terça-feira, 15 de maio de 2012

Vivienne Westwood

A estilista inglesa Vivienne Westwood apresentou mais um memorável desfile. O inverno 2012 teve um olhar para a história do traje, marcado por espartilhos do século XVII, e ao mesmo tempo, a coleção abraça o futuro, com sapatos de plataformas elevatórias e ternos com recortes triangulares.

A premiada estilista é conhecida por suas criações extravagantes, com forte influência no estilo Vitoriano inglês, sem deixar de lado, é claro, todo o espírito punk que é visível em suas roupas.
Aos 17 anos quando se mudou para Londres, Vivienne passou a ser influenciada pelo clima de rebeldia e rock n’roll da década de 60.

Ela começou a desenhar roupas em 1971, no mesmo ano em que abril sua primeira loja, chamada Let It Rock, situada na King's Road, com foco no público marginalizado das periferias de Londres. Mas, somente quando ela passou a se chamar Sex a carreira de Westwood decolou.

Em 1976 a designer juntamente com seu sócio e esposo, Malcolm McLaren, realizaram seu grande feito, passaram e vestir a banda de punk rock inglesa mais influente da época, os Sex Pistols.

Com uma carreira tão extensa, os prêmios foram surgindo. A estilista foi consagrada com o prêmio de British Designer of the Year e, em 1998 ela venceu o Queen's Export Award. Já em 2007 , ela venceu o  Outstanding Achievement in Fashion Design no British Fashion Awards.

O Poeta do Preto

Por Bruno Henrique, Gisele Furst, Maria Thereza e Marina Hespanhol.




No ano de 2011, Yohji Yamamoto foi homenageado por seus dez anos de parceria com a marca Adidas.  Para tal acontecimento, o diretor Theo Stanley , que já vinha trabalhando com a marca, fez o  documentário “This is my dream”, retratando o processo criativo do designer.  Esse processo só havia sido documentado em 1989, por Wim Wenders, em “A Notebook on clothes and cities”,  e falava do estilista como emergente na moda ocidental, e agora, vinte anos depois, como um nome já consagrado no ocidente.
Em 2008 a Yohji Yamamoto Fundation for Peace , fundação criada pelo estilista, desenvolveu um projeto para promover o desenvolvimento da indústria de moda chinesa e amenizar a inimizade de longa data entre China e Japão.
Yamamoto é conhecido por ter um espírito de vanguarda, criando projetos frequentemente longe das tendências atuais.  His signature oversized silhouettes in black often feature drapery in varying textures.Por esse motivo, em 2005, foi convidado pela equipe da publicação norte-americana da A Magazine,  para a curadoria da segunda edição da revista, publicada no mesmo ano.
Seu estilo é marcado pelo uso do preto,  que “é uma emoção mais condensada, modesta e arrogante” como ele mesmo define, e não influencia nas formas com as quais trabalha.  Identidade é o que difere a moda de Yamamoto. Ele sempre mandou a mesma mensagem e, por isso, continua atual e o mais próximo do futuro que algum estilista poderia chegar. Sua moda sem fronteiras e sem idade, reduzida ao essencial, o torna um dos raros designers que consegue aproximar a moda da arte.
Yohji nasceu em Tóquio, sempre beneficiado pelo apoio da mãe que era costureira. Começou  sua carreira na década de 80, juntamente com Rei Kawakubo e Issey Miyake. Neste período, quando apresentou seus modelos em Paris,  provocou um forte impacto pois Yamamoto propunha algo novo e radicalmente contrário ao que era produzido na época. 

Yohji Yamamoto - Arte para Moda

Por Camila Lima e João Paulo Sousa

Conhecido por muitos como o “poeta do negro”, Yamamoto segue um movimento oposto ao percorrido pelos outros estilistas contemporâneos. Yamamoto escapa da vulgarização agressiva mantendo-se em um universo de delicadeza e mistério. “Não gosto de mostrar o corpo ostensivamente. Prefiro sonhar, imaginar”, diz Yamamoto. 

Yohji Yamamoto expressa o espírito da avant-garde em sua roupa, criando frequentemente projetos distantes das tendências atuais. Para ele, corpo e alma devem ser harmonizados em estruturas esculpidas preciosamente em tecidos de pesos e texturas variadas, mas quase que invariavelmente em negros e brancos de rigor monacal.

O estilista faz uma linha caracterizada por silhuetas oversized; caracteriza tipicamente drapeja (recolhimentos frouxos e farrapos) nas texturas lustrosas que mudam naturalmente com os contornos e movimento da figura. O minimalismo está na mente criativa deste gênio. Sua concepção como artista e seus conceitos surgem de forma natural e intuitiva.

A importância da modelagem surge lado a lado com a facção minimalista. De uma forma mais presente, o moulage, onde a sua técnica tem um ponto fulcral, ou seja, o caimento é reverenciado e o conforto é de suma expressividade devido ás suas peças geométricas e à aparência empobrecida.

As roupas elaboradas dão uma sensação que podem ficar em pé sozinhas e são frequentemente escuras e pesadas, sem brilho, bordado, e são normalmente longe do corpo. Suas peças são consideradas obras de arte e seu estilo único. Yohji Yamamoto sempre é homenageado no mundo da moda e tem suas peças apresentadas em exposições de arte, nos mais renomados museus do mundo.


Fonte:  keyvieira.wordpress.com



O estilo de Issey Miyake


por Laura Werneck e Laurie Venturi

Issey Miyake trabalha com uma proposta de criar roupas universais, nem japonesa, nem ocidental. Ele vai além de cores, tendências e estações. Para isto, se inspira na expressão da coletividade. Tudo que está a sua volta influencia na sua criação. Seu trabalho parte do espaço ao seu redor, das cidades nas quais estudou e trabalhou. Sua modelagem traz técnicas tanto orientais, que se baseia no tecido, quanto ocidentais, com base no corpo.

Miyake oferece uma moda que avança lentamente rumo ao século XXI, com novas propostas para o futuro: o outro. Ele busca alternativas para a moda contemporânea, cada vez mais narcisista. A ideia é a moda com mais liberdade e personalidade, que afirme as diferenças entre cada individuo. Para o estilista não existe distinção entre tecidos nobres e populares como no ocidente, ele busca um equilíbrio entre tecnologia e tradição.

As roupas que Issey Miyake cria não servem apenas para cobrir o corpo, mas busca projetar os desejos, aflições e o estilo de quem as usam. Os tecidos são plissados e trabalhados com formas únicas, que modelam o corpo e criam uma estrutura e vida própria.

Croqui do estilista Issey Miyake.

O estilo contra-tendência de Issey Miyake


Por Isabela Bernardes e Laura Alvarenga

Prezando o conforto, a leveza e a liberdade, as coleções de Issey Miyake refletem muito o interior do estilista. Suas peças traduzem a modernidade ao integrar a proeza tecnológica e a estética e transformá-las em sucesso comercial. Tentando unir o ocidente ao oriente e criar uma moda universal, Miyake procura não seguir tendências, e afirma que o que lhe interessa é aquilo que não conhece.   Suas coleções nunca parecem estagnadas, presas, constrangidas, são feitas com uma graça sobrenatural, sem urgências. Produzidas por uma equipe proativa e jovem, de em média 25 anos, que unem tecnologia à criatividade e juntamente fazem dos tecidos exclusivos peças que agradam mulheres de todo o mundo. Seu desafio como ele mesmo expôs para o livro Universo da Moda é “correr sem parecer ter pressa”.

O estilista se destacou no universo da moda, na década de 80, quando seus plissados percorreram o mundo. Dos museus às lojas, das passarelas às ruas, seus modelos convidavam  as mulheres de todas as etnias a mudarem seus estilos pessoais em busca do conforto e da leveza. Seu trabalho é todo feito a mão, as peças são assimétricas, amassadas, torcidas, dobradas e para ele não existe distância entre tecidos nobres e populares. Alguns modelos são de material transparente, procurando expor a naturalidade e fluidez, o corpo se move como um peixe na água.

Durante sua jornada, Miyake optou por uma cartela de cores vasta, passando por vários tons de brancos, amarelos, laranjas, verdes umedecidos que se misturam com a pele de maneira sensual. Hoje, o perfume L´eau d´Issey Pour Homme de Issey Miyake, lançado em 1994, está entre os mais procurados pelo público.




Criação de Issey Miyake.

John Galliano para ZARA?

por Melissa Sandy, Maíra Cardoso e Solange Reis

Há rumores que indica uma possível parceria de John Galliano com a rede espanhola de fast-fashion, Zara. A marca ainda não embarcou na onda de parcerias com grandes nomes da alta costura para criar coleções exclusivas. Talvez essa seja uma boa oportunidade para a rede começar a trabalhar essa tendência e uma chance para Galliano assumir uma coleção de verão para 2012 com a parceria.

Dono de um estilo eclético, luxuoso , extravagante, e excêntrico em sua carreira, se tornou o vilão no mundo da moda. As declarações anti-semitas feitas pelo estilista em um restaurante causaram o afastamento da diretoria de criação da Christian Dior e da marca que levava o seu próprio nome. Todo esse tempo em que Galliano esteve longe dos croquis rendeu muita especulação.


                                                                      
                                                                    

John Galliano se formou em 1984 na central Saint Martin’s school of Art. Em 1990 começou a apresentar suas coleções em Paris e aperfeiçoou o vestido com corte em viés e o corte da costura dos anos 50 no momento em que minimalismo e o grunge dominavam o panorama da moda. Em 1995 foi escolhido por Bernard Arnault (diretor do conglomerado de moda LVMH) sucessor de Hubert de Givenchy. Em 1997 foi nomeado diretor criativo da casa Christian Dior, revitalizou em termos financeiros e criativos, portanto, não descaracterizou a marca. Foi o primeiro britânico assumir o controle criativo de uma casa de moda francesa, isto marca o início da invasão parisiense pelos ingleses e o renascimento da Alta Costura. 


Issey Miyake, o arquiteto da roupa

Por Isabela Ribeiro e Priscyla Abreu



            Desde o início de sua carreira, Issey Miyake tenta estabelecer uma conexão entre o Ocidente e o Oriente. Em 1978, por exemplo, publicou East meets West, um manifesto que celebra o encontro entre ocidente e oriente.  A roupa japonesa é feita tomando como base o tecido, e a roupa ocidental é cortada e modelada com base no corpo. Issey Miyake se interessou pela união entre estes dois métodos. Sua busca pelo espaço entre o corpo e a roupa o levou a diversas pesquisas sobre volumes e metamorfoses. 
Miyake nunca ignorou suas raízes, mas está sempre em busca de algo novo. Ele acredita que o design não é estático, por isso vive nessa busca constante por novas áreas de atuação que vão além do campo da moda, explorando possibilidades e desafiando métodos tradicionais de construção de roupa. Seus plissados são a prova dessa busca, que deixaram de ser aplicados apenas na seda e em saias, para também fazerem parte de blusas, calças e casacos de diferentes tecidos.
Nota-se que Issey Miyake é um profissional com aptidões e interesses variados.  É um importante representante da moda contemporânea, pois ele insere em seu trabalho experimentações que colocam a técnica, arte e o artesanato em níveis iguais, visando a atualidade. Cria roupas que permitem a mobilidade e o conforto que precisamos diariamente agregados ao conceito, o que confere individualidade e exclusividade para quem usa.

A moda livre e atemporal de Issey Miyake


O estilista Issey Miyake se define como “designer de roupa” e não como “criador de moda”. Explorou diversas formas de confeccionar peças de vestuário. Seu objetivo é criar algo que permita uma maior individualidade, comodidade e, sobretudo, liberdade. Miyake redefine a ligação existente entre o vestuário e o corpo, confeccionando roupas a partir de técnicas em que tradição e tecnologia de ponta se relacionam.
O estilo Miyake parte de duas ideias fundamentais: criar partindo de uma peça de tecido e explorar a relação existente entre o corpo humano e a roupa. Seu enfoque no desenho sempre se baseou no perfeito equilíbrio entre tradição e inovação: o artesanal e a última novidade em matéria de tecnologia.
O estilista procura criar uma moda que não seja nem japonesa nem ocidental, procurando transformar uma proeza estética e tecnológica em um verdadeiro sucesso comercial, aonde a moda vai além de tendências e se torna um fenômeno. Em busca de liberdade física e mental, ele rompe com a tradição e rigidez do vestuário ocidental criando peças atemporais de linhas com movimentos.
Miyake desafia a forma tradicional da execução de um objeto. A roupa criada por Issey, época após época, é algo de único que só fica completa quando cobre o corpo de uma pessoa.

Por Fernanda Moraes, Letícia Gaio e Luna Falabella.


Thierry Mugler: Ostentação ao Corpo Ideal


Por Amanda Botrel, Cecília Jamil e Nathália Nunes 
Mugler se posiciona de forma extremamente ocidental em relação à moda, introduzindo e colaborando para a criação do corpo considerado ideal na atualidade. Como uma pessoa que sempre busca a própria exposição e transforma seu corpo naquilo que sempre desejou, ele cria uma mulher para representar todos os seus valores estéticos.
O estilista foi o responsável por introduzir novas tendências na moda, as quais são inspiradas em seu cotidiano e, também, sua cidade natal, a qual ainda apresentava aspectos originais de sua cultura. Através de suas origens, ele pode desenvolver uma apreciação pela história do lugar e por suas raízes na Idade Média, referenciando isso em seu trabalho. Mugler é um estilista que se destaca no mundo da moda principalmente por sua participação no movimento dos jovens criadores que aconteceu na França nos anos 70.
Grande parte de suas peças representa sua expressão individual do mundo, muitas vezes opostas ao que realmente está acontecendo no momento. Sua primeira coleção, por exemplo, para Café de Paris ignorou completamente o estilo em voga, o “baba cool”, através de roupas que apresentavam tendências de hiper-feminilidade, característica sempre presente em seus trabalhos.
Suas peças buscam destacar as formas de todas as mulheres  com o objetivo de criar uma silhueta feminina e sedutora. As criações do estilista muitas vezes podem ser consideradas criaturas, as quais possuem detalhes fetichistas e identidades fortes, que pegam não a violência, mas o ardor. Com isso, podemos considerar Thierry Mugler como um criador individualista que tenta expressar seu posicionamento em relação à mulher contemporânea em suas coleções, destacando seus valores ocidentais de ostentação ao corpo ideal.

Croqui de Thierry Mugler

                                                                                        

Yohji Yamamoto

por Melissa Sandy, Maíra Cardoso, Solange Reis


O estilista Yohji Yamamoto mantém uma expressão de coletividade em seu trabalho. Este é declaradamente antimoda, mas mistura a tradição europeia de design de roupas com suas raízes nipônicas.
Com os avanços da costura parisiense e do vestuário tradicional japonês, Yamamoto, um criador de arte, explora novos campos de criação, tendo uma visão simples e precisa no domínio das aparências e do comportamento da moda.
Em um século de transformações este afirma que a moda é uma maneira de perceber o cotidiano, reunindo com isto um modelo de fantasia e funcionalidade, sedução e reserva erotismo e pudor, abstraindo mais ideias do que os demais profissionais vividos na mesma época.
O estilista de acordo com o ocidente carrega o individualismo, pelo seu modo de trabalhar, através de sensações e emoções, ele cria um universo único que é característica da forte personalidade de sua marca. De acordo com o oriente, carrega o tradicional do seu país, evoluindo de acordo com o tempo, pois tem como referência as modelagens europeias e as cores minimalistas, marcantes na moda japonesa.  Ele revolucionou a moda japonesa e atualmente é um dos maiores estilistas de sua geração.



Fonte: blog.metmuseum.org

O retorno de Versace

Por Isabela Ribeiro e Priscyla Abreu


Na última temporada de moda, Donatella Versace anunciou o retorno do Atelier Versace ao Paris Haute Couture Fashion Week, o que trouxe a alegria a muitos amantes da moda. O retorno acontecerá na próxima temporada e terá como sede o famoso Hotel Ritz de Paris. O hotel já abrigou a Versace na época de Gianni e agora vai sediar um dos últimos eventos antes do próximo mês de julho, quando encerrará as atividades durante dois anos para reformas.

Donatella já trabalhava com moda desde a década de 80,, quando lançou a linha Versace para crianças. Ela foi também o braço direito de seu irmão, então diretor criativo da marca. Em 1997, devido ao trágico incidente envolvendo seu irmão Gianni Versace, Donatella herdou a grife. Já em 1998 apresentou sua primeira coleção de primavera e desde então a marca vem sendo administrada por ela, na tentativa de alavancar a marca, que passou por algumas crises durante os anos 2000.

A sua escolha por liderar a marca não parecia certa, porém com o tempo mostrou ser capaz de ir além. Hoje, após alguns anos adquirindo experiência, Donatella devolveu à Versace o status que tinha nos anos 90, vestindo pessoas importantes como a famosa Lady Gaga e fazendo parcerias com lojas fastfashion como a H&M, em 2011.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Moda e Ecologia

Por Isabela Martins e Priscyla  Abreu


Não é novidade que a indústria da moda é uma das mais poluentes, mas também é claro para todos que ela é muito importante e por isso pode fazer a diferença. Sabendo disso e percebendo que ações sustentáveis podem trazer muitos outros benefícios como publicidade positiva, cada vez mais as marcas adotam estratégias pensando na ecologia ou lançam produtos que contribuam na redução do impacto ambiental. Outra preocupação é quanto à ética e respeito com seus funcionários e a capacitação de comunidades carentes.
Em parceria com a Water.org, uma organização que permite a chegada de água limpa a centenas de comunidades pelo mundo, a Levi’s lançou a coleção waterless collection, que tem como objetivo mostrar a importância da economia de água e como isso beneficia quem não tem água limpa para beber. Erik Joule, vice-presidente de Global Merchandising e Design da Levi’s, reduziu o consumo de água no processo de lavagem. No processo final da produção de uma calça jeans gasta-se 42 litros de água. Com a redução, o consumo de água caiu 96% e economiza 172 milhões de litros de água na produção de 13 milhões de pares de jeans. Também voltada para a sustentabilidade, a H&M está em primeiro lugar no uso de algodão orgânico. A marca economizou 300 milhões de litros de água no jeans e doou milhões de peças para organizações de caridade.
A marca britânica TX Max também investiu em uma coleção ética. A linha One Mango Tree, que propôs para comunidades em Uganda trabalho remunerado. Contou com sacolas, aventais e bolsas lá produzidos, os preços vão  de £3.99 a £7.99, e vem com a assinatura de quem as produziu. Apesar dessa prática ser mais comum e valorizada fora do Brasil, por aqui algumas marcas já vêm investindo em ações parecidas. O exemplo mais claro é a Osklen.
A empresa já vem se preocupando com essa questão há algum tempo. Faz parcerias e cria coleções preocupando-se com o material e como serão produzidas as peças. Para o inverno 2012, que acontece a Rio+20 (conferência das Nações Unidas para desenvolvimento sustentável), a marca, em parceria com o instituto E, lança a coleção nomeada de A21, que é inspirada na agenda 21. A agenda 21 é o documento da conferência Rio-92, que estabeleceu a importância de cada país em buscar soluções para os problemas ambientais e sociais do mundo. A coleção conta com matérias-primas sustentáveis, como pele de pirarucu e salmão, pescados de forma sustentável, seda, algodão orgânico e lona eco.

O estilo de Isabel Marant


por Laura Werneck e Laurie Venturi

Muitos o julgam feio e exagerado demais, mas mesmo assim a febre do momento é o sneaker da estilista Isabel Marant, que se tormou hit entre as fashionistas do mundo inteiro. Os tênis, lançados em 2011 possuem uma pequena plataforma embutida, que confere alguns centímetros a mais, sem comprometer o conforto. O modelo faz tanto sucesso que várias marcas nacionais e internacionais correram para lançar sua versão “inspired”.

                                                                                                           Fonte: nocigarmagazine.com
O hit fashion do momento: os sneakers da marca Isabel Marant


Até pouco tempo atrás Isabel Marant era conhecida somente pelas fashionistas francesas, porém hoje seu desfile é um dos mais disputados da semana de moda de Paris. Usando e abusando da feminilidade nada óbvia, caiu nas graças dos maiores editores de moda e ícones fashion, como Kate Bosworth e a modelo Kate Moss.

Filha de um francês e uma alemã, Isabel cresceu envolvida pelo universo da moda. Desde cedo desenvolveu uma paixão pela mistura de gêneros, graças à sua avô antilhana que lhe ofereceu uma educação cosmopolita.

Marant começou a fazer as primeiras peças aos 15 anos, quando ganhou uma máquina de costura de presente. Mais tarde, estudou no prestigiado Studio Berçot, em Paris, e chegou a trabalhar para marcas como Chloé e Yohji Yamamoto.

Em 1989, criou uma linha de joias e acessórios e, em 1990, lançou uma marca própria, a Twen, que em 1994 passou a se chamar Isabel Marant, como conhecemos hoje. Atualmente, aos 43 anos, mora na capital francesa com seu marido, Jérôme Dreyfuss, designer de bolsas, e seu filho de 8 anos, Tal.

                                                                                                                               Fonte: Vogue
Estilista francesa Isabel Marant: a nova queridinha dos fashionistas


terça-feira, 8 de maio de 2012

Depois de Três Décadas, Miyake Continua Surpreendendo


Por Laura Alvarenga

No último mês de março, o estilista Issey Miyake apresentou sua última coleção ready to wear  inverno 2012, em março, na semana de moda de Paris. O desfile começou de maneira incomum: luzes apagadas e cabides no meio da passarela. Os primeiros looks foram vestidos pelas modelos ao desfilarem. Além disso, as camareiras também apareceram na passarela, desta maneira, Miyake passou para o público um pouco do que é o backstage dos desfiles. Depois as luzes se acendem e, então, é revelado uma coleção em tons sóbrios e algumas peças com cores vibrantes como  azul, laranja e vermelho que deram um toque feminino e delicado à coleção.

Issey Miyake é um estilista que merece sua posição. Além do famoso perfume, que leva o seu nome, é inteligente, criativo e está preocupado com as causas ambientais. O conceito 132 5, por exemplo, criado por ele, juntamente com um cientista da computação, agrega beleza e sustentabilidade. As peças criadas que eram de malha PET reciclada, por vezes combinadas com outras fibras recicladas, possuem uma variedade de formas tridimensionais que são dobradas em duas dimensões a partir de linhas pré-definidas. As roupas se tornam bolsas e agrega valor ao produto, por serem dois em um.

Miyake é Japones de Hiroshima e estreou no mundo da moda na década de 80. É famoso por ser um estilista incomum, faz experimentações e não segue tendências. Costuma dizer que é “designer de roupa” e não “designer de moda”.

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Conceito 132 5 criado pelo estilista Issey Myiake.


O perfil de uma grande marca

Por Camila Lima e João Paulo Sousa

Thierry Mugler (a esquerda) criador da marca e Nicola Formichetti (a direita), novo diretor criativo da mesma.


Após alguns anos vivendo quase no anonimato e com renda vinda de sua linha de perfumes (principalmente o Angel), a marca Thierry Mugler que agora é somente Mugler passa a ter como diretor criativo o stylist da Lady Gaga, Nicola Formichetti.
Formichetti assume o posto de Spainard Rosemary Rodriguez que desenhava para a marca desde 2008, deixando claro que o foco é continuar o espírito das criações originais do criador da marca. Formichetti levantou mais ainda a moral da Mugler já que a mesma sofria de altos e baixos a partir do meio dos anos 90, quando a moda parou de dar o devido valor às criações de estilistas interessados em imagens absurdas como as que o Mugler adorava fazer.
Thierry Mugler voltou a se destacar nos últimos anos, muito por conta da Beyoncé, que ficou obcecada quando viu uma exposição das armaduras que se tornaram ícones da marca e convidou o estilista para desenhar todo o figurino da sua turnê “'I am... Tour”, além de ter liberdade criativa para iluminar e opinar em todos os aspectos dos shows.
Durante toda sua carreira Mugler mostrava que não fazia moda comum fugindo dos padrões da época. Suas peças marcavam os corpos femininos ao mesmo tempo em que eram sóbrias e elegantes. Reinventou o conceito da sedução, e foi rotulado como um estilista provocador e fetichista.
A mistura entre os ensinamentos do balé e do design é a grande responsável pelo sucesso de Thierry Mugler como estilista – foi dançando e estudando que Thierry se apaixonou por projetos incomuns, característica presente em suas criações (tanto de moda quanto em perfumes). Em 1969, aos 24 anos, ele decidiu se mudar para Paris e foi na capital francesa que começou a desenhar roupas para uma pequena boutique local. Alguns anos depois lançou sua primeira coleção, denominada Café de Paris.
Quando criança, o estilista Thierry Mugler era apaixonado por dança. Aos 14 anos já fazia parte do corpo de balé da Opéra National du Rhin, na França – e ao mesmo tempo em que trabalhava sua disciplina e expressão física, Thierry tinha aulas de design de interiores na Escola de Artes Decorativas de Estrasburgo, sua cidade natal.

Passarela de Ouro

Por Isabela Ribeiro e Priscyla Abreu

Nos desfiles de moda internacionais para o verão de 2012, os tecidos metalizados, geralmente antes usados somente para festas, marcaram presença constante. Dourado, prata e bronze fizeram vestidos, macacões, calças e shorts brilharem na passarela, em looks tanto para a noite quanto para o dia. E agora nota-se a presença do brilho também nos desfiles de inverno aqui no Brasil, um bom exemplo disso é a coleção de Patrícia Motta, que traz em sua cartela o ouro, inspirados nos mantos das rainhas.

Desfile Patrícia Motta.

Coca Cola Diet by Gaultier

Por Isabela Ribeiro e Priscyla Abreu


Jean Paul Gaultier, nomeado diretor criativo da Coca Cola Diet em março, cargo antes ocupado por Karl Lagerfield, acaba de lançar garrafas que imprimem seu estilo, com desenhos que trazem os seus ícones mais marcantes. Uma versão é estampada em branco e azul marinho como referência a camiseta navye a outra uma lingerie  que foi eternizada por Madona nos nãos 90. Ambas lembram ainda as famosas embalagens de seus perfumes.  As garrafas com edição limitada estarão disponíveis para compra somente na Europa durante o verão.