terça-feira, 29 de novembro de 2011

Sapatos artesanais exigem sofisticado processo de criação

Por Fernanda Freitas, Nicole Fiorine e Rafaela Rodrigues

Para quem não conhece o processo de fabricação de um par de sapatos, pode se surpreender. A julgar pela aparência, não percebemos o processo de fabricação, que é bastante interessante. Os solados, por exemplo, são furados para o sapato ficar mais leve. Os saltos altos e finos, não podem quebrar de forma alguma. Os primeiros saltos eram de madeira e foram criados por volta de 1600. Na metade do século XX, os calçados começaram a ser fabricados com materiais de cortiça e acrílico, e atualmente os solados são fabricados com poliestireno ou nylon. Com o surgimento de novas tecnologias, como a fibra de carbono, é possível criar novos formatos, reduzir significativamente o peso e aumentar a resistência a impactos.
Há muitos séculos, não existiam formato de sapatos, e os calçados não se dividiam entre pé esquerdo e pé direito, era igual para os dois pés e não tinha o conforto das formas atuais. O couro foi um dos primeiros materiais utilizados na confecção de sapatos e até hoje continua como material indispensável. Os calçados nunca mais foram os mesmos depois da utilização do couro e da borracha na fabricação de solados.
Inicialmente o ofício de sapateiro tinha o mesmo status de outros prestadores de serviços como carpinteiros e jardineiros que eram profissões que não recebiam o devido reconhecimento pelo seu trabalho, isto comparado ao valor dado aos costureiros das grandes maisons, que eram valorizados pelos seus trabalhos. A passagem do século XIX para o XX na Europa, com as mudanças no comportamento e nos modos de se vestir, o comprimento dos vestidos subiu de forma que os sapatos ficaram visíveis, sendo assim garantiu que o sapateiro tivesse o direito autoral sobre a sua criação, pois a visibilidade dos calçados trouxe destaque aos seus criadores.
Esse ofício está desaparecendo, mas vem sendo procurado cada vez mais por pessoas que buscam calçados diferenciados, que fogem do processo industrial. A designer mineira Virgínia Barros, tem um trabalho artesanal, todos os sapatos são feitos a mão, com um conceito inovador e criativo. Cada coleção conta uma história diferente (as últimas coleções foram Alice no país das Maravilhas, Cangaço e Hélio Oiticica). Os modelos são delicados com formatos e cores diferentes, utilizando couro e tecidos coloridos na confecção das peças. É um produto bem valorizado, quase uma obra de arte.

DITADURA DA BELEZA

Antes de iniciarmos a discussão sobre o tema o corpo na contemporaneidade, faz-se necessário levantar algumas definições sobre o que seja belo. Segundo o dicionário Aurélio (2000), belo é o que tem forma perfeita e proporções harmônicas; o que é agradável aos sentidos; elevado, sublime; bom, generoso; aprazível, sereno e próspero e feliz.
O conceito de belo, apresentado pelo dicionário, justifica a associação que fazemos quando falamos do “belo”. Geralmente o associamos ao “bom” e este por sua vez, a algo que nos agrada. Partindo deste pressuposto, aquilo que nos é agradável seria, portanto, desejado por todos nós. No entanto esquecemos que o “belo” continuará a sê-lo, mesmo que não nos pertença.
Outro ponto importante a ser considerado antes de iniciarmos a discussão é que apesar de muitos especialistas (sociólogos, antropólogos, psicólogos) já incluírem o público masculino como novos atores da ditadura da beleza, trataremos de uma perspectiva voltada para o público feminino.
Nesse contexto, incentivadas principalmente pelas revistas, TV e cinema, a mulher aos poucos assumiu um duplo papel frente à sociedade: o de modelo identificador, do lado feminino e o de objeto de desejo do lado masculino e para atender a este modelo busca incessantemente por um padrão de beleza baseado em um tipo físico ideal (cabelo, altura, corpo, etc.), ou seja, a mulher é escrava da perfeição.
Os estudos revelam que cerca de 600 milhões de mulheres sentem-se escravas dessa masmorra psíquica. É a maior tirania de todos os tempos e uma das mais devastadoras da saúde psíquica o padrão inatingível de beleza amplamente difundido na TV, nas revistas, no cinema, nos desfiles e nos comerciais. Tal tirania penetrou no inconsciente coletivo das pessoas e as aprisionou no único lugar em que não é admissível ser prisioneiro: dentro de si mesmo.
Sociólogos da contemporaneidade afirmam que vivemos uma paranóia coletiva. Os homens controlaram e feriram as mulheres em quase todas as sociedades. Conforme suas análises, considerados o sexo forte, os homens são na verdade seres frágeis, pois, só os frágeis controlam e agridem os outros. São também vítimas dessa ditadura como crianças e adolescentes. Com vergonha de sua imagem, angustiados, consomem cada vez mais pro­dutos em busca de fagulhas superficiais de prazer. A cada segundo destrói-se a infância de uma criança no mundo e assassinam os sonhos de um adolescente.
A atualidade do tema é indiscutível dada a possibilidade do leitor de se identificar com os personagens e sua luta por uma vida mais plena, em que cada pessoa se sinta livre para ser o que é sem se envergonhar de sua aparência e sem se comparar a ninguém, ou seja, o respeito às individualidades e diferenças.
A preocupação exagerada com a aparência pode gerar não somente alterações comportamentais em direção a esta procura pela aparência ideal, como também alguns distúrbios eventualmente percebidos como ansiedade, depressão, anorexia, bulimia, entre outros. Esse pensamento “o corpo como centro da vida” faz com que as pessoas pensem que um corpo sem rugas, sem estrias, com um tamanho ideal de quadril, seios e peso sob medida, seja o padrão ideal de beleza e a felicidade só seja possível a partir do momento que o atingimos.

POR EUDES CAMPOMIZZI, MARCELA FERNANDES E MARCELA SANTIAGO

Do Prêt-à-porter ao fast fashion

Por Bruna Abreu, Luana Cordeiro e Taciana Leite
Seguindo tendências internacionais, o Brasil pega a onda das grandes etiquetas para fast fashion. A Riachuelo realizou o desfile “Fashion Five” dia 16 de novembro na Casa Fasano, em São Paulo com a participação das cinco grandes marcas: André Lima, Martha Medeiros, Juliana Jabour e Clô Orozco (Huis Clos + Maria Garcia). A coleção chega ao consumidor no próximo dia 04 de dezembro nas 131 lojas Riachuelo. Os preços são bem atraentes, de R$ 49 a R$220!

Luxo para todos

Por Bruna Abreu, Luana Cordeiro e Taciana Leite
Para alegria dos fashionistas de plantão, a poderosa Versace tornou acessível no último dia 19 de novembro parte de sua coleção, através da parceria com a suéca H&M, uma das maiores redes de “fast fashion” do mundo. Donatella Versace junto com a equipe da H&M optou pela releitura de grandes ícones da marca com mistura de cores e estampas em peças trabalhadas. O lançamento mundial está previsto para os próximos dias em suas outras 300 lojas entre Londres, Barcelona e Paris.

Moda nas alturas

Por
Bruna Abreu, Luana Cordeiro e Taciana Leite

A Universidade FUMEC apresenta, neste primeiro de dezembro, a 12ª edição do Fumec Forma Moda, na Torre Alta Vila, em Nova Lima. Os formandos de Design de Moda apresentarão seis looks na passarela. Os temas são variados, tais como “Tangram”, “Luz Del Fuego” e “Café com Leite”. Além disso, quem passar pelo local poderá visitar as exposições e instalações montadas no local, como a da aluna Domitila de Paulo, nominada “Uma verdade outra não”, que aborda os sonhos como tema. A banca examinadora contará com a presença de professores, jornalistas e profissionais da área.


A saia masculina

por Paula Menezes, Paula Goecking e Carina Ametista
O que você pensaria se, ao andar pela rua da nossa cidade, viesse alguns homens jovens, ou adultos, ou idosos, bonitos ou não, trajando uma saia? É esse o desejo de alguns estilistas famosos como Jean Paul Gaultier, Kenzo, Vivienne Westwood, ou Marc Jacobs.  A cada ano que passa, os homens revêem a moda masculina contemporânea. Aceita-se a flexibilidade e a variabilidade de vestimentas na mulher, mas todos, até o próprio homem, rejeitam as modificações no vestuário masculino.
A pressão deste ano é a proposta da saia ou do “kilt” escocês para o homem. Alguns modelos, estilistas, ou jovens mais arrojados estão desfilando em Paris ou em outra metrópole com suas lindas “male skirt”. Vestem saias pregueadas e curtas, pouco acima do joelho, ou logo abaixo, ou no meio da perna, ou sobre um legging e com botas de cano curto. Esses jovens tentam provar que o uso da saia não lhes tira a seriedade ou o respeito: é possível para o homem a variabilidade de vestimentas, tanto quanto o é para as mulheres.
As notícias das “male skirts” e do “homme em jupe” se espalham pelo mundo afora. O homem escocês, de todas as idades se orgulha em usar os seus “Kilts” nas suas festas tradicionais. Mas só nas suas celebrações tradicionais! Os produtores de moda masculina trabalham para que todos os homens e mulheres do planeta aceitam as saias masculinas na vida cotidiana. Assim saias, curtas, minis, longas, longuetes, lisas, estampadas, godês, pregueadas, com babados e bolsos poderiam vestir senhores magros, gordos, idosos, adultos, adolescentes cheios de espinhas, barbudos, bigodudos ou qualquer outro homem.

MTP traz profissionalismo e consciência ecológica para as passarelas.

Por Eid Rocha, Iza Lopes e Laís Torres


Numa vertente bastante atual, o Minas Trend Preview apresentou as coleções e tendências que estarão presentes nas vitrines neste inverno de 2012, tudo, com uma evidente consciência ecológica, uma quebra no ritmo acelerado, uma busca por equilíbrio.
Nas cores, nos cortes, nas estampas e em todas as produções, as marcas exibem leveza e intimidade com a natureza. Exemplo disso está na coleção da marca Patogê, que trouxe para sua passarela cores terrosas e verdes, além de shapes mais amplos e materiais mais próximos do natural. A idéia da marca é a quebra do ritmo acelerado, uma verdadeira pausa no cotidiano caótico em que vivemos. Seguindo a mesma vertente, a mineira de Belo Horizonte, Fluê, traz o mesmo conceito e leva para as passarelas o ideal de fuga, de rebusca e reflexão, aqui a consciência ecológica prevalece. Tudo muito perceptível nas estampas e cores que retratam tal proposta.
A idéia de articular moda, mercado consumidor e papel social deu certo. Prova disso esteve no número de expositores que abordaram a temática, na qualidade dos produtos e na beleza e grandiosidade dos desfiles. Acessórios, calçados e bolsas também desfilaram durante os quatro dias e carregaram o legado ecológico. Marcas de peso e já há muito conhecidas, como o caso da mineira Mary Design, surpreendeu pela beleza e qualidade. O que foi lançado é uma grande aposta que aguarda a confirmação dos demais eventos de moda do Brasil, que acontecem em janeiro de 2012, SPFW e Fashion Rio.

Ed. Maletta, no centro de Belo Horizonte, recebe novos espaços de moda e design.

Por Mayara Leão, Júlia de Assis e Amel Saadi.


Nova loja de roupa, Satisfeita Yolanda traz novidades ao Ed. Maletta

O Ed. Maletta, localizado no centro da cidade de Belo Horizonte é conhecido pela variedade de coisas encontradas e de pessoas que o freqüentam. Há algum tempo, jovens descolados e alternativos têm transformado alguns espaços do edifício em pontos de encontro e discussões. O quesito moda também não ficou de fora. Há menos de três meses foi inaugurada a loja Satisfeita Yolanda, que traz uma moda alternativa e retrô e que proporciona aos jovens que freqüentam os bares e galerias do edifício se informar sobre moda e a consumirem.


Inauguração de ateliê em dezembro no Ed. Maletta

Conhecido pela variedade, o Ed. Maletta, no centro de Belo Horizonte, foi o local escolhido para o Ateliê Restaurante Popular. Os jovens que empreenderam a idéia vêm de diferentes áreas de atuação como design de moda, design gráfico, arquitetura e fotografia.
O local “indisciplinar”, como é descrito pelos empreendedores Júlia de Assis, Mauro Figueiredo, Rafael Barbosa, Bruna Oliveira, Natasha Rena e Talita Lessa,  busca agregar valores e projetos em comum além de fazer do espaço, não só um escritório, mas também um local para exposições, oficinas e festas. A inauguração ainda não tem uma data certa, mas será ainda no mês de dezembro.


Espaço Loja Galeria, Quina também vem movimentar o centro da cidade.

A Quina Galeria é um espaço, que reúne ao mesmo tempo, galeria de arte contemporânea e loja.  A Quina é um espaço onde artistas e designers mineiros têm a oportunidade de mostrar e divulgar seu trabalho de uma maneira descontraída para pessoas da cena cultural. No início do último mês ocorreu a exposição “Quina Editorial” que contou com a mostra de alunos do 5º período da Escola de Design Gráfico da UEMG. Durante todo o período da exposição ocorreram palestras e workshops, como o workshop com os integrantes do estúdio 45 Jujubas Marcelo Dante e Juliano Augusto.


 
LAFÊ INVESTE EM INVERNO LUXUOSO

A marca Lafê, que integra o circuito de showroons mineiros, no Prado, tradicional bairro de comércio em Belo Horizonte, está investindo em um estilo mais sofisticado e luxuoso para a coleção de inverno 2012. A marca, conhecida por suas peças casuais e mais românticas, estará na proxima coleção recheada de peças em couro, tricôs com brilho, chiffons de seda e estampas art noveau. A alfaiataria, presente em blazers e calças, fazem o estilo de uma mulher contemporânea. Acessórios, como bolsas e cintos, em animal print irão complementar o look da marca.

INVENTANDO MODA COM VODKA

Vodca e moda combinam? A Pernod Ricard, responsável pela marca Absolut, acredita que sim. O grupo convidou estilistas brasileiros para criarem uma coleção de roupas exlusivas, para o lançamento da Absolut Mode, edição especial da vodca sueca. Peças como camisetas, vestidos, jaquetas e acessórios terão a assinatura de Juliana Jabour, Fernando Cozendey, Ad Ferreira, Luiz Felipe Monteiro, além da dupla responsável pelo estilo das marcas Amapô e Muggia. O importante é misturar referências pessoais de cada estilista com o estilo da vodca. Além do lançamento, as peças também estarão à venda, na Surface to Air, com preços que variam entre seissentos reais e dois mil reais.


GISELE BUNDCHEN DESFILE PELA C&A NO IGUATEMI EM SÃO PAULO

Não é novidade que as grandes lojas de fast fashion fazem parcerias com grandes estilistas e modelos do mundo. Dessa vez, a surpresa é um desfile protagonizado pela super modelo Gisele Bundchen, em pleno corredor d e um shopping paulista, o Iguatemi, na proxima quinta-feira, dia 1 de dezembro. A top, ao lado de outras modelos, apresentará a terceira coleção que assina para a C&A, que está recheada de peças com brilho para a noite, além de estampas de onça, florais e tecidos como a renda e a laise. Sapatos e acessórios também fazem parte da coleção e as clutches serão produzidas com couro ecológico, já que Gisele defende a proteção dos animais.

POR EUDES CAMPOMIZZI, MARCELA FERNANDES E MARCELA SANTIAGO