conceito, tudo que você imaginar. Então para mim, a moda, como as artes plásticas, como qualquer trabalho que eu já realizei, é antecedida por um pensamento. Você não sai falando aquilo que você não pensa, não sai criando aquilo que você não deseja e não tem vontade de materializar. Você tem que estar fazendo da materialidade uma idéia, um princípio. E agora em abril, eu mais o Julinho Dojcsar, que é cenógrafo, e o Kiko Araújo, que é um cineasta, estamos fazendo uma grande instalação, a exposição “Conflitos e Caminhos”, uma grande obra no museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. É uma obra que vai ficar três meses e foi realizada a convite da primeira dama do estado do Paraná, Maristela Requião. Trata-se de um espaço que vai render uma homenagem e uma retrospectiva da minha carreira, e eu decidi junto com esses dois amigos realizar um novo trabalho. É um projeto extremamente impactante, polêmico, que envolve as mesmas ferramentas usadas no meu trabalho de passarela, agora feito no museu.

Você tem trabalhos expostos no Museu da Moda, em Paris. Qual o significado disso pra você?
Jum – O último trabalho autoral que eu fiz, o desfile de papel (2004) faz parte do acervo do Musée Galliera, o Museu da Moda, em Paris, e é considerado o maior desfile do século. Fora isso eu tenho trabalhos no museu do Século XXI, para você perceber que as fronteiras hoje são muito tênues. Não existe aquela definição, isso é arte, isso não é arte, isso é cinema isso não é cinema. Eu acho que essa rotulação, esse questionamento, esse desejo de tornar hermético apenas confina e atrapalha a potencialidade das artes.

 Qual sua opinião sobre a moda mineira?
Jum – Eu conheço no mercado o trabalho de algumas marcas e estilistas, como Ronaldo Fraga, Graça Ottoni, Coven e as indústrias maiores aqui do estado. Eu acho que o nível mostra um crescimento. Eu vejo que a cada evento, como o Minas Trend, o mercado, a cultura de moda, vai criando raízes e se solidificando. Eu acho que tudo é um processo, não tem como você falar sem analisar, sem ter uma visão histórica de quanto tempo isso está acontecendo aqui. E a gente pode dizer que está numa cidade que vai depender exclusivamente, nesse momento, da ética, da seriedade dos profissionais, da imprensa, das escolas, de todas as pessoas que trabalham no segmento fashion, para que realmente a moda mineira ganhe seu espaço.

Qual foi à ideia que você quis passar fazendo os modelos masculinos desfilarem de costas na apresentação da Oxto?
Jum – A forma de apresentação está muito ligada ao conceito da marca Oxto. Quando as pessoas forem assistir ao desfile em vídeo, e passarem ele de trás pra frente, vão achar que as mulheres é que estão desfilando de costas. Então você vai ter o mesmo desfile, a mesma inquietação, porque olhando pra frente ou olhando pra trás, alguém vai estar de costas. Isso mostra então, que você pode enxergar o desfile em vários ângulos, não existe um sentido único. O conceito que a Oxto, que a marca traz é que não existe um único caminho, as pessoas têm que encontrar o seu caminho. E a coleção da marca propicia exatamente essa possibilidade. Ao visitar uma loja, conhecer as peças da grife, vai perceber que ela é uma coleção onde não existe a ditadura da tendência. Então você cria seu estilo. Onde nós criamos uma mistura que envolve desde esportes, cultura de esporte e cultura da música, com jeanswear, com o espírito vintage, as roupas recicladas, roupas militares, roupas urbanas, tem o ranço bélico. Enfim, é um trabalho que foi imaginado para que as pessoas perguntassem exatamente o que você me perguntou.

E quando é que vamos ver novamente uma coleção com o seu nome, com a sua cara?
Jum – Hoje eu faço consultoria pra Oxto. Assino a linha de jeans da marca, e na próxima estação eu faço a coordenação de toda a coleção. Faço assessoria para algumas empresas também da área. Estou fazendo dois filmes agora, um para TV, uma minissérie e um para cinema, direção de arte. E fora isso, por enquanto, vou continuar ministrando também aula para o curso de Arte e Moda (seminário da pós-graduação em Design de Moda) e faço direção de criação da coleção Faap Moda Brasil.
Alunos da Fumec e Jun Nakao
Fotos: Arcervo - Thatyane MARY


Um Homem no SPFW

Quem é que não tem vontade de freqüentar todos os desfiles de moda badaladérrimos que acontecem no mundo todo? Já pensou conseguir convites para os principais desfiles de moda nacional e internacional?
Como as oportunidades realmente boas só aparecem para pessoas que nem estão pensando no assunto, não foi dessa vez que eu consegui assistir a um desfile de moda. Um amigo que estava em São Paulo conseguiu ingresso para o São Paulo Fashion Week (SPFW, para os íntimos) e não demonstrou o mínimo de empolgação com o evento. Homens, sabe como é...
 Soube que ele estava almoçando com uma amiga num desses domingos tediosos, quando ela o convidou. Disse que tinha um conhecido que conseguiria convites. Enfim, ter conhecidos em lugares estratégicos é meu próximo objetivo. Sabe o que o meu amigo respondeu? Não foi “nossa!”, “não acredito!”, nem nada do gênero. Foi só um “legal, eu vou”.
Não sei se ele foi para o lugar certo, por conta das descrições que recebi. Achou tudo muito diferente: pessoas, roupas... “Na verdade eu achei sem graça”. Como assim?! Como uma noite badalada dessas pode ser “sem graça”? Segundo ele, não bastava um ingresso, cada desfile exigia um convite diferente. Ou seja, haja conhecidos em lugares estratégicos.
Eu, ansiosa, queria saber tudo sobre o desfile que ele assistiu. “Eu até tinha acesso a vários desfiles, mas o primeiro já me deu sono. Preferi ficar num coquetel que tava rolando por lá”. A expressão mais dita por mim nesse diálogo foi “como assim?!”. “E as roupas? ”, perguntei. “Credo, um bando de fiapos estranhos em modelos magricela e o cabelo pixaim. Deu vontade de levar todas numa churrascaria”. “Mas você não gostou nem do glamour de estar no SPFW?”, minha última tentativa de tentar tirar leite de pedra. “Olha, não vi glamour nenhum. Os desfiles duravam menos de 10 minutos, eram monótonos e eu ainda ficava com medo daquelas modelos quebrarem de tão magras. E a música era horrível, parecia flagelado da seca cantando”.
Cada vez eu tenho mais certeza de que alguns eventos são impróprios para homens. Desfiles de moda são um deles. O homem não consegue captar a essência de um evento como esse, pelo que eu pude perceber, principalmente quando perguntei se ele tinha tirado alguma foto do desfile. “Foto do desfile não, mas tirei uma das pernas da Sabrina Sato, que estava circulando por lá. Queres que eu te mande?”
Homens, sabe como é... 

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Perfil: Lino Villaventura

Antônio Marques do Santos Neto, mais conhecido como Lino Villaventura é um estilista brasileiro nascido em Belém em 1951. Iniciou sua carreira profissional em 1978 com pequenas produções de tiragem limitada. Foi se firmando no mercado de moda nacional com o estilo muito pessoal, tornando um dos estilistas brasileiros mais significativos. Em outubro de 1987, uma rede de televisão francesa, FR3, veio ao Brasil produzir um documentário e resolveram esticar a viagem ate Fortaleza para fazer uma reportagem com o Lino, representando a moda brasileira. Com isso, o Estilista foi convidado pelo Itamaraty para representar o Brasil na feira de moda World Trade Fashion Fair, em Osaka no Japão, em outubro de 1989. Seu trabalho foi conhecido internacionalmente por profissionais da área de design e artes plásticas.
No início dos anos 90 a marca passou a criar roupas sob medida, participando desde a primeira edição, até os dias de hoje, do São Paulo Fashion Week.  Atualmente Lino vende seu prêt-à-porter em lojas de diversas cidades brasileiras. Fora do Brasil, comercializa suas peças em: Portugal, EUA, Inglaterra, Arábia Saudita e Dubai, nos Emirados Árabes. O estilista sempre tem suas peças publicadas em editoriais de revistas nacionais e internacionais.
Além da carreira como estilista Villaventura trabalha também como figurinista, sendo indicado ao Prêmio Shell de Teatro em 1996, por Uma Farsa Irresponsável em Três Atos, de Nelson Rodrigues.
Por Bruna Pimenta, Priscila Mazzini e Rafael Magalhães

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O Encerramento do Minas Trend Preview Inverno 2011

Aconteceu entre os dias 3 a 6 de novembro no Alphaville a edição inverno 2011 do Minas Trend Preview que contou com mais de 12 mil pessoas. O Minas Trend é o único evento de pré-lançamentos já consolidado como um dos maiores acontecimentos de moda e comportamento do país e traz desfiles e o único evento de moda que traz e expressa a cultura mineira nesse seguimento.
A abertura dos desfiles do MTP contou nada menos, com Ronaldo Fraga e a coleção “Corpo Moda Corpo” que fala sobre os 35 anos do grupo mineiro de dança “O Corpo” e participação especial de Alexandre Herchcovitch além de desfiles das  consolidadas marcas mineiras Mary Design, Apartamento 03, Chiclete com Guaraná. A 7 edição trouxe grifes como  Cavaleira, Fause Haten, Victor Dezenk, Neon, Samuel Cirnansck e UMA além de várias outras marcas que mostraram também, uma prévia para o inverno 2011. A marca Neon fechou o evento com a presença contagiante de seu estilista Dudu Bertoline.
O MTP encerrou contando com a apresentação de 380 looks, com aproximadamente 610 acessórios, 380 pares de sapatos e crescimento de 40% nos negócios. A próxima edição continuará sendo no Alphaville e será entre os dias 11 e 14 de maio de 2011.

Abertura do Minas Trend Preview com Ronaldo Fraga. O desfile se destacou pelos vestidos longos sobrepostos com blazeres e a mistura de estampas e texturas. Uma irreverente combinação para o inverno 2011.



A decoração do teto trouxe alegria e movimento. Com pernas de bailarinas suspensas,  a decoração fez referência ao grupo de dança "Corpo".



Destaque para o desfile de encerramento da Neon, com Dudu Bertoline. A coleção se impôs com as estampas, os shapes, o turbante na cabeça e o batom vermelho.  Muito elegante.

Tendências em moda praia do verão 2011

Com a chegada da primavera e o aumento da temperatura, falar dos maiôs e biquínis que serão tendência no verão 2011 não é nem um pouco precipitado, afinal muita gente já está aproveitando os finais de semana e feriados para tomar aquele solzinho. Então confira as tendências que prometem invadir a moda praia no verão 2011!


Cortes e Modelos
Nas passarelas das semanas de moda no Brasil a moda praia foi bem democrática e trouxe cortes médios, pequenos e grandes, mas nada de muito ousado e, ao que parece, o verão promete seguir uma linha bem mais comportada, sutiãs, no estilo top, de um ombro só e cortininhas, além das calcinhas mais largas, foram as propostas mais vistas e prometem ser a grande tendência da estação.


Um Ombro Só
O corte do sutiã em um ombro só apareceu em vários desfiles. A grande pergunta é se essa moda vai pegar, já que o corte é esteticamente bonito e interessante, mas a marquinha de sol deixada já não deve ter o mesmo charme.


Lenny  – Fashion Rio Primavera Verão 2010/2011
fotos:Agência Fotosite

Tomara Que Caia
Os sutiãs em modelo tomara que caia entraram em alta desde o verão passado e prometem continuar sendo maioria nas lojas especializadas. Eles são perfeitos para quem tem pouco busto, pois proporcionam uma ilusão de seios maiores.


Blue Man – Fashion Rio Primavera Verão 2010/2011
fotos: Agência Fotosite
Engana Mamãe

O maiôs do verão 2011 seguem a linha democrática dos biquínis, modelos com recortes, tomaras que caia, comportados e mais ousados são presença certa na estação. A novidade promete ser o engana mamãe que apareceu e deve fazer a alegria das mais cheinhas, já que o corte ajuda a afinar a silhueta.




Perfil: Tereza Santos















Foto de divulgação


Tereza Santos é uma das fundadoras da Patachou (grife de moda mineira) e participou em mais de 24 edições do São Paulo Fashion Week .
Após encerrar a atuação na Patachou, Tereza Santos investiu na etiqueta que leva seu nome e sua visão contemporânea. Envolvida desde as etapas de criação às estratégias de venda, a estilista alçou a marca Tereza Santos ao mercado internacional e teve presença em vários países, como na Galerie Lafayette em Paris.
Agora dedica-se em tempo integral ao TS Studio de Design um escritório que atende empresas em busca de mudança e aprimoramento de imagem através de uniformes diferenciados, além de prestar consultoria de moda para diversas marcas.

Novas designers de moda apresentam coleção em desfile no IATE CLUBE

Escreva Moda entrevista as designers Ana Ferreira e Raquel Freitas que participaram da 10ª edição do concurso Novos Criadores 2010 promovido pelo Minas Shopping no Iate Clube, nos dias 13 e 14 de outubro de 2010. A partir do tema ÁGUA, foi desenvolvida a coleção “Lanterna Mágica” inspirada no poema “Lagoa” de Carlos Drummond de Andrade. O movimento suave em formas circulares e curvilíneas das águas da lagoa, as pequenas pedras de opala que assentam ao fundo e as escamas dos pequeninos peixes são formas trabalhadas. Confira a entrevista e as fotos do desfile abaixo.

Escreva Moda: Em poucas palavras, traduza a coleção.
Lanterna Mágica: O poema LAGOA, de Carlos Drummond de Andrade, traduz melhor que qualquer palavra.
Escreva Moda: Qual a inspiração para a criação das roupas?
Lanterna Mágica: As escamas dos pequeninos peixes da lagoa, as variações de azuis e verdes além do branco e a pedra opala.
Escreva Moda: De onde partiu a escolha da trilha sonora? Exaltou as qualidades da roupa?
Lanterna Mágica: Precisávamos de uma trilha suave e marcante para acompanhar e traduzir com perfeição nosso desfile, e a escolha foi perfeita (ouça a trilha: Sweetly, de .....).
Escreva Moda: As roupas foram pensadas para que público?
Lanterna Mágica: O trabalho foi pensado para o tema água, proposto pela organização do evento, e não para um público específico. Quando criamos, desejamos despertar no outro a sensação de ver o belo e principalmente prender a atenção do mesmo até o final do espetáculo.
Escreva Moda: Como foram escolhidos as cores e os tecidos do desfile? Estes seguiram tendências?   Houve algum estilista que serviu como base para essa coleção?
Lanterna Mágica: A cartela de cores foi escolhida a partir das cores observadas quando o sol encontra com a água da lagoa. Já os tecidos, buscamos a transparência da organza cristal. Na realidade, falar sobre água é tendência há um bom tempo.
Escreva Moda: Qual a importância dos acessórios para completar o look no conjunto?
Lanterna Mágica: Uma mulher sem belos acessórios fica nua mesmo com uma bela roupa – acho isso o suficiente.





Concretismo no Fashion Rio 2010

Estilistas renomados trazem influências do movimento  concretista para as passarelas 2010.


A 17ª edição do Fashion Rio, dedicada à temporada Primavera Verão 2010-2011, foi um grande sucesso para a moda masculina. As marcas trouxeram para as passarelas coleções com looks boêmios, descontraídos e com referência ao movimento concretista brasileiro através de  várias estampas e shapes.

No final de 1951 aconteceu a 1º Bienal de São Paulo, introduzindo o Brasil na arte estrangeira e trazendo idéias vanguardistas que estavam em vigor na Europa.  Estabelecia-se, então, um eixo cultural formado por Rio de Janeiro e São Paulo. Em 1956, o movimento concretista brasileiro é apresentado na Exposição de Arte Concreta, no Museu de Arte Moderna de São Paulo.

O Concretismo foi bastante influenciado pelo Construtivismo Russo e caracterizou-se por deixar de lado o figurativo e fazer uso da abstração. O figurativo desaparece dando espaço a uma estética geometrizada. Agora o concreto é aquilo que você está vendo. A redução sistemática e o ceticismo fazem do concretismo a primeira arte do Brasil a acompanhar um pouco o seu tempo, e ter fortes referências estéticas com o minimalismo.
Os dois centros culturais mais fortes do concretismo foram Rio e São Paulo, o que de certa forma fez com que o movimento se tornasse um pouco elitista. A literatura e a música também tiveram influência do movimento.
Apesar de ter ação sobre as artes plásticas, a poesia concreta é a melhor idéia que se tem do movimento. Valorizava-se a forma e a comunicação social em oposição ao tema. Não há uso de versos e as palavras formavam figuras geométricas. Mesmo possuindo carga semântica, o peso da poesia estava no conteúdo visual e no sonoro das palavras. Décio Pignatari e os irmãos Augusto e Haroldo de Campos, em 1952, lançam o grupo e a revista “Noigandres”, divulgando uma nova forma de fazer poesia.
Em 1963, o designer brasileiro Alexandre Wollner, formado pela Escola de Forma Da Ulm (sucessora da Bauhaus), inaugura a Escola Superior de Desenho Industrial no Rio de Janeiro e o Brasil ganha sua primeira escola de design.

A semelhança estética entre o Concretismo e a Op Art, se deve ao minimalismo com repetição e movimento. Entretanto, não se pode confundi-los, pois cada um possui identidade própria e funções sociais diferentes.
Seja qual for o estilo da coleção ou inspiração utilizada, as marcas investiram em looks  boêmios e descontraídos  com as passarelas cheias de peças clássicas reinventadas em looks contemporâneos, as padronagens tiveram um papel de destaque em muitas coleções, principalmente para os homens, em peças cheias de referências a décadas passadas e  estampas geométricas e abstratas fazendo uma homenagem ao movimento concretista. Dentre as marcas que mais se destacaram encontramos a TNG que se especializou em criar peças modernas e versáteis para a moda masculina jovem e  optou por destacar suas peças com combinações diversas de padronagens geométricas – listras, xadrezes e poás. Outra marca que pode ser destacada é  R. Groove, cujas estampas foram trabalhadas em formas como listras e xadrezes trazendo uma  das coleções mais influenciadas pelas padronagens geométricas. Ausländer também  apresentou looks com  listras muito finas e próximas criando peças de efeito optical e cores que nos transmitem a sensação de contemporaneidade e tecnologia. Para completar, há ainda a Redley  que trouxe shorts e bermudas com desenhos geométricos aplicados em cores claras sobre tecidos mais escuros.

Peças com padronagem optical da Ausländer - Fashion Rio Primavera/Verão 2010/2011 
      Fotos: Charles Naseh

Xadrez colorido da R. Groove - Fashion Rio Primavera/Verão 2010/2011
Fotos: Charles Naseh

Padronagens geometricas da Redley - Fashion Rio Primavera/Verão 2010/2011
Fotos: Charles Naseh

Misturas de padronagens geométricas da TNG - Fashion Rio Primavera/ Verão 2010/2011
Fotos: Charles Naseh


BIBLIOGRAFIA
Sites:

Grafite na moda e nas galerias

Por: Amanda Marques, Camila Yoshida, Manuela Gastal, Paula Carvalho

Considerado arte de rua, o grafite integra as formas contemporâneas de comunicação social, sendo herdeiro legítimo de uma cultura visual de massa, passível de leitura e de compreensão subjetiva para quem o observa, interpreta e lhe atribui significado.
O grafite surgiu na década de 70 dentro da cultura Hip-Hop através de desenhos feitos em murais para os palcos dos DJs, além de pôsteres e panfletos para anunciar os eventos do Hip –Hop. Foi muito utilizado para a reprodução de mensagens em metrôs e para demarcar território de gangues. Com o tempo essas demarcações se tornaram uma forma de expressão artística e o grafite passou a ser visto com arte e não mais como um ato de marginalização.
E o que faz da street art tão atual? O grafite normalmente se mistura à sujeira da rua, a seus objetos constantes, e se integra formando uma mensagem. É a arte feita por quem frequenta o espaço urbano, e se mistura a ele. Os pioneiros são artistas que, inicialmente não tinham acesso a telas e tintas, e assim tomaram parte da cidade como um quadro de suas próprias idéias. Estamos em um momento do "do it yourself", e nada tão verdadeiro como expressar um manifesto para que todos o vejam. Afinal, a cidade é de todos, e dessa vertente vem a arte de rua.
Assim como o grafite hoje a moda surge nas ruas, é nelas que alguns personagens funcionam como lançadores de tendências e modismo. Hoje as tendências nascem com as pessoas e são nelas que os estilistas buscam inspiração. O reflexo do dia-a-dia é o que influencia homens e mulheres na hora de escolher o que vestir.
O diferencial da moda está no valor agregado a roupa, neste caso o uso do grafite na estamparia e aplicações faz com que o produto de moda tenha um valor diferenciado e exclusivo.
O grafite hoje além de estar estampado na moda, também se encontra nos museus e galerias, o que pode fazer com que deixe de ser considerado arte urbana. Acreditamos que ao ser exposto em museus e galerias, o grafite deixa de ser grafite e passa a ser arte conceitual, arte contemporânea. Muda porque o grafite tem a característica única de ser a arte feita na rua e apenas lá.
Mas quando é usado em estampadas de camisetas o grafite não perde  sua essência, pois continua na rua. A moda transita pelas ruas e assim faz com que o grafite continue nela.


Moda para todos...?


Osklen para Riachuelo






Por:Anna Luiza Magalhães, Flávia Virgínia e Luíza Pacheco


As parcerias entre grandes grifes do mundo da moda e redes de fast fashion ao redor de todo o mundo estão se tornando cada vez mais freqüentes e delineando um novo fenômeno nesse grande e importante cenário da moda.
No dia 23 de novembro de 2010, a rede européia de fast fashion H&M vai finalmente disponibilizar em suas lojas, depois de uma campanha que despertou a curiosidade geral, a coleção desenvolvida em parceria com a grande Maison francesa Lanvin. Para os apaixonados pelas grandes grifes, essas novas parcerias do mundo da moda não poderiam ser melhores e significam o tão esperado acesso à essas marcas “de sonho”, distantes do poder aquisitivo da maior parte das pessoas.
No Brasil essa tendência de parcerias vem acontecendo já a algum tempo e nesse ano de 2010 vem crescendo ainda mais. Novas parcerias como a de Oscar Metsavaht, da Osklen, com a rede de lojas Riachuelo e da marca Maria bonita extra com C&A, são os mais recentes e comentados projetos na moda brasileira. Grifes de peso no mercado, experimentando uma maior possibilidade de acesso ao público brasileiro. No caso da parceria de Metsavaht com a Riachuelo, por exemplo, será possível encontrar peças com o design da Osklen a partir de R$29,90, preço que dificilmente será encontrado nas lojas da própria marca. Igualmente acontecerá com as peças desenvolvidas pela Maria Bonita extra para a C&A e que já acontece com as peças infantis de Isabela Capeto para essa mesma rede de lojas.
Essa situação apresenta uma mudança considerável, tanto no caso das fast fashion quanto no das lojas de grandes marcas. No caso de lojas como a C&A, por exemplo, além de seu público habitual, com esse novo posicionamento no mercado, ela irá atrair não só pessoas interessadas em preços mais acessíveis como também um público que conhece e se interessa por um design mais exclusivo. No caso de lojas como Osklen e Maria Bonita Extra, que possuem um público comprador mais reduzido, existirá a oportunidade de expandir um pouco dos seus conceitos de moda à uma parcela muito maior de pessoas. Esse processo é visto como algo muito positivo pela estudante de moda da Universidade FUMEC, Isabela Rabelo. Segundo ela, essa maior acessibilidade da moda permite que ela chegue a mais pessoas e lugares, o que é um dos objetivos essenciais da moda. Mas ela também concorda com sua colega, Luana Leal, quando ela estabelece um contraponto em relação a essa acessibilidade, que tem como conseqüência imediata a perda gradual da exclusividade dessas grandes marcas, o que pode resultar na insatisfação do público comprador de lojas como Maria Bonita Extra e Osklen. Esse público busca roupas mais exclusivas, por isso, costumam evitar a massificação das peças das redes de loja de departamento. A partir do momento em que o conceito de moda dessas marcas passa a circular para o grande público, uma parte considerável dessa exclusividade tem chance de se perder.
As mudanças no mundo da moda serão sem dúvida consideráveis e, provavelmente muito proveitosas. Uma possível disseminação dos conceitos destas grandes marcas a um público muito maior, traz uma grande democratização do vestuário. Isto provavelmente trará soluções cada vez mais incríveis e criativas para as peças de grandes marcas que deverão continuar tentando agradar a um publico mais reduzido que tem sede de exclusividade.

ENTREVISTA COM CLAUDIA MOURÃO.

Foto: Divulgação


Cláudia Mourão é empresária e proprietária da marca que leva seu nome, além de possuir as franquias Dumond, Capodarte e a Fit Concept Store. Nesta entrevista ela conta como começou sua carreira na década de 80, suas projeções para o futuro e como conseguiu, ao lado de suas filhas, construir uma marca de sucesso no mercado de calçados e bolsas. 



E.M- Como surgiu o seu gosto por calçados e bolsas?
 
C.M - Acredito mesmo que o futuro de todos nós começa a se delinear na infância. Nos meus tempos de menina, enquanto as amigas e primas brincavam de bonecas, eu já brincava de lojinha: ficava do lado de dentro do balcão, fazia as vendas, recebia o pagamento e ainda embrulhava as “mercadorias“ para presente.


 
E.M- Como nasceu a loja Equipage, 30 anos atrás? E como se deu a criação
da marca Claudia Mourão, em 2007?
 

C.M - Naquela época eu trabalhava na joalheria Natan e na galeria onde eu vendia as jóias havia uma loja de calçados que recebia uma quantidade imensa de clientes. Comecei a observar melhor, vi o número de clientes que entravam todos os dias, multipliquei pelos dias do mês, pelo preço de cada sapato e constatei que aquilo sim, era um bom negócio!
 A Cláudia Mourão Shoes & Bags surgiu da necessidade de diversificação da empresa. Além das lojas Equipage, as franquias Dumond, Capodarte inauguramos a Fit Concept Store com um conceito inovador de store in store, onde são comercializadas várias marcas no mesmo espaço/loja.
 Como já éramos fortes no varejo, pensamos em aproveitar a força do meu nome, os anos de presença no mercado para desenvolver, junto com a Joana, também estilista da marca, uma linha de produtos destinados ao atacado. Hoje temos calçados e bolsas Claudia Mourão em quase todas as principais cidades e capitais brasileiras.
E.M- Atualmente, o grupo é comandado por você e suas três filhas. Como é
esse trabalho em família? Qual o papel de cada uma?
 
C.M - Somos mulheres batalhadoras, unidas não só pelos laços familiares mas pelos objetivos comuns; temos imenso prazer em idealizar e atender nossa consumidora – uma mulher dinâmica, que prioriza o conforto, sem abrir mão do estilo e da qualidade.
A Mariana, minha filha mais velha, é a diretora financeira da empresa, a Paula é a diretora comercial e a Joana, estilista e diretora da Claudia Mourão; eu sou a presidente do grupo, uma mulher plena e feliz, uma mulher do meu tempo, com muitos sonhos ainda por realizar.

E.M- Como funciona o processo de criação da marca Cláudia Mourão?
 
C.M - Estando no mercado há muitos anos, o feeling nos direciona de alguma maneira; existem as tendências internacionais, existem os produtos em que acreditamos fortemente e, conhecendo a fundo a mulher brasileira, imaginamos o que lhe seria atraente e confortável. Aí reunimos a equipe de estilo e começamos o longo processo de criação, design, desenvolvimento, aprovação das amostras, definição da cartela de materiais utilizados, ferragens, outros componentes e as cores que serão priorizadas em cada coleção.

E.M- Qual o significado do Minas Trend Preview para a grife Claudia
Mourão e a moda mineira como um todo?

C.M - O Minas Trend Preview tem um significado muito especial para mim e para o grupo de moda, todos mineiros que viram uma grande possibilidade de usar a moda daqui além de nossas fronteiras, gerando empregos, lançando tendências e colocando o nome de  Minas no calendário do mundo fashion brasileiro. O Minas Trend Preview é hoje um dos mais importantes encontros de moda do Brasil, reunindo expositores e compradores que, a cada edição, aumentam sua participação com a realização de crescentes volumes de venda e um network preciosos.
 O sucesso do Minas Trend  Preview mostra a força da moda mineira, com propostas diferenciadas, desfiles inovadores e lindos. Fico feliz em ver os nossos grupos transpirando mineiridade e me sinto particularmente orgulhosa, por ter acreditado e incentivado o projeto que lhe deu origem.

  Por: Amanda Marques, Camila Yoshida, Manuela Gastal, Paula Carvalho

Perfil Juliana Moraes


por:  Amanda Marques, Camila Yoshida, Manuela Gastal e Paula Carvalho

De engenheira mecânica a empresária do ramo de lingerie, Juliana Moraes é daquelas mulheres que não tem medo de tudo arriscar por um sonho. Essa personalidade a fez abrir mão de 12 anos de trabalho na empresa multinacional Mannesman Demag para abrir sua loja de lingerie “Água Fresca” que inicialmente era uma perfumaria.

Mineira de Belo Horizonte, Juliana herdou o fascínio pelos números do pai, que trabalhou durante anos como contabilista na empresa Cedro e descobriu o olhar para o belo, artesanato e moda com sua mãe, dona de casa, que bordava, costurava vestidos para ela e sua irmã quando eram moças.

Juliana formou-se em engenharia mecânica pela UFMG, em 1988, e foi como engenheira, trabalhando sempre na mesma empresa que conheceu seu marido, Edson Zingoni, com quem está casada há 22 anos.  A empresária é mãe de Julia , 18 anos, que faz faculdade em Design de Moda e Artur, 20, que cursa Direito.

A dificuldade em conciliar o dia a dia de trabalho em uma grande empresa e os cuidados com os filhos fez com que a empresária, depois de pensar durante três anos, decidisse abandonar de vez a Engenharia e em 1988 surgiu a oportunidade de comprar um fundo de loja de perfumaria chamada Fresca.

Inspirada na Victoria Secret’s, loja que conheceu em uma de suas viagens para Nova York, Juliana resolveu unir a lingerie a perfumaria, já que neste meio tempo devido a abertura do mercado aos produtos importados, acabou dando uma sacudida em seu negócio, baixando drasticamente seu volume de vendas.
Passados alguns anos, seguindo a risca as exigências de suas clientes, decidiu criar sua linha própria de lingeries, que além do bom preço, são confortáveis e com modelagem diferenciada.

Para trazer o que há de mais novo neste universo, Juliana investe em viagens internacionais, pesquisas de moda, e freqüenta feiras de tendências como o Salão Internacional da Lingerie em Paris e a feira Premier Vision. Com muito jogo de cintura, Juliana segue em frente, pronta a ouvir e pontuar os obstáculos do dia-a-dia. Atualmente gerindo 33 funcionárias, todas mulheres.  “Eu cuido de tudo. Participo de cada etapa. Acredito que a fase como engenheira mecânica me ensinou a trabalhar, administrar e ter as rédeas do negócio. Hoje tudo isso é voltado para a moda, que é lúdica, glamourizada, mas que para dar resultado precisa ser gerida, e este é o meu caminho”, conta a empresária.

Pronta para mais um desafio, no último mês a convite do dono da marca de lingeries “Valisere”, Benny Rosset,  ela inaugurou a primeira franquia da marca no quarto piso do BH Shopping, realizando assim mais um de seus sonhos.


         Imagem: Jornal O Estado de Minas.
Juliana Moraes em sua nova loja no BH Shopping