sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Artigo: Blogs como fonte de informação

Os blogs com temas relacionados à moda e comportamento estão na “moda”. As pessoas estão cada vez mais procurando esse tipo de rede social para se comunicar, expressar e principalmente informar e buscar informação. Os blogs de moda em sua maioria são feitos por estudantes, amadores e pessoas que gostam ou estudam moda. Os blogs de profissionais do ramo, de jornalistas, precisam concorrer e ceder espaço para esse blogs “amadores” que estão cada vez mais conquistando espaço, e se tornando referência para várias pessoas que buscam esse tipo de informação.

Mas nem todos os blogs podem ser usados como base para pesquisa ou informação. Vários blogs trazem informações copiadas de outros sites, não possuem um texto coerente e ainda não agregam novidades. O problema dessa facilidade em criar um blog, seja de moda ou de qualquer outro tema é  que esses blogs muitas vezes trazem informações erradas, com pouca apuração e assuntos que não trazem nenhuma informação. Para os blogs se tornarem referência, eles precisam trazer informações, serem criativos, ter um texto simples que todos possam entender, para não se tornar igual a todos e com os mesmos conteúdos.


Por Fantine Godoy, Camila Zamboni e Vitoria Lisboa.

Perfil: Ligiane Almeida

Ligiane Almeida, estudante de moda, empresária, mulher e sonhadora. Esse é o perfil da garota de 22 anos. Hoje Ligiane tem seu próprio show room, mas iniciou sua trajetória vendendo sapatos e acessórios aos 14 anos, na escola onde estudava. Foi nessa época também que os clientes começaram a aparecer. Colegas de sala, funcionários da escola, professores e até diretores. E foi aí que o gosto pela moda foi nascendo e Ligiane decidiu prestar vestibular para o curso de Design de Moda.

Faltando um semestre para formar, Ligiane já tem seu showroom onde vende sapatos, bolsas e acessórios de própria autoria, e sonha com voos mais altos. Quando finalizar a faculdade vai abrir uma loja na rua, para conquistar um público maior, diferente do dela, que se restringe a amigos e conhecidos. Perguntada se não tem medo de tanta responsabilidade, Ligiane é enfática: “quando quero uma coisa, vou atrás dela e não desisto até conseguir. Já passei por muitas dificuldades e sei que muitas ainda virão, mas não tenho medo. Tenho muitos sonhos para conquistar”, finaliza a estudante.      


Por Fantine Godoy, Camila Zamboni e Vitoria Lisboa.

Perfil: Alexandre Herchcovitch

Alexandre Herchcovitch nasceu em 21 de julho de 1971 na cidade de São Paulo.  Vindo de família judaica ortodoxa, Alexandre começou a se interessar por moda logo cedo. Sua mãe Regina foi quem ensinou-o a costurar. Regina, dona de de uma confecção de lingeries, ouvia desde cedo os palpites de Alexandre sobre suas roupas. Aos dez anos Alexandre já dominava a costura.

Aos 22 anos, em 1993, Alexandre graduou-se na Santa Marcelina, conhecida como a melhor faculdade de moda de São Paulo e do Brasil. O recém formado estilista foi muito elogiado em seu desfile de formatura. Sua trajetória na moda brasileira foi construída em pouco mais de dez anos de carreira,nos quais o estilista obteve uma grande repercusão e reputação no mundo da moda brasileira e internacional. Participa anualmente da São Paulo Fashion Week e da semana de moda de Nova Iorque.

O estilista trabalhou também em várias marcas renomadas, como Cori, Zoomp, Ellus, além de ter marca própria.A marca que leva seu nome é vendida no mundo todo, e possui uma loja conceito em Tóquio. Toda essa bagagem inclui ainda vários produtos licenciados para Democrata, Dryzun, Lupo, Tilibra, Motorola e Chilli Beans. Alexandre criou também uniformes para o Mc Donalds em 2006 e em 2007 participou como jurado do reality show de modelos Brazil’s Next Top Model, do canal Sony.

Em 2008, o estilista vendeu 70% de sua marca para um grupo chamado Inbrands, porém a direção criativa continou sendo feita por Herchcovitch. A empresa ficou por conta somente da administração da marca. Em 2009 foi dado outro grande passo em sua carreira. Após a venda da Rosa Chá, e da saída do estilista Amir Slama, Herchcovitch assumiu a marca de beach wear e revolucionou o mundo dos biquinis. Com novas modelagens e tecidos, sua coleção foi muito aplaudida na São Paulo Fashion Week.

Por Fantine Godoy, Camila Zamboni e Vitoria Lisboa.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Perfil Ronaldo Fraga


“Ronaldo Fraga, nascido em Belo Horizonte quarenta e uns anos atrás, tornou-se estilista no susto. Nunca desejou sua carreira, não teve mãe costureira ou irmãs provando vestidos em casa e nunca brincou de boneca. Começou pelo simples fato de saber desenhar. Trezentos anos depois, continua ilustrando personagens para suas estórias: o que muitos chamam de moda”.
O texto acima pode ser encontrado no blog do estilista mineiro Ronaldo Fraga, é assim que ele se apresenta para seus visitantes. Formado em estilismo na UFMG, e com pós graduação na Parson´s School de Nova York, Ronaldo teve vasta experiência no exterior. Em Londres estudou chapelaria na Saint Martins e começou a vender seus chapéus junto com seu irmão nas principais feiras de Camden, Town e Portobello, com a renda adquirida pelo negocio ele viajou pela Europa.
Em 1996 ele voltou ao Brasil e participou do Phytoervas fashion em São Paulo, com a coleção “Eu amo coração de galinha”. O desfile que trazia looks coloridos e alegres surpreendeu a todos pois o clean ditava a moda nessa época.
Depois disso ele ainda participou de mais duas edições do evento e a coleção “ Em nome do Bispo” lhe rendeu o prêmio de estilista revelação.
Em 1997 Ronaldo lançou sua própria marca e desde de então surpreende a todos com suas coleções que contam verdadeiras histórias. Em 2009 lançou uma coleção sobre o Rio São Francisco que lhe rendeu uma exposição que foi apresentada no Palácio das Artes até o dia 28 de novembro. Em janeiro de 2011 a exposição viajará pelo Brasil.
O estilista mantém um blog e um site com imagens de suas coleções e outras notícias.
O endreço do Blog é: http://ronaldofraga.com/blog
E o site: http://www.ronaldofraga.com.br


Por Camila Sudano e Laís Macedo.

Entrevista - Isabel Borges (blogueira)

- Um pouco sobre voce:

Sou mineira de Belo Horizonte, tenho 22 anos e sou formada em design de moda. Dona do www.blogdevies.com




- De onde surgiu o interesse em escrever sobre moda?

Eu sempre passava muito tempo na internet, geralmente pesquisando coisas totalmente inúteis! Aí resolvi criar um espaço onde pudesse dividir minha paixão por moda

- você acha que os sites e blogs de moda estão influenciando as tendências?

Tenho certeza que sim. Já estamos vendo isso há algum tempo na esfera internacional, e no Brasil isso também já está começando a acontecer.

- o que você acha dessa crescente onda de blogs de moda e street style?
Acho que com tantas opções por aí, temos que saber distinguir o que é bom e genuíno do que é ruim e copycat. O legal é que tem blogs para todos os gostos, a gente sempre acha algo do nosso gosto!

- uma musica, um filme, e um livro que te inspiram:
É difícil pensar em somente um de cada! Na música, Michael Jackson é meu ídolo; um filme que amo e tem um figurino maravilhoso é "Como Roubar um Milhão de Dólares", de 1966, com Audrey Hepburn; e livros de moda tenho vários, adoro colecioná-los!


- você acha que Belo Horizonte está conseguindo se firmar na area da moda brasileira?
Acho que está indo no caminho certo, mas ainda falta um pouco para chegar ao mesmo nível de São Paulo ou do Rio.

- Quais são as suas influências e inspiraçoes na hora de se vestir?
Tenho muitas. Depende do meu humor no dia! Adoro ver os looks da socialite russa Miroslava Duma e de Olivia Palermo. Também entro sempre no Lookbook.nu para procurar ideias, sem contar nas dezenas de blogs que merecem visita diária! (Tem todos eles no meu blogroll)

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Nanotecnologia na Moda

Nanotecnologia parece um termo complicado, mas já podemos entender que nanotecnologia é a capacidade potencial de criar coisas a partir de micro-partículas usando técnicas para colocar átomos e moléculas no lugar desejado.
A nanotecnologia e a moda agora são parceiras. É possível pensar em uma roupa que evite que você pegue gripe, resfriado, poluição, destrua os gases nocivos, e que ainda não precise ser lavada.
Essa roupa hoje existe, graças à exaustiva pesquisa de cientistas americanos que conseguiram cobrir as fibras do tecido com nanopartículas feitas de prata e paládio e que realmente tem propriedades antibacterianas.
O maior problema para o uso dessa tecnologia esta no preço. Um metro quadrado do tecido embebido em nanopartículas custa um pouco mais de dez mil dólares. Podemos imaginar o quanto chegaria o preço de uma roupa ao cliente.

Para sabermos um pouco mais sobre o assunto, conversamos com Ney Roblis Versiani Costa.

Qual a importância da nanotecnologia hoje?A nanotecnologia ela está revolucionando principalmente os tecidos, melhorando as propriedades das fibras sem que ela perca sua estrutura/textura original.

A nanotecnologia é apontada como uma tecnologia limpa e que contribui para o desenvolvimento sustentável do país. Voce concorda ? Poderia falar mais sobre a questão?
Concordo. Pois ela agrega valores e aumenta a vida util. Não sao produtos descartáveis, são produtos biodegradáveis.

No Brasil, já esta em desenvolvimento pesquisas na área ( nanotecnologia na indústria textil)?
Com certeza. ja existem duas industrias que investem nessa área em Minas Gerais, com tecidos referentes a água, óleo, ácido e retardante de chama.

Há algum produto de moda ja desenvolvido?Vários, alguns tecidos que você deve ter visto nos desfiles das escolas de samba do Rio, tecidos com muito brilho. Também na moda praia, com tecidos de biquini que mudam de cor, de acordo com o tempo que você fica exposto ao sol, "pigmento nanotecnológico".


Existem atualmente perspectivas para inserção de produtos no mercado da moda?
Sim. A moda está cada vez mais glamourizada e as pessoas investem, porque são produtos novos, principalmente na moda praia.

O pesquisador  deve conhecer o mercado antes de propor uma inovação?

Com certeza, pois o mercado pode não estar preparado para propostas muito ousadas.

A influência de moda através dos blogs

A Moda é o espelho da sociedade sendo pesquisada em qualquer lugar. Tanto nas ruas, em reportagens diversas, internet ou nos costumes e hábitos de uma cultura.
É notória a importância dos blogs de moda. Hoje eles ( os blogs) que proporcionam o discurso sobre tendência de tudo àquilo que está na moda permitindo debates que é algo que antes não acontecia, pois, estava restrito a um pequeno grupo ( de críticos da área). Mas os blogs democratizaram o discurso sobre moda permitindo que qualquer um possa opinar e/ou comentar sobre moda e tendência, sem precisar ser um especialista.
















Thais Pimenta
Gerente de Projetos - Cupcake


Escreva Moda: De onde surgiu o interesse em escrever sobre moda?
Taís Pimenta: Sempre gostei de me vestir, criar looks diferentes. O armário da minha mãe sempre me influenciou como ela guarda muita coisa antiga, era lá que descobria peças incríveis e incorporava no meu estilo. Daí me formei em jornalismo e meu namorado sempre me dizia que
eu devia fazer um blog de moda, pois, além de escrever bem, entendia do assunto. Foi aí que comprei um milhão de livros e comecei a devorá-los para entender mais um pouquinho, pois nunca tinha estudado moda. Minhas opiniões sempre foram muito pessoais e senti que precisava ter mais base para opinar.
Neste meio tempo, trabalhei com a Gloria Kalil em uma pesquisa sobre os 50 anos da moda mineira. Foi aí que descobri ainda mais o que é a tal moda, os momentos ao lado da Gloria foram enriquecedores, o que só me fez me apaixonar ainda mais pelo o assunto.
Por tudo isso, comecei o meu blog, Charme & Funk (www.charmeefunk.com), que depois acabou para eu poder me dedicar somente ao primeiro site de moda de Minas Gerais, criado por mim e meus amigos, o Gééénte (www.geeente.com.br).



Escreva Moda: Você acha que os sites e blogs de moda estão influenciando as tendências?
Taís Pimenta: Sim, claro! O movimento das ruas tem influenciado cada vez mais as passarelas, sem dúvida nenhuma.


Escreva Moda: O que você acha dessa crescente onda de blogs de moda e street style?
Taís Pimenta: Acho ótimo! São nessas horas que vemos como a moda se tornou um "fenômeno paupável", que sofre influências de todo mundo. Sem dúvida nenhuma, estes novos tempos fashion são muito importantes para criar novos conceitos, que já estamos percebendo e, em breve, veremos mais por aí.


Escreva Moda: Uma musica, um filme, e um livro que te inspiram:
Taís Pimenta: No Surprises, do Radiohead - Fahrenheit 451 e O Jogo da Amarelinha, de Julio Cortázar (nada ligado diretamente à moda, mas tudo a ver com meu conceito de moda).


Escreva Moda : Você acha que Belo Horizonte está conseguindo se firmar na area da moda brasileira?
Taís Pimenta: Sim, mas não pelas marcas mineiras já consolidadas aqui, mas pelo o movimento dos mais jovens.


Escreva Moda: Quais são as suas influências e inspirações na hora de se vestir?
Taís Pimenta: Adoro o estilo hi-lo, mas tudo depende do meu humor do dia: se acordar mais feliz, invisto na veia fashionista, senão, fico mais contida. Mas sempre tem uma pegada mezzo rocker, mezzo romântica. E me identifico com o estilo da Alexa Chung e da Daisy Lowe.

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Thais Pimenta
Gerente de Projetos - Cupcake
31 3281-8040
31 9243-2488
thaispimenta@lojacupcake.com.br
www.lojacupcake.com.br


Foto olhares.com/thabossi

domingo, 12 de dezembro de 2010

A Sustentabilidade e a Moda

A tendência de sustentabilidade invadiu a moda e tem conquistado o seu consumidor. Pova disso e o projeto de solução para o lixo têxtil apresentado pela marca de roupa Cantão. Ela descarta materiais de refugo e os transforma em decoração para desfiles e composição de cenários.
Quem não ficou fora dessa onda de sustentabilidade foi a Grendene, que fez seu produto (calçados) com 100% de material reciclado. Já existem hoje vários produtos alinhados ao conceito sustentável, a base de garrafa pet, algodão orgânico, sapatos com solado de borracha reciclada, peças de seda orgânica, bolsas e sapatos de couro de peixe.
Podemos fazer mais do que imaginamos para ajudar nosso planeta, quando substituímos nossas sacolas de plástico pela sacola chamada “ecológica” ou ainda as “eco bags” como fez o designer Yves Béhar da Puma que inventou a “ sacolinha esperta” a Clever Little bag, 100% reciclável.



Clever Little bag ( Designer Yves Behár)

A Moda e o Tempo

A moda está totalmente ligada aos costumes e valores de cada grupo social que constrói suas identidades. A moda tem se modificado, mas com o passar do tempo sempre volta através da releitura.
Hoje são tendência os tons luminosos que marca as coleções de roupas, acessórios e até mesmo maquiagem e esmaltes. Essa tendência desde o verão 2010 promete se manter firme e forte até a próxima estação. É uma releitura dos tons vibrantes que foram sensação nos anos 80 que permite o uso de cores fluorescentes sem ficar “out”.
A tendência fluorescente pode ser conferida em varias coleções de diversas marcas e não só jovens antenados aderiram à moda, mas também celebridades e pessoas ligadas ao mundo fashion.
Essa renovada tendência “new wave” agrega ainda mais irreverência e atitude nos looks de verão.

Revista Dobra [s]

Embora lançada há pouco tempo no mercado (dezenove de outubro de dois mil e sete) a revista Dobra [s] da Editora Estação das Letras e Cores já foi merecedora do prêmio de primeiro lugar na categoria “ Trabalhos Escritos” do 22º Prêmio “Design Museu da Casa Brasileira”, premiação concedida às publicações de moda no país.
“Dobra [s] uma revista de moda, mas não só, acadêmica, mas nem tanto”, assim a definem seus colaboradores.
Através desse slogan, a revista aborda a relação entre “moda” e antropologia, marketing, sociologia e comunicação.
Dobra [s] tem um quadro de consultores e especialistas em determinadas áreas. A revista busca uma linguagem coloquial, a fim de tornar-se acessível a grande parte dos leitores.
Os profissionais da Dobra [s] são antes de tudo pesquisadores. Os artigos da revista, em sua maior parte, textos científicos e/ou acadêmicos, são atuais e escritos com seriedade por professores, mestres e doutores.
Suas capas são assinadas por conhecidos artistas plásticos, celebrando cada vez mais o sucesso da revista. Em suas edições há frequentemente convidados especiais, como Ronaldo Fraga e Caio Borges.

Regina Guerreiro

Considerada por muitos como autoridade no mundo da moda, ela foi fundadora do termo "editora de moda" no Brasil. Regina está escrevendo seu livro de memórias, que o título provisório " A Diaba sou eu!" Ela fala que o texto ainda está em andamento, mas já tem alto teor de humor. Atualmente, Regina é umas das mais influentes críticas de moda no país.
Regina é formada em jornalismo e começou sendo colaboradora da revista chuvisco. Em 1968 ela comandava a moda nas revistas Cláudia, Manequim, ilusão e Contigo. No mesmo ano foi a Paris cobrir coleções de moda. Em 1970 foi para Nova York onde trabalho na revista Harper's Bazaar. Em 1971 abriu sua própria consultoria de moda. Anos depois decidiu fechar tudo e voltou para Paris. Em 1975 foi convidada para assinar o Jornal da Vogue Brasil, onde ela ficou trabalhando por 14 anos. Em 1993 assumiu a diretoria da Elle, onde ficou ate 1997. Em 1999, assumiu a revista Caras, onde atua como editora ate hoje na Caras Moda. No ano passado foi contratada pela marca TNG para ser diretora de criação e já não ocupa mais o cargo.



Divulgação: Internet

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Arts & Craft

Por Bruna Pimenta, Priscila Mazzini e Rafael Magalhães


A palavra “craft”, vinda do inglês “ofícios” está se tornando cada vez mais popular na internet. No grande mundo dos blogs, são dezenas os que abordam tal tema, caracterizado pelo artesanato criativo, original e barato, tudo no estilo “do it yourself”(faça você mesmo).
Não é preciso navegar por muito tempo para descobrirmos alguns deles, pois essas pessoas criativas e com vontade de por a mão na massa já chamaram a atenção de grandes veículos de comunicação como o jornal O Globo. Afinal, os blogs contam sempre com grande número de seguidores fiéis em busca de fazer diferença. Seja na moda, na decoração de suas casas, ou simplesmente por hobby. 

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Crie seu estilo

Acabou de ser lançada a versão em português do site Polyvore, pra quem ainda não conhece vale a pena conferir. O  site é uma mistura de rede social,customização e moda. Nele é possível criar painéis de estilos, publicar e compartilhar com todo mundo! O internauta cria uma conta gratuita e a partir daí pode começar as criações escolhendo as peças que são divididas por departamentos como saias ,blusas, vestidos,acessórios,sapatos, etc. As peças também podem ser escolhidas por preços ou cores  e o mais interessante é que essas roupas podem ser compradas pelo site. Cada peça tem um  link, que mostra seu preço e leva o internauta ao site de uma  loja internacional – já que todas as peças são estrangeiras.  Dá pra fazer inúmeras colagens e depois salvar suas criações para dividir com os amigos, Outra idéia interessante é montar esses sets como uma forma de consultoria, onde o estilista monta um painel de acordo com o estilo e gosto do cliente. O site oficial é www.polyvore.com.



*Colagem feita a partir da seleção da cor rosa

Por Laís Macedo Fagundes

Flávio de Carvalho na Bienal de arte de São Paulo

Na 29ª Bienal de Arte de São Paulo, que acontece no pavilhão do parque do Ibirapuera (de 25 de Setembro a 12 De Dezembro), mostra-se uma realidade bem diferente da que foi verificado na bienal anterior. Ao invés do “vazio”, o visitante, esse ano, se depara com um pavilhão repleto de obras, em todos os seus andares.
Uma das grandes escolhas para essa bienal foi a exposição de trabalhos de Flávio de Carvalho (1899 – 1973), artista com formação extensa e uma quantidade enorme de trabalhos. Carvalho era engenheiro civil de formação, mas atuou em muitas áreas como arquitetura, artes plásticas, dramaturgia, moda, etc. Sobre essa última área em questão, Flávio de Carvalho apresentou trabalhos muito interessantes, como a série de artigos que escreveu para ser publicada no Diário de São Paulo e seu polêmico trabalho realizado em 1956, a Experiência n° 3. Nesta performance, o artista desfilou pelas ruas de São Paulo com o traje masculino de verão criado por ele, atitude que gerou um escândalo enorme, principalmente porque ele usava uma saia na ocasião.
Na bienal, o seu trabalho exposto mais impressionante é sua Série Trágica ou também intitulada Minha mãe morrendo, de 1947, composta por nove desenhos de grafite sobre papel. A série representa os momentos de agonia que antecedem uma morte não espontânea.  São registros feitos diretamente do leito de dona Ophelia Crissiuma de Carvalho, mãe do artista, e impressionam muito pela agonia e desespero que conseguem transmitir.  Os desenhos do artista acompanham o sofrimento da mãe, sendo os primeiros extremamente fortes, com uma quantidade enorme de linhas, demonstrando o ápice da dor. A medida em que a vida vai deixando o corpo de dona Ophelia, o desenho torna-se mais suave e as linhas vão diminuindo. A dor vai cessando e a agonia claramente diminui, acabando em um último desenho no qual existe um rosto mais sereno.
A Série Trágica foi exposta, pela primeira vez no MASP, no ano de 1948 e, como acontecia com a maior parte de trabalhos de Flávio de Carvalho, foi recebida com grande escândalo pela sociedade. Sessenta e dois anos depois dessa primeira exposição, a Série Trágica de Flávio de Carvalho volta a ser exposta, dessa vez na Bienal. A qualidade desses desenhos é impressionante e eles têm uma grande capacidade de emocionar o espectador.



Desenhos da série Minha mãe morrendo, de Flávio de Carvalho

Comentário sobre a notícia Manipulação de imagens na fotografia de moda

Os efeitos digitais em fotografias de moda se mostram necessário nos dias atuais. Para muitos, os recursos de softwares sobre as fotos destoam da realidade, programam a relação visual do consumidor com a imagem e impõem uma realidade ficcional.
Na área da publicidade e da moda em geral, esses recursos se mostram extremamente necessários. O mercado tem investido nessas imagens, já que a transformação proporcionada pelo retoque digital pode deixar os produtos mais rentáveis. Sempre existirá os Photoshops e Illustrators que são utilizados em grande escala por fotógrafos, produtores, divulgadores e publicitários.  Quem não faz a utilização desses recursos está fadado ao fracasso. Lembrando que as imagens perfeccionistas são comuns e mostram o dito real, qualquer coisa que fuja dessa beleza intangível é colocado como bizarro e grotesco, portanto a utilização de recursos digitais sempre é valida.
Postado por: Ana Luisa Ferreira, Samantha Pezzini, Igor Thales e Mariana Naves.

Lançamento da Lomography

por Marcela Ferreira e Nayara Rodrigues

Mais uma novidade para os amantes da lomografia. Acaba de ser lançada no mercado uma nova câmera da família Holga. Trata-se da Holga TRL.

De carona no mercado das TRL de brinquedo, a Holga TRL vem em dois modelos: Holga 120 TRL de lente de plástico e Holga 120 GTLR com lente de vidro. Entretanto, enquanto a Blackbird Fly, a primeira das TRL a ser lançada, custa em torno de R$400,00, a Holga 120TRL sairá por R$220,00.

Por enquanto a nova câmera está em fase de testes, mas seu lançamento mundial já foi anunciado pela fábrica de Hong Kong para o final do mês de junho de 2011.

Abre inscrições para o concurso “Brasil Fashion Designers”

A partir do dia 23 de novembro 2010, estudantes devidamente matriculados nos cursos superiores ligados à área de moda e vestuário dos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e de São Paulo, poderão se inscrever para o concurso. O tema proposto é a arte de Arthur Bispo do Rosário. A coleção deve ser inspirada no tema com base nas informações sobre o Outono/Inverno 2011, podendo ser masculina, feminina ou mista. Para a criação das peças, os concorrentes deverão pesquisar e criar usando os tecidos das empresas Tavex, Vicunha Têxtil, Adar Tecidos e Cedro Têxtil, além dos botões da Cardenas, disponibilizados virtualmente no software do evento e nas cartelas disponibilizadas nas instituições de ensino.

A coleção deve ser composta por oito looks, sendo dois looks completos com tecidos de cada tecelagem, não sendo permitido misturar tecidos das tecelagens no mesmo look. Todos os looks da coleção terão que conter botões da Cardenas. Para informações adicionais entrar em contato pelo telefone (11) 5589-2880 ou pelo endereço eleltrônico ricardo@fcem.com.br.
Veja a entrevista concedida por Samantha Pezzini, que irá se formar no primeiro semestre de 2011 no curso de graduação de design de moda na Universidade FUMEC e vai participar do concurso. Samantha atualmente trabalha com a empresária Tereza Santos, no TS Studio de design, na equipe de criação.  A estudante fala sobre suas expectativas para o concurso e sobre a vida profissional.
·         Escreva Moda: Por que você decidiu participar do concurso?
S.P.: Acho uma grande oportunidade para quem está ingressando no mercado de trabalho agora, tanto pela viagem quanto pela oportunidade de criar uma coleção que será apresentada fora da faculdade e com reconhecimento nacional.
·         Escreva Moda: Você já pensou qual o segmento da sua coleção? E com qual empresa têxtil irá trabalhar?
S.P.: Sim, minha coleção será feminina, voltada para o público jovem, mas com um aspecto de vanguarda. Escolhi a empresa Tavex pelo sua amplitude e variação de tecidos.

·         Escreva Moda: O que pretende fazer depois do concurso?
S.P.: Pretendo fazer uma pós graduação em São Paulo, trabalhar em uma grande empresa na área de criação para depois abrir minha própria marca.
Postado por: Ana Luisa Ferreira, Samantha Pezzini, Igor Thales e Mariana Naves

Entrevista com Aldo Clésius

Por: Amanda Marques, Camila Yoshida, Manuela Gastal e Paula Carvalho.

Aldo Clécius é consultor em negócios da moda, Professor universitário, Jornalista de moda e pesquisador. Atualmente é editor do www.blogmodabrasil.com.br, com cerca de 25 mil unique visitors/ mês focando apenas em profissionais e estudantes de moda.

E.M- O que é o Grafite?

 Em 1970, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, alguns jovens começaram a deixar suas marcas nas paredes da cidade. Algum tempo depois essas marcas evoluíram com técnicas e desenhos. O grafite está ligado diretamente a vários movimentos, em especial ao Hip Hop. Para esse movimento, o grafite é a forma de expressar toda a opressão que a humanidade vive principalmente os menos favorecidos, ou seja, o grafite reflete a realidade das ruas.

A.C- Qual a diferença entre “grafitagem e pichação”?
O movimento grafite contemporâneo nasceu pichação. Aliás, muitos grafiteiros consagrados, como é o caso da dupla Os gemeos, autores de importantes trabalhos em várias paredes do mundo - aí incluída a grande fachada da Tate Modern de Londres, admitem ter um passado de pichadores.
Contudo a pichação é menos elaborada, mais subversiva e geralmente contesta a ordem de “arrumação e beleza” da fachada urbana burguesa da cidade. Geralmente uma pichação nos remete ao contexto que nem tudo é hermeticamente belo ou certinho. Há o feio, o grotesto, a minoria, os guetos.
 E.M-  E o que faz do Grafite uma arte tão atual? É um novo gênero artístico que traz consigo uma nova estética?
A.C- A linguagem do grafite fala do hibrismo de formas, de cores, de estéticas, enfim da vida urbana que pulsa e, de fato, é bem diversa. Pode ser vista como arte nobre, mas naceu no gueto, como manifestação de uma minoria cultural. Geralmente de periferias e zonas tradicionalmente o estado deixa de lado. Acho que esta urbanidade e riqueza antropológica que faz do grafite atual e único enquanto gênero artístico e movimento de estilo.
E.M-  Qual a ligação da Moda com o Grafite?
A.C- A partir dos anos 1960, quando os movimentos jovens e de estilo passaram a “ditar” moda, a relação entre o fashion e a cultura das minorias tem sido intensa. O movimento negro, que já rendeu diversos movimentos de estilo, foi um dos berços onde o grafite germinou, cresceu e deu frutos. É impossível pensar em grafite sem pensar na tríade: música, dança e produção visual. Daí que a moda vai não só beber da fonte do grafite mais vai criar uma relação intensa com ele por ser rico estilisticamente e por tratar de cultura urbana, um dos fundamentos da moda contemporânea neste início de século XXI.
   Fonte: Aldo Clesius


Lomografia na moda

por Marcela Ferreira e Nayara Rodrigues

Com o advento da tecnologia, muitos fotógrafos deixaram de usar câmeras analógicas em prol da praticidade, precisão e qualidade das imagens que uma câmera digital proporciona. Segundo Junia Garrido, fotógrafa de publicidade e fotojornalismo de Belo Horizonte, “O filme vai mesmo acabar. Eu só uso filme na minha máquina antiga para trabalhos pessoais, por hobby”

Em meio à era digital, ainda há muitos que não abriram mão de seu equipamento analógico, porém o que tem impulsionado as câmeras que usam filme é o movimento lomo ou lomografia.

No início dos anos 1990, quando dois estudantes de Vienna, Mathias Fielg e Wolfgang Stranzinger, em meio a uma viagem a Praga tiveram o primeiro contato com a câmera russa de plástico, ficaram surpresos com as fotos que ela produzia. As cores eram vibrantes, com profunda saturação e vinhetas que criavam cantos escuros nas fotos.

Entusiasmados com a descoberta, fundaram, em 1992, a Sociedade Lomográfica e difundiram por toda a Europa as extraordinárias qualidades da maquininha. Logo, a Lomo gerou um movimento batizado de Arte Anárquica, ou, simplesmente, Lomografia, que conquistou o planeta.

Não é surpresa, portanto, que o ciberespaço tenha se rendido aos encantos da lomo. No Brasil existem várias comunidades de amantes da lomografia, um desses blogs é o Lomo Blog (www.lomos.com.br). Nele você tem acesso aos lançamentos, tutoriais, links e loja online da lomo.

Juliano Figueiredo Arantes, de 23 anos, é outro profissional da fotografia que acredita que as câmeras de filme nunca irão superar a praticidade das digitais, mas acha que elas têm seu espaço. Ele também é adepto da onda lomo, Inclusive já fez trabalhos usando a técnica em eventos como o Oi Fashion Tour e Minas Trend Preview. “A foto lomo tem uma estética única, diferente e acho que acaba impulsionando o mercado de filmes”, diz.

Outros fotógrafos adeptos da lomografia na moda são Gavin Thomas, João Unzer e Tommaso Nervegna que tiveram seus trabalhos publicados no blog Binóculo – moda e design (www.binoculo.in).

É possível adquirir sua lomo através do site www.lomography.com.br ou na Lomography Gallery Store Rio de Janeiro Rua Visconde de Pirajá, 437. Sobreloja. (21) 2267-2226.

                                
Lomo Fashion Week, por João Unzer

Fashion Doubles, por Gavin Thomas



Perfil: Steven Meisel

por Marcela Ferreira e Nayara Rodrigues


Steven Meisel, Auto Retrato

Steven Meisel  é um fotógrafo Americano nascido em 1954 que obteve projeção nacional  ao trabalhar para revistas como  Vogue América e Vogue Itália e fazer retratos de grandes personalidades como Madonna.
Ainda jovem, Meisel, que na época não imaginava trabalhar como fotógrafo, era obcecado pela beleza de grandes modelos como Twiggy e Veruschka porém, retratava-as através de ilustrações, feitas a partir das fotos de revistas de moda como Vogue e Bazaar. Por este motivo, estudou artes na High School or Art e de tanto consultar publicações de moda, se tornou um admirador dos grandes fotógrafos de moda da época como Schatzberg Jerry, Irving Penn, Richard Avedon e Stern de Bert.
Madonna para a campanha da Louis Vuitton, fotografada por Meisel

Já adulto, e trabalhando como ilustrador para algumas revistas, Meisel perdeu o interesse pelo ato de desenhar e decidiu se dedicar à fotografia, universo do qual se sentia muito próximo. Iniciou a sua profissionalização fotografando amigas que eram modelos e à medida que aprimorava sua técnica passou a fotografar celebridades e top models pra campanhas e revistas de moda.
Hoje ele é mundialmente conhecido, não só pelo trabalho que desenvolve com freqüência para a revista Vogue e a W e grandes marcas da moda como Versace, Valentino, Dolce & Gabbana e Calvin Klein, mas também, por ser o descobridor ou promotor da carreira de diversas supermodels como Heather Bratton, Snejana Onopka, Coco Rocha, e James Rousseau.
Steven Meisel para Vogue

Exposição Semear

Por: Amanda Marques, Camila Yoshida, Manuela Gastal e Paula Carvalho.

Acontece na próxima terça, dia 14, a partir das 19 horas na Torre Alta Vila, a exposição de conclusão de curso de Design de Moda de Amanda Marques da Universidade Fumec.
Trata-se de uma exposição de roupas para bebês, com peças confortáveis e delicadas, com design e toque artesanal. Macacões bem bordados são a peça chave desta coleção que também faz uso constante da estamparia e do acabamento primoroso. Segundo a designer, a coleção “Semear” traz uma mensagem de vivência cristã, a partir da ideia do batismo. “O sacramento do batismo nos insere na árvore da vida que é Jesus Cristo, e traz uma mensagem de amor”, afirma a estudante.

Coluna de Natal

Chegou o final do ano. Época de providenciar a listinha de Natal. Começa a corrida contra o tempo para comprar todos os presentes.  As ruas de comércio em Belo Horizonte já ficam lotadas desde cedo. Lojas de brinquedos, roupas, calçados, bijuterias, todos os ramos do comércio atentos para que cada pessoa ache uma lembrancinha onde consiga demonstrar todo o amor e carinho ao presenteado. Os bares enchem de reservas para as turmas trocarem presentes de amigos ocultos, doces e inimigos ocultos. Todo mundo em clima de festa e alegria. Até a famosa Feira Hippie já entrou no clima, os expositores estão caprichando no estoque, pois o movimento já aumentou muito do convencional. A feira ia sofrer uma mudança no leiaute, porém resolveram adiar por causa do Natal, deixando os expositores mais tranqüilos e felizes. Para quem procura emprego, o final do ano também é um ótimo momento. Por vários lugares tem faixas pregadas em lojas, salões, supermercados, atrás de mão de obra, principalmente com a abertura do Boulevard Shopping BH. É só andar pelas ruas para ver enfeites de Natal por todos os lados. Todo esse clima que vivemos nessa época é pelo momento de celebrar a vida, com muita paz, harmonia e alegrias. Tenham um Feliz Natal!!!
Por Bruna Pimenta, Priscila Mazzini e Rafael Magalhães

Do figurino para o Cinema

por Anna Luiza Magalhães, Flávia Virgínia e Luiza Pacheco.


Marjorie Gueller e desenhos do filme "Capitães de Areia"


No último final de semana, dias 04 e 05 de dezembro, aconteceu a última Oficina de aprimoramento técnico e artístico em audiovisual,  II  Edição, promovida pela Associação Curta Minas/ABD-MG. As oficinas foram realizadas através dos recursos do Fundo Municipal de Cultura da Prefeitura de Belo Horizonte e contou com a participação de professores renomados e experientes, pretendendo criar subsídios para que profissionais do município possam qualificar seus conhecimentos.
Os workshops foram direcionados para estudantes e profissionais de cinema e moda, sendo a última oficina de Figurino para Cinema, ministrada pela figurinista Marjorie Gueller. Sua formação foi em estilismo, pelo Studio Berçot-Ruckie, em Paris e apresenta um currículo extenso complementado com trabalhos feitos para cinema, teatro, dança e publicidade.
O curso, que durou dois dias, abrangeu toda a explicação do processo de criação de figurino para o cinema: leitura de roteiro; conversa com o diretor geral e diretor artístico; montagem de equipe; pesquisa; orçamento; compra de materiais; produção; funcionamento no set de filmagem; envelhecimento de peças; dentre outras minúcias da produção.
Os alunos puderam ter uma noção de como se deve ler o roteiro e como se desenvolve a decupagem, descrevendo as peças de roupa de acordo com personagens e cenas. Após a conversa com os diretores, o profissional busca saber como criar um figurino para não competir a atenção do espectador com o cenário ou com o acontecimento da cena, além de aprender como direcionar conceitualmente a criação de acordo com a fotografia e a intenção artística do filme. O curso aborda ainda questões ligadas ao funcionamento e à seleção da equipe responsável pelo figurino e também questões ligadas à confecção de peças, que sempre funciona in loco com a gravação do filme.
Na finalização do curso, Marjorie Gueller ilustrou com alguns exemplos de filmes com figurinos interessantes, como por exemplo “O Fabuloso Destino de Amelie Poulin”, “Maria Antonieta”, “Amor à flor da pele” e “O poderoso chefão”. Fez também alguns paralelos entre filmes antigos e alguns mais atuais, tais como “A Fantástica Fábrica de Chocolate” e “Romeu e Julieta” em suas duas versões.
A sessão de oficinas enfatizou o desenvolvimento conceitual e técnico de todo o processo de elaboração e produção fílmicas, capacitando alunos e profissionais da área com um conhecimento mais aprofundado sobre figurino.

Escola são paulo promove curso online de moda e cinema: palestras com Marie Rucki e Fabrice Paineau

Desde setembro de 2010, a escola São Paulo disponibilizou em seu site, palestras sobre moda e cinema com a diretora do Studio Berçot, Marie Rucki, que foram ministradas em São Paulo, em abril de 2008. O ciclo completo das palestras já estão à venda no endereço eletrônico http://www.escolasaopaulo.org/. Isabela Capeto e Glória Coelho também prometem oferecer cursos on-line de moda no mesmo endereço eletrônico.

Resenha - Navegando pelo Rio São Francisco com Ronaldo Fraga

Por Isabela Rabelo e Núbia Souza.

A bordo do vapor Benjamin Guimarães, é como se sente quem visita a exposição Rio São Francisco navegado por Ronaldo Fraga, onde o guia é o próprio estilista.
A exposição que faz uma viagem pelas margens do rio São Francisco, leva o visitante ao mundo da população ribeirinha, com seus costumes,  música,  lendas e religiosidade.
Ronaldo Fraga viajou durante dois meses pelas cidades ao longo do São Francisco para criar sua coleção apresentada no desfile de primavera/verão 2008. E mais que sua surpreendente coleção criada naquele ano, a aventura resultou nesse trabalho apresentado em dez ambientes, que mostram uma parte talvez pouco explorada da cultura da população ribeira. O estilista mostra por meio de ambientes coloridos e interativos a riqueza em cultura de uma região pobre de recursos.
Cada ambiente apresenta ao espectador diferentes temas referentes ao rio, como um documentário que fala sobre as cidades alagadas para a construção de uma hidrelétricas na região. O trabalho também aborda as lendas,  o artesanato e ainda conta com um espaço onde o artista convida o visitante a registrar suas impressões e emoções sobre o São Francisco, a partir das percepções mostradas na exposição.
A intenção do artista é passar ao espectador seu olhar particular sobre o rio São Francisco de forma que quem visite a exposição se sinta realmente navegando por histórias do Velho Chico.
A exposição fica em Belo Horizonte até dia 19 de dezembro. Após esta data, ela  percorre outras cidades brasileiras como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Maceió, Aracaju, Juazeiro, Petrolina, Brasília, Pirapora e Januária.

Noticia - 13º Fumec Forma Moda

Por Isabela Rabelo e Núbia Souza

No dia 14 de dezembro, a partir das 19h, o curso de Design de Moda da Universidade Fumec apresenta mais uma turma ao mercado profissional. O evento apresentará a décima segunda edição do “Fumec Forma Moda” com apresentação de trabalhos finais de graduação, na Torre Alta Villa.
A abertura do evento contará com uma exposição de trabalhos de alunos em diversos formatos como ensaios fotográficos, instalações cênicas e editoriais que ficarão expostos em um lounge.  Após a abertura, acontecerão os desfiles dos alunos que optaram por esse tipo de apresentação.
Os desfiles serão divididos em três blocos.  Cada um dos formandos criou uma mini-coleção de dez  looks, com temas que  passeiam por obras arquitetônicas, literárias, plásticas, personagens marcantes e por movimentos artísticos e sociais. Os trabalhos são em geral executados com base em experimentações e conceitos, dando oportunidade ao aluno de ousar na criação antes de ingressar no mercado.
O evento é resultado de meses de trabalho dos alunos. O “Fumec Forma Moda” é uma oportunidade do mercado conhecer os novos talentos que saem da universidade e estão sendo muito bem recebidos pelo segmento da moda e do design. Antecedendo o “Fumec Forma Moda”, no dia 13 de dezembro está prevista a apresentação dos trabalhos dos alunos das disciplinas Núcleo de Projeto e Oficinas.
A aluna Nicolle Almeida que apresentou seu trabalho de conclusão de curso em dezembro de 2009 respondeu a algumas perguntas sobre seu trabalho e a repercussão no mercado de trabalho. O trabalho apresentado pela ex-aluna levava o nome Calçando Bicicletas e foi criado a partir de um apelo bastante conceitual.  As construções dos sapatos a partir de partes de bicicletas deram o diferencial do trabalho.

·         Qual a expectativa do aluno ao se dedicar ao trabalho e apresentá-lo ao mercado e à imprensa?

Nicolle: As melhores possíveis! Para um designer é importantíssimo ouvir  a opinião do público, os pontos fortes e fracos do seu trabalho. A imprensa tem papel fundamental, é através dela que o seu trabalho será repassado para o mundo. Portanto, sempre temos que ter as melhores expectativas para qualquer trabalho que fazemos.



·         Qual é a importância de uma boa apresentação?
Nicolle: Pode-se dizer que a apresentação é o cartão de visita para o trabalho. Deve ser uma apresentação clara e precisa, mostrando o trabalho por inteiro e os pontos altos do mesmo.


·         O trabalho de conclusão de curso estabelece de fato uma ponte com o mercado de trabalho?
Nicolle: No meu caso, particularmente, não.  Pois, o meu trabalho de conclusão de curso foi bastante conceitual, o que ocorre na maioria dos casos. Na moda, o conceitual não é aquele que te trará lucros, mas sim o comercial.

·         Seu trabalho tinha um apelo conceitual. Você considera um diferencial importante o trabalho de graduação valorizar a idéia e o conceito em detrimento do lado comercial? Por que?
Nicolle: Falando em diferencial, sim. Com certeza um trabalho conceitual é muito mais valorizado pelos críticos e afins do que um comercial que você vê aos montes por aí. Mas para o mercado em si, digo mercado financeiro, não sei se realmente é uma boa opção.

Manipulação de imagens na fotografia de moda

A fotografia tem se mostrado, desde sua existência, um veículo de informação do vestuário bastante expressivo e funcional tecnicamente, sendo, até a atualidade, o principal meio de comunicação da moda.

Deixando de lado a simples representação e adquirindo, na contemporaneidade, uma abordagem extremamente elaborada quanto à produção envolvida, a fotografia de moda demonstra um crescente domínio sobre os meios técnicos e teóricos quanto à imagem, sua função, seu poder de significação e sua inserção nos meios de comunicação.

Tendo em vista todo o direcionamento pelo qual o suporte fotográfico fornece ao campo da moda uma infinita gama de possibilidades a serem exploradas na imagem, a fotografia de moda incorpora-se ao processo de criação de tal forma que a imagem pode prevalecer sobre o próprio objeto retratado, tornando-se o próprio produto para o receptor da mensagem.

Visando este importante e sólido papel na construção de informação da moda, o profissionalismo aplicado à execução da fotografia de moda, auxiliado pelos avanços técnicos e tecnológicos, desenvolveu-se a tal ponto que seja qual for a idéia e a intenção, é possível realizá-la.

É neste ponto que inicia-se uma discussão sobre os efeitos da irrealidade adquirida na imagem, irrealidade esta que não procura expressar um objetivo explícito de tal desprendimento para com a realidade. A maior parte desse questionamento sobre a manipulação da imagem, que vai muito além do uso de métodos cenográficos e de maquiagem e parte para a intervenção digital por meio de softwares editores de imagens, se concentra sobre a necessidade e sobre as conseqüências desta prática.

Devido ao poder da indústria da moda sobre o comportamento e os ideais de beleza e à recorrência desta manipulação sobre a grande quantidade de material fotográfico de moda produzido na publicidade, estas intervenções se mostram, por um lado, muito eficientes quanto às questões técnicas e, por outro, justamente ocasionado por esta excelência exacerbada na produção da imagem, extremamente falhas quanto à representação de um corpo humano saudável e passível de sua função de modelo.

Considerando o alcance do produto advindo destas imagens manipuladas, o diálogo sobre a construção de um conceito demasiado distante de uma possibilidade de concepção se torna público e abre muitas vertentes opinativas. Ao mesmo tempo que a liberdade de expressão ampliada pela tecnologia pode produzir resultados positivos e construtivos dentro da esfera cultural global, também está sujeita a equívocos consideráveis, não apenas em visíveis ocorrências de falhas nessas interferências digitais, como também no âmbito dos efeitos sobre o comportamento do leitor dessas informações.

As principais reflexões acerca destas imagens com a presença de interferências digitais incluem: os efeitos psicológicos produzidos em crianças, jovens e adultos consumidores dessas imagens, a descaracterização de pessoas quanto à aparência e idade pelas interferências nas ditas imperfeições, a formação de opinião com tendências comerciais sem uma preocupação prévia com a saúde dos consumidores, a exclusão de pessoas que não se enquadram nos padrões estabelecidos e a propaganda enganosa de diversos produtos direcionados ao corpo e à beleza.

A democracia nos meios de comunicação continua gerando discussões, e possivelmente este é o maior ganho quanto ao que gere as questões relativas aos processos de criação e publicação. Com a moda não seria diferente, visto que sua disposição se mostra mais uma vez como um processo intermitente, inacabado, evidenciando-se sobre seus erros e acertos, sobre seu contínuo movimento.




Por Bruna Pimenta, Priscila Mazzini e Rafael Magalhães

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Toy-beco

Toy Beco: desenvolvido por Suzana Marília dos Anjos Oliveira, baseado na realidade e personagens marcantes dos becos e vielas do Aglomerado da Serra


por Marcela Ferreira e Nayara Rodrigues.

Aglomeradas é a marca lançada pelo projeto Asas responsável pelo desenvolvimento e criação de produtos como aventais, bolsas, estojos, jogos americanos, almofadas, cadernos, entre outros. As artesãs contam com o espaço físico da Escola Municipal Padre Guilherme Peters e materiais para a produção e em contrapartida, repassam os conhecimentos adquiridos às crianças estudantes da escola, em uma iniciativa do programa da prefeitura de Belo Horizonte, o “Escola Aberta”.

O “Toy-beco” é um dos produtos comercializados pelas artesãs e foi desenvolvido por Suzana Marília dos Anjos Oliveira, baseado na realidade e personagens marcantes dos becos e vielas do Aglomerado da Serra. Os materiais utilizados foram feltro e manta acrílica e as técnicas empregadas, costura e serigrafia.

São vários modelos de toys e estes estão disponíveis em três tamanhos. Os produtos são muito bem acabados e dotados de uma identidade muito forte que obrigatoriamente associa-se à vida na periferia desde a primeira análise. Além disto, a escolha cromática foi certeira, tanto na consonância com as cores da favela quanto no bom gosto na escolha das mesmas.

Os produtos do Asas Aglomeradas podem ser adquiridos nas lojas Grampo localizada na rua Germano Torres, 6 Sion, ou na Quina Galeria, localizada no edifício Maleta, slj 06, na Rua da Bahia, 1148, ambas em Belo Horizonte.

Toy Beco: desenvolvido por Suzana Marília dos Anjos Oliveira, baseado na realidade e personagens marcantes dos becos e vielas do Aglomerado da Serra

Moda Solidária

O Proação é uma ONG que ajuda 256 crianças a construir uma nova perspectiva de vida através da Cultura, a Arte e o Lazer complementando a educação básica que elas recebem.É um projeto que visa criar novas possibilidades para crianças que até então estavam nas ruas.
Para o desenvolvimento de suas ações o Proação recebe ajuda de sócios e alguns parceiros que contribuem tanto com serviços como com capital. Um destes parceiros, a Covolan uma grande indústria de jeans, fornece a matéria-prima para a produção de bolsas solidárias.
Márcia Pruddente atua em Belo Horizonte com vários projetos na área de moda, como desenvolvimento de  bolsas em jeans e desfiles, buscando diminuir as diferenças sociais. Promovem a inserção das crianças da Sociedade São Vicente de Paula na sociedade, possibilitando-lhes oportunidades de conhecimento e produção  e, consequentemente, contribuindo para a diminuição da criminalidade.
Várias marcas consagradas já aderiram à idéia, e criaram suas bolsas personalizadas em parceria com a estilista.A responsabilidade social está sendo cada vez mais incorporada nas estratégias empresariais da moda brasileira
A “Bolsa Solidária” - 2009
Foto: Arquivo Proação
Toda a renda líquida das sacolas está sendo destinada às obras de reforma da nova sede da ONG o Proação no bairro Horto, em parceria com a Sociedade de São Vicente de Paula, onde será instalado até o início de 2009 o "Núcleo Proação de  Cultura", que reunirá todas as atividades culturais da instituição. Com esta ação, o Proação e as empresas parceiras, cumprem seu papel na sociedade, no sentido de formar cidadãos conscientes e responsáveis, além de criar oportunidades de trabalho, uma vez que as ecobag´s são produzidas por costureiras do terceiro setor de Belo Horizonte.
A responsabilidade social está muito além da estratégia de marketing. Ela requer compromisso, envolvimento e participação, pontos fundamentais para o desenvolvimento e sucesso deste tipo de iniciativa. Sem eles, as empresas deixam escapar uma excelente oportunidade de escrever uma história melhor para o seu país.
Entrevista: 
Marcia Pruddente realiza  projetos de moda proporcionando a inclusão social de crianças carentes em Belo Horizonte
Foto: Arquivo Proação - 2009

E: Qual o objetivo de vocês com a ONG?
MP: Dentro do Proação trabalhamos com muitos jovens e eles merecem ser cidadãos de direito e não apenas de deveres. Nossa missão é que possam ser vistos como pessoas conscientes de seu papel na sociedade e não como coitadinhos ou bandidos. Queremos dar a eles a dignidade de andar de cabeça erguida em qualquer lugar com suas capacidades profissionais qualificadas.
E: Por que a realização dos eventos?

MP: Nós trabalhamos em conjunto com as comunidades. Nossa ideia é a de que as pessoas participem dos eventos ou comprem as peças não só porque são chiques e elegantes, mas porque ajudar o próximo vai muito além disso. Devemos fazer a nossa parte, contribuir por uma sociedade melhor, porque nós podemos mudar o mundo sim. E acreditamos antes de tudo que: o ser humano precisa ser humano.
Crianças e colaboradores da Sociedade São Vicente de Paula
Foto: Arquivo Proação - 2009