terça-feira, 31 de maio de 2011

Minas Trend Preview e sua repercussão





Principal evento de pré-lançamento de moda e comportamento, o Minas Trend Preview é considerado como um dos maiores e mais consolidados eventos voltados para o universo fashion do país. Tido como um importante espaço de geração de negócios, e único focado na antecipação dos lançamentos para lojistas e varejistas. Nele, acontecem palestras, desfiles e salão de negócios para lojistas de todo o Brasil, além de compradores internacionais, jornalistas e formadores de opinião.
Inovador, o evento é um conceito inédito no Brasil, que busca promover a troca de conhecimento, integrar os profissionais da área e estimular o crescimento e a organização do setor. O Minas Trend Preview, através da coleção de pré-lançamento, auxilia o lojista e impede a desvalorização das marcas com liquidações prolongadas.
Este ano, o Minas Trend Preview, na sua 8º edição, aconteceu na EXPOMINAS BH, dos dias 11 a 14 de maio e contou com a presença de inúmeros expositores. O evento, durante os quatro dias de programação, abriu às 10h com o salão de negócios e terminou às 21h com os desfiles das marcas DTA, Claudia Arbex, Maria garcia, Cavalera, Rogério Lima, Ultima hora, GIG, Patricia Motta, Vivaz, Mary Design, Patogê, Chicletes com Guaraná, ChouChou, Blue Banana, Alessa, Uma, Aysle e Apartamento 03.
A oitava edição do  Minas Trend Preview, promoveu os lançamentos de moda, sapatos, bolsas, acessórios e jóias para o Verão/2012, segundo dados dos organizadores do evento, foram  255 expositores; um crescimento de 70% em relação ao registrado na temporada maio/2010, e recebeu uma média de 15 mil visitantes de todo o Brasil e exterior, número 50% superior ao registrado no mesmo período. Outros dados também comprovam e revelam a grandiosidade do evento. Durante 4 dias, o evento foi destaque na mídia nacional, através da cobertura realizada por jornalistas credenciados e internacional,  promovida por 6 veículos de grande tradição no mundo da moda: Harper´s Bazaar espanhola, as americanas Apparel News e Apparel Insiders, a Moda Y Estilos argentina, o britânico WGSN e a Lovestyle dos Emirados Árabes.
Esta edição, também promoveu 21 desfiles individuais, assistidos por mais de 5 mil pessoas, e uma programação de 7 palestras abordando temas de interesse dos profissionais da cadeia têxtil e de confecção.



Por: Anna Karla Pereira Barbosa


Contrastes - A disparidade da moda na sociedade

      Há muito tempo a moda tem se tornado um divisor de classes. Ela continua sendo sinônimo de glamour, e mantém seu papel estimulando desejos nas pessoas, independente do seu poder aquisitivo.  A moda, mais que tudo, é necessidade. Necessidade de compra, necessidade de seguir uma tendência, necessidade de ter um estilo.
        Qualquer que seja a época que pesquisarmos em livros de indumentária, ou no Google, vamos perceber que desde sempre, a moda é um instrumento eficaz quando diferenciador social, seja em tecidos, cores ou número de peças usadas na vestimenta.  Hoje, a massa usa a mesma coisa que a classe alta, ela tem acesso aos mesmos modelos, às mesmas cores e aos mesmos materiais. A cópia na moda ainda prevalece.
Mais uma vez, citamos a necessidade. As pessoas têm necessidade de usar o que “está na moda”, e elas buscam isso sendo de classe A, B ou C. É nítida a hierarquia econômica mesmo usando a mesma moda, devido à disposição e combinação que as pessoas fazem.
            Atualmente, o que se altera nesse processo de segregação, é o transmissor de tendências. A partir dos anos 90, a televisão se tornou o maior influenciador de tendências no Brasil, principalmente as telenovelas. O público quer ter o que a mocinha da vez tem, quer um carro igual o dela, quer o seu guarda- roupa. O número de pessoas que busca informação na televisão e em revistas, também, é significantemente maior, do que aquele que freqüenta desfiles. Para que um designer se torne conhecido pela massa, a personagem de Paola de Oliveira_ mocinha de Insensato Coração, novela do horário nobre da Globo_ precisa vestir uma peça sua no capítulo da novela. Logo após esse reconhecimento, suas peças serão reproduzidas por marcas mais populares, depois vendidas em lojas de departamento por preços mais baixos. É após a compra, que o público aplica a tendência ao seu estilo de vida e suas limitações, dando forma àquela separação de massas.
O tempo pode ter passado, as fontes de moda podem ser outras, mas a moda continua sendo uma necessidade e uma ferramenta separatista econômica- social, e sempre vai ser.

Anna Karla Pereira
Aline Santos
Gabriela Faria

Brechós - um novo comportamento de consumo

A moda é um dos setores mais lucrativos do mundo. Anualmente movimenta cerca de 25 bilhões de reais só no Brasil. Entretanto, poucos sabem que, para se dar bem no ramo, não é preciso fazer altos investimentos. Basta ter criatividade.Roupas de diferentes estilos podem ser encontradas em brechós a preços bem abaixo dos praticados pelo mercado.
Os brechós e brechós on-line vêm se tornando cada vez mais populares entre os brasileiros. Nos brechós, roupas, sapatos e acessórios de diferentes estilos e épocas podem ser encontrados a um preço bem abaixo do de mercado, com a vantagem de serem exclusivos.
Levando em consideração que a qualidade e durabilidade da roupa antiga é melhor e maior que as atuais, vale a pena investir no garimpo de brechós, uma ótima opção pra quem quer investir na moda mas não está disposto ou não tem condições de gastar uma fortuna com isso.
O  valor das peças de brechó é aproximadamente 35% menor do que o preço de mercado. Um sobretudo de lã em uma loja de marca custa em média R$ 680. A mesma peça, porém semi-nova, pode ser encontrada por R$ 180.
Um ponto positivo em brechós, é ser uma forma de economizar e atenuar o consumismo exacerbado. É possível vender roupas que não se quer mais usar e comprar outras sem gastar mais por isso.
Mas para fazer boas compras é preciso ficar atento, é importante olhar e avaliar o estado em que está a peça. Tem coisas que dão pra consertar, outras não. Tem muitas peças que você pode repaginar. Além de ser necessário experimentar as roupas e acessórios antes de comprá-los.
Pra quem quer entrar no garimpo de brechós e ainda não se familiarizou com os termos vintage e retrô e ainda se confunde, vale lembrar que não significam a mesma coisa. Vintage é um item de fato antigo e que fez moda na sua década. Já retrô é algo novo, relançado igual ou parecido, com referências ao antigo.

Por: Jéssica Morais, Maíra Honorato, Priscilla Milagres

Brechós

A moda Retrô, inspirada em peças clássicas e na reedição de roupas de décadas anteriores, vem confirmando sua força. Brechós, bazares online e a busca por elementos vintage estão fazendo parte do cotidiano dos consumidores de moda. Comprar em brechós além de ser uma forma de economizar dinheiro e ter roupas personalizadas, é uma maneira de ter peças únicas e clássicas que fazem diferença em qualquer guarda-roupa.  



Por: Jéssica Morais, Maíra Honorato, Priscilla Milagres

BALENCIAGA

 A marca Balenciaga que leva o nome do falecido estilista  Cristóbal Balenciaga, hoje é dirigida por Ghesquière em parceria com o grupo Gucci. Desde 2001 quando compraram a marca, dirigem com pulso firme, revivendo o prestígio e respeito que a casa teve em seus anos dourados.
Balenciaga tornou-se um dos mais representativos designers de moda do século XX, sendo o responsável por peças de vestuário que se tornaram a base do guarda-roupa feminino contemporâneo, tais como o vestido baby doll, o vestido túnica e o vestido saco. Além de criar modelos de festa incríveis, abrigos de chuva impermeáveis, uma variedade infinita de vestidos, boleros e a versão do terninho feminino com paletó curto e saia de cintura alta.
O seu estilo de linhas depuradas, novas formas e focado nos materiais, tal como a precisão do corte e o virtuosismo das técnicas de costura fizeram dele um dos mais respeitados e influentes costureiros, admirado por clientes, pela imprensa mundial e pelos seus colegas de profissão. Chanel uma vez disse que "só Balenciaga é um verdadeiro costureiro. Só ele é capaz de cortar bem um tecido, de montá-lo e costurá-lo à mão."
Balenciaga que foi descoberto aos 12 anos, nasceu em 1895 na região Basca espanhola. Mudou-se para Paris  mas voltou para a Espanha quando aposentou-se depois de mais de 30 anos de sucesso e inovação na moda. Balenciaga morre em 1972 e seu nome só reaparece em 1978, na aquisição da marca por um grupo financeiro. Em 1995, o estilista Nicolas Ghesquière chegou para cuidar dos acessórios da marca e seu talento o levou à direção da criação, dois anos depois e permanece no comando até os dias atuais.
Por: Jéssica Morais, Maíra Honorato, Priscilla Milagres

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Acontece a exposição Warhol TV no Oi Futuro de 14 de abril a 12 de junho de 2011

Oi Futuro de Belo Horizonte recebe a exposição Warhol TV de curadoria e idealização de Judith Benhamou-Huet, após grande sucesso em Paris, Lisboa e no Rio de Janeiro.
Foram reunidas importantes e pouco conhecidas obras do ícone da pop art feitas para a televisão. Sua relação com a TV foi marcante: fez inúmeros filmes, realizou programas para canais a cabo, entrevistou personalidades e produziu videoclipes O americano Andy Warhol também experimentou vários meios de expressão artística, como o cinema, a fotografia, a pintura, a música e o vídeo.
O trabalho de TV dele é pouco conhecido, justamente por ter sido uma produção realizada para TV a cabo em uma época em que a TV a cabo era muito limitada aos EUA.
A exposição Andy Warhol segue para Belo Horizonte
Postado por Marcella Peixoto Resende

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Paula Bahia

Luiza Barcelos, Arezzo, Claudia Mourão e Paula Bahia marcam a força do setor calçadista em Minas Gerais. A marca Paula Bahia já existe há 17 anos e é comandada pela estilista homônima. Paula começou a se interessar por moda na adolescência, quando ainda existiam poucos cursos voltados para esta área. Enquanto cursava Administração de Empresas, na PUC-MG, veio a oportunidade de trabalhar com moda. Mesmo com rotina atribulada, Paula nos concedeu a entrevista abaixo, onde conta sobre sua carreira, avalia o mercado atual e oferece dicas aos novos designers.
Escreva moda: Você se formou em administração de empresas, como surgiu o seu interesse pela área de moda?
Paula Bahia: Na verdade o interesse já existia há muitos anos, desde a adolescência. Porém, na época que eu entrei na faculdade nem se falava em estudar moda no Brasil. Por isso, resolvi cursar administração, mas antes de me formar fui trabalhar com uma prima, a Inês, que tinha uma confecção de roupas de couro. Juntas, começamos a criar acessórios para essas roupas, foi aí que comecei a fazer sapato.

Escreva moda: Conte um pouco da história da sua marca. Como tudo começou?
Paula Bahia: A confecção estava indo muito bem e decidimos nos separar. Inês continuou com a parte de roupas e eu abri um showroom/loja de sapatos, na Rua Espírito Santo, em Lourdes. Durante dois anos a produção foi terceirizada em um pequeno artesão. Ao participar pela primeira vez de uma feira do setor coureiro, no extinto Real Palace, em Belo Horizonte, houve a necessidade de fabricar as minhas próprias peças. Associei-me ao meu irmão, Rodrigo Bahia, alugamos um galpão, compramos o maquinário básico, contratamos um modelista e iniciamos uma pequena fábrica.

Escreva moda: Como autodidata, quais foram as maiores dificuldades que enfrentou ao se aventurar por um campo desconhecido?
Paula Bahia: As dificuldades foram enormes já que o meu conhecimento industrial era nulo. Entender todo o processo de fabricação de um sapato foi algo muito difícil para mim. Na parte de moda sempre fui antenada, mas a informação naquela época era muito precária. Não tinha internet, poucas revistas internacionais chegavam ao Brasil e viajar para o exterior era muito caro para quem estava começando. Até conseguir um capital de giro, tivemos que economizar muito, tudo que a gente ganhava era reinvestido na marca.

Escreva moda: A marca “Paula Bahia” já existe há 17 anos. De 1994 até agora o que mudou no mercado?  Como a marca se posicionou frente a essas mudanças?
Paula Bahia: No início o dólar era alto em relação ao real e as grandesfábricas de calçados eram todas voltadas para o mercado externo. Portanto, as empresas pequenas eram únicas no mercado interno. Com o declínio do dólar, todas essas fábricas se voltaram para o mercado brasileiro, abrindo uma concorrência voraz. Quem não se profissionalizou e fez o seu nome no mercado foi engolido pelos maiores. 

Escreva moda: Como estilista e proprietária de uma marca de acessórios, quais são seus conselhos aos novos designers?

Paula Bahia: Meu principal conselho para os novos designers é estarem sempre muito antenados às tendências globais, tecnologias e materiais. Para ter uma marca de sucesso é preciso conhecer bem o seu cliente e saber exatamente o que ele espera da sua marca.  


Para conhecer mais sobre a marca e sua coleção, acesse: http://www.paulabahia.com.br/

Por Gabriela Gontijo, Marcela Torres e Rosane Silveira

O mito do príncipe encantado

O mundo todo acompanhou pela televisão, há alguns dias, uma tradicional cerimônia de casamento. Não foi um casamento convencional e sim o casamento entre o príncipe William, membro da família real britânica e Catherine Middleton. Ela não se tornará princesa, pois é plebeia, mas será duquesa, uma vez que seu marido fora nomeado Duque de Cambrige na manhã do casamento.

Na idade média a monarquia era associada ao divino. Os membros das famílias reais eram considerados seres diferenciados, de sangue azul, escolhidos e enviados por Deus. Hoje em dia, após várias monarquias serem derrubadas e a instituição do estado democrático, sabemos que as coisas não são bem assim. No entanto, as meninas continuam sendo criadas à partir de um ideal que pressupõe o encontro do príncipe, com toda a pompa e circunstancia cabível. A imagem de felicidade idealizada é a da linda princesa, que após se casar com o príncipe viveria feliz para sempre.
Esta pode ser a explicação sobre o que levou dois bilhões de pessoas a aguardar ansiosamente a aparição da noiva Kate. Existe um fascínio pela realeza que nos leva a acompanhar toda essa burocracia milenar em torno de uma cerimônia monárquica. É a concretização do sonho de todas as cinderelas ansiosas por encontrar seus príncipes encantados. Talvez por isso houve um boom de moças matriculadas na universidade onde William estudou, muitas delas empenhadas na tentativa de conquistá-lo.
Estamos no século XIX, onde tudo acontece rapidamente, todos querem seus minutos de fama e o mundo gira em torno do interesse (leia-se dinheiro). Mesmo assim, ainda dá para acreditar na existência do amor, no casamento, na união e no bem que a família pode proporcionar. No entanto, é preciso contestar os valores arcaicos que a mulher só se realizará após o casamento. Não dá mais para desejar e aguardar o príncipe encantado. Hoje em dia as mulheres estão livres para estudar, livres para escolher a profissão que seguirão, livres para ter o estilo de vida que desejarem. Só falta o restante da sociedade compreender que casamento não é sinônimo de poder ou de realização. É possível viver feliz para todo o sempre sem ter o príncipe encantado ao lado.
Por Gabriela Gontijo, Marcela Torres e Rosane Silveira

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A volta do tricot na moda

A exposição Unravel Knitwear in Fashion, inaugurada no Mode Museum (MoMu), museu de moda da Bélgica, no dia 16 de março, reafirmou a força do tricot na moda. A exposição vai até o dia 14 de agosto. As tendências apontam para a volta do tricot em 2011 e as passarelas dos principais polos de moda confirmam. Também nas ruas cada vez mais são vistas peças com pontos trabalhados de maneira inovadora e moderna. Não só as fashionistas, mas também as grandes marcas apostam nessa técnica de costura.
Dedicada à história do tricot na moda, a exposição mostra peças de alta costura e estilistas como Vivienne Westwood, Sonia Rykiel, Missoni, Martin Margiela, Patou e Chanel. Estão expostas peças de jovens estilistas misturadas a peças históricas, mostrando como o trabalho do tricot pode ser versátil, luxuoso e extremamente moderno. Junto a essas peças, imagens antigas de campanhas, desfiles e personalidades importantes como Coco Chanel usando tricot.
Exposição Unravel Knitwear in Fashion no Mode Museum (MoMu),
Museu de moda da Bélgica,vai até dia 14 de agosto de 2011

Postado por Marcella Peixoto Resende

Renda no vestido de Middleton é destaque no casamento do século

A renda usada no vestido de noiva de Kate Middleton, no casamento real com o príncipe William, foi criada em 1958, por Sophie Hallette. A criação é da grife do saudoso Alexander McQueen, feito pela estilista Sarah Burton. O vestido foi considerado simples e discreto. Porém o que não foi muito destacado pela mídia foi o trabalho que pode ser visto na sofisticada renda do vestido.
É uma renda sóbria, feita com desenhos de lírios e trevos, que decorou tanto a parte de cima, como a barra do vestido, levou cerca de cinco semanas para ficar pronta, com aproximadamente vinte e cinco artesãos trabalhando nos quarenta metros encomendados por Sarah Burton, diretora artística da Maison Alexander McQueen desde 2010.

As rendas da Sophie Hallette foram cortadas e costuradas no vestido de Kate Middleton, atual Duquesa de Cambridge.

Postado por Marcella Peixoto Resende

terça-feira, 17 de maio de 2011

Aplique em você

Tecnologias parecem não ter limites. Com a chegada da internet na década de 80, não paramos de presenciar novidades no mercado.
Não seria ótimo ter uma prévia de como ficará sua maquiagem antes daquela festa? E a roupa? E o esmalte? Quem sabe um corte de cabelo com as luzes perfeitas? E aquele penteado que você namora na novela das 20h e não tem coragem de fazer? Tudo isso agora é possível por meio de aplicativos na rede. Em muitos sites de beleza e até mesmo das grandes marcas, você consegue simular situações inusitadas para combinar a maquiagem desejada com a ocasião.
A marca O.P.I, por exemplo, já disponibiliza este aplicativo, inclusive para os usuários do IPhone, onde você pode brincar com as cores em diferentes tons de pele. E ainda pode salvar as favoritas, o que ajuda bastante na hora da compra. A novidade também chegou no site da Água de Cheiro. Lá, você compõe uma make com as variadas sombras, blushes e batons.
            Nos Estados Unidos (EUA) existem até aplicativos, acessíveis para todas as mulheres, que simulam um implante de prótese de silicone e o resultado de uma lipoaspiração. Assim, mulheres de todas as idades conseguem visualizar o resultado da cirurgia, antes mesmo de desembolsarem o dinheiro.
Por Gabriela Fernandes, Patrícia Pelegrini, Saide Nazar

Mineira é vencedora do concurso “Brasil Fashion Designers – Sudeste2011”


A estudante de design de moda da Universidade Fumec, Domitila de Paulo, foi quem levou o primeiro lugar do concurso cultural “Brasil Fashion Designers – Sudeste 2011”. Os dez finalistas do concurso, todos estudantes de moda (sendo 3 mineiras) desfilaram suas coleções no Expocenter Norte, em São Paulo, no dia 12 de abril. O concurso, criado com o objetivo de incentivar a criatividade de jovens estilistas, teve como tema Arthur Bispo do Rosário.



Não faltaram ousadia e criatividade às criações.  A coleção vencedora, da mineira Domitila de Paula, estudante do último ano de Design de Moda, intitulou-se “Frag-Mente o Navegar”. Segundo a criadora, sua coleção pretende decifrar o discurso usado por Bispo em suas obras: suas memórias e delírios registrados de forma fragmentada.
A estética da coleção “Frag-Mente o Navegar” transita entre o pop e o barroco e foi apoiada em três cores: azul-claro, vermelho e laranja. A referência angelical é predominante nos looks femininos, que formam um exército de anjos. Já a imagem de Jesus Cristo inspirou os modelos masculinos, com mantos vermelhos e coroas douradas.



Os planos de Domitila começam a tomar forma. “Tenho vontade de trabalhar diretamente com criação e lançar meu nome”, revela a jovem, que foi premiada com uma viagem a Berlim para pesquisa de moda, oferecida pelo Programa de Exportação da Indústria da Moda Brasileira  da Texbrasil e uma visita à ‘Bread & Butter’, a mais conceituada feira de moda jeanswear do mundo, também na capital alemã. A jovem ganhou ainda uma licença para utilizar o software de criação Audaces Idea Full.
Domitila destacou a importância da estrutura oferecida pela organização do concurso: “ligava para o Ricardo Gomes, coordenador do concurso, a qualquer hora do dia e ele sempre foi muito atencioso. Toda equipe foi extremamente profissional”.
Por Camila Leles e Paula Rabelo


Perfil do novo consumidor de moda

Como sabemos, de acordo com o comportamento do consumidor, quanto mais dinheiro no bolso, mais gasta-se com produtos considerados de segunda necessidade, como os produtos da moda.  Mas este não é o caso da nossa entrevistada. Estudante de Design de Moda, da Universidade Fumec, Domitila de Paulo, 22 anos, conta com um baixo orçamento quando diz respeito a consumo de moda. Em entrevista ela relata sobre moda, estilo e como encontra peças a um preço acessível e de qualidade. Ela descreve também sobre como garimpa peças em brechós e lojas de departamento.


1-Como você define moda?
 Moda é a tradução do tempo, comportamento e comunicação de determinada época.

2-Você tem um estilo próprio? 
Eu costumo construir meu estilo de acordo com as minhas preferências.

3- Quanto gasta por mês com vestuário?
Depende, nunca pensei em uma média, porque costumo comprar quando encontro algo que gosto. Colocaria média de 60 reais por mês.

4- Escolhe peças da moda pensando em moda ou no seu estilo?
Escolho o que me agrada e que vá compor o meu estilo.

5- ao escolher uma roupa, você dá mais importância à aparência, ao conforto ou à modelagem?
Dou importância ao conjunto: o visual, o conforto, modelagem e acabamento.
Nem sempre, com a minha “renda”, posso comprar produtos que tenham todos esses itens, por isso tento achar peças medianas com esses critérios.

6-Compra o que gosta ou o que te serve?
Só compro o que gosto, mas só quando me serve.

7- Sempre encontra nas lojas o que procura? O que não encontra : tamanho, modelagem ou qualidade ?
Costumo achar poucas peças em vários lugares e nunca muitas peças no mesmo local.


8-Usa diversas cores? Quais não usa?
Uso. Não tenho peças verde-musgo, e nunca pensei se isso atrapalha ou não na escolha da peça.

9- Gosta de estampas nas peças que compra?
Sim, costumo comprar só as que eu gosto. Em geral não tenho muitas peças estampadas, prefiro corridos e estampas de padronagens.

10-O preço das peças que gosta e encontra nas lojas está sempre dentro do seu orçamento?
A maioria delas não.

11- Sempre encontra o que procura dentro do seu orçamento em que tipo de lojas? 
Gosto de comprar em brechós (o único lugar que encontro peças verdadeiramente retrôs e vintage), lojas como Zara, Jey, também costumam ter peças dentro do meu orçamento que me agradam.  Gosto de garimpar na C&A e Renner.

12-Você da preferência a marcas ao escolher uma roupa? Qual a marca de sua preferência? Por que?
 Não dou preferência a marcas.

13-Encontra roupas “fashion”, que estão dentro das tendências, dentro do seu gosto?
Sim, lojas como Zara e até a C&A e Renner  estão investindo no fastfashion. Mas não me prendo às tendências somente, a peça tem que ter a minha cara.

14- O que não encontra? Explique.
Encontro muita coisa porque tenho o costumo de garimpar em brechós e lojas em geral. Mas percebo que são poucas as peças com preço acessível com a modelagem e acabamento bons.

15-Em que tipo de lugares gosta de ir?
Brechós, Cinema, bares, cafés, espaços expositivos, boates underground e eventos de rua. Brilhantina, Santíssima, Retrô; Usiminas e cinema de shopping; Café com letras, Momo; Palácio das Artes, Quina e Mini Galeria; Savassi Cine Clube, Velvet Clube e Dduck e eventos como Jazz e Roodboss.


Por Camila Leles e Paula Rabelo

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Sobre "A história da feiúra".

No livro “A história da feiúra”, Umberto Eco conta toda a trajetória da existência das coisas fora dos padrões de beleza. Ele atribui à feiúra significados mais amplos do que simplesmente ser oposta a beleza, além de demonstrar a evolução da feiúra ao longo dos séculos.

Platão costumava dizer que “existe um grau de beleza próprio a todas as coisas”. Todos os seres vivos consideram belo aquilo que lhe é semelhante ou presente em sua cultura.Uma máscara africana pode parecer estranha e feia a um europeu, porém é considerada bela para os africanos.Outro exemplo é a imagem de Cristo na cruz, que para os cristão pode ser um símbolo da fé, porém pode causar estranhamento a um indiano.

Podem-se observar diversas imagens, quadros  e esculturas feias e  importantes ao longo da história da humanidade, retratando que nem a beleza clássica ocidental não é a única existente. Alguns importantes membros da corte, que eram considerados feios,  são retratados em quadros sem sofrerem alterações para parecerem mais bonitos. Pela posição social ocupada por eles, não eram necessárias muitas mudanças para que tivessem prestígio na sociedade e entre as mulheres.

O satanismo, o sadismo e a bruxaria são rituais também interpretados como repudiosos pelo autor. Ele narra a história das bruxas e dos rituais satânicos na Idade Média, e a luta da Igreja para combater esse mal.

O livro de Umberto Eco traz inúmeras curiosidades sobre algo muito pouco pesquisado e muitas vezes considerado desinteressante. A sociedade moderna tende a se preocupar em divulgar padrões de beleza que são dificilmente alcançáveis, e a acobertar o feio dos olhos humanos. Através do conteúdo demonstrado pelo livro, conclui-se que a história da feiúra é tão ou mais interessante do que a história da beleza.

Escrito por: Nayara Sampaio e Fernanda Vittori

terça-feira, 10 de maio de 2011

A Moda e a Mulher

Os padrões de beleza impostos pela sociedade moderna

O século XIX era marcado por uma sociedade de aparências, do culto a beleza. As mulheres eram impostas pela sociedade a estarem sempre belas e bem vestidas, além de terem uma busca obsessiva pela cintura fina.Os espartilhos eram acessórios fundamentais nessa época, eles eram feitos com barbatanas de baleia, para darem mais firmeza, uma postura ereta, uma cintura marcada e muito fina. O corpo era algo inorgânico, as mulheres se sacrificavam em prol da aparência, já que ela também era a chave para a inserção social.
Essas idéias ainda permanecem entre as mulheres contemporâneas. A busca pela perfeição, a adoração pelo belo e sacrifícios ainda existem nos dias de hoje, e com a mesma força que tinham no século XIX.O corpo esguio, a cintura fina, a juventude eterna e os seios fartos, são os padrões de beleza da atualidade. Elas ainda se sacrificam para atingir essa perfeição. Submetem-se a cirurgias plásticas, passam horas em clínicas de estética, academias, e fazem todo tipo de dietas, muitas vezes de uma forma exagerada e pouco saudável.
Os cremes anti-rugas, que prometem verdadeiros milagres são objetos de desejos entre as mulheres que não conseguem aceitar a idéia de envelhecer.A sociedade também é ditada pela aparência. O que a pessoa veste, onde ela mora, que carro ela tem, diz quem ela é. O consumo passa a ser a identidade da pessoa.
Com essa obsessão, vieram também doenças como anorexia e a bulimia, em jovens que buscam ter o corpo de super modelos.As modelos são vistas como mulheres perfeitas, belas, bem sucedidas, sem defeitos, algo que na nossa cabeça passa a ser até irreal, inorgânico e como se elas não existissem de tão perfeitas.
As modelos que desfilam para a marca Victoria’s Secret, ilustram muito bem essa idéia de perfeição e sucesso. Elas são selecionadas e escolhidas por serem as mais belas e são nomeadas de “Angels”, usando asas para desfilarem em uma passarela cheia de glamour, brilho, fetiche e sonho. Dando a idéia de algo que não existe, elas são verdadeiros anjos, mitos da beleza.
Por: Fernanda Vittori e Nayara Sampaio


 Modelo Alessandra Ambrósio desfila no Victoria’s Secrets Fashion Show em 2007


Cruise By Chanel

O desfile prêt-à-porter  da marca, no Sul da França, teve uma elegância sublime

A primeira fila do desfile da Chanel, que aconteceu ontem, tinha a presença da garota propaganda da marca Blake Lively que estava vestida, claro, de Chanel, com peças da coleção Primavera 2008.
O desfile Cruise da marca ocorreu em Cap D’Antibes, no Sul da França.
A coleção estava recheada por roupas principalmente brancas, que davam um tom leve e compatível com o clima Mediterrâneo do local.
Chanel leva um ar leve de viagem e conforto, mas claro, sempre com o tom de elegância e acabamento impecável, aos seus desfiles Cruise, o que ocorreu também em Saint-Tropez, na coleção 2010/2011, com um clima mais praiano do que teve o desfile do último dia.
O de Cap D’Antibes fez uma mistura com o preto e o branco, mas também usou alguns tons coloridos, deixando o desfile mais sóbrio e elegante. As roupas de praia mais “fechadas” contrastaram com os vestidos de gala que usaram, em sua maioria, a transparência e deixaram as saias flutuantes. O famoso Tailleur Chanel também esteve presente no desfile, mas com algumas variações, pois em alguns looks, foi usado apenas o blazer com uma saia curta e leve, o que contrastou o clima de praia com a vestimenta considerada de frio.
O desfile prêt-à-porter misturou o clima de viagem com muito estilo e elegância, só como a marca Chanel, de Lagerfeld, sabe fazer.
Um dos looks da coleção Cruise da marca Chanel


 Por Lara Rogêdo e Marina Araújo

terça-feira, 3 de maio de 2011

O MET de McQueen

Dedicado ao estilista, o baile do MET recebeu grandes celebridades, ontem, em NY

A editora chefe da Vogue US, Anna Wintour, foi anfitriã na última noite do baile de gala que ocorre anualmente no Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque. O baile é o evento cultural mais esperado do ano, quando a revista Vogue América recepciona celebridades do mundo do entretenimento e da moda.
O tema desse ano foi o estilista Alexander Mcqueen, falecido em 2010. Uma exposição também foi montada em sua homenagem, chamada "Alexander McQueen: Savage Beauty". A exibição conta com cerca de cem looks e quase oitenta acessórios que fizeram parte das criações do estilista em toda sua carreira, desde sua graduação até sua última coleção, que foi apresentada depois da sua morte, em Paris.
A übermodel Gisele Bündchen postou no seu twitter antes do baile: "Quando eu tinha 17 anos, no meu primeiro circuito internacional, depois de ter feito mais de 40 castings para desfiles e ter recebido só nãos, o McQueen foi o primeiro grande estilista internacional a me dar uma chance. Fazer seu desfile abriu muitas portas na minha carreira. É uma honra poder usar um vestido de McQueen nesta noite, que homenageará o seu trabalho.". A modelo usou um longo vestido vermelho do estilista.
Celebridades como Taylor Swift, Diane Krueger, Zoe Saldanha, Blake Lively e Kristen Stewart também compareceram ao evento.
Gisele com um look de Mcqueen no MET
Por: Lara Rogêdo e Marina Araújo

Francisco Costa

Do interior de Minas Gerais para o mundo da moda


Francisco Costa é o diretor criativo da Calvin Klein Collection. Nasceu em Guarani, interior de Minas Gerais, e morava no Rio de Janeiro quando, aos 18 anos, perdeu a mãe. "Foi aí que decidi vir para Nova York, assim, de supetão", conta. Nunca mais voltou ao Brasil, a não ser a passeio. Fez aulas no Fashion Institute of Technology, de Nova York. Em 2009 ganhou o Prêmio Nacional de Design, na categoria de Design de Moda.


Ao chegar a Calvin Klein, o estilista espantou-se com a largueza de recursos. "Foi um choque cultural. Calvin é fascinado por tecidos. Então, metros e metros eram desenvolvidos especialmente para testes e amostras“, revela.
Costa venceu o Conselho de Estilistas de Moda da América (CFDA) prêmio de melhor designer de moda feminina março 2006, assim como em junho de 2008.Também ganhou o Prêmio Nacional de Design em 2009, na categoria de Design de Moda.

Atualmente comanda a divisão de prêt–à-porter feminino, a que aparece nas passarelas e revistas de moda localizada na esquina da Rua 39 com a Sétima Avenida, em Nova York.
“Sobre atuar no mundo da moda – em Nova York ou qualquer outro lugar - é preciso muita perseverança e paciência. Vender é fundamental. Não entendo o ato de criar uma peça que não se pode vestir. Moda não é arte; acho até cafona pensar assim. Moda é um negócio” diz o diretor da Calvin Klein Collection.
Para o mineiro Francisco Costa,  estilista da Calvin Klein,
 a moda não deve ser vista como arte: "acho até cafona pensar assim"

  

Linhas e agulhas com Clara Vaz


A belorizontina Clara Duarte, de 21 anos, é estudante do 7º período de Design de Moda na Universidade Fumec. DJ da boate Up! e chef nas horas vagas, Clara nasceu em uma família diferente do comum. Com pai e tios músicos e mãe com tendência a escolhas mais alternativas, Clara é uma garota tímida por trás de um visual que a destaca da multidão. Nesta entrevista fala de preconceitos, moda e futuro.
O fato de sua família não se enquadrar nos padrões tradicionais, influenciou sua escolha profissional ?
CLARA: Meus pais sempre me instigaram a desenhar, escrever e realizar esses tipos de trabalhos manuais que mexem com a criatividade. Imagino que essa atitude me influenciou bastante, me levando assim a desenvolver um gosto por profissões de cunho artístico.
Isso influenciou também sua maneira de se vestir?
CLARA: Sim, com certeza, minha mãe sempre incentivou o uso de qualquer coisa que me viesse à cabeça desde pequena, mesmo se não combinasse. Assim fui desenvolvendo um jeito peculiar de me vestir, sem seguir muito uma tendência ou moda.
O que é moda para você?
CLARA: A moda para mim é um movimento cíclico que acomete várias culturas e grupos de pessoas específicas, não dependendo de idade, somente do gosto comum de uma época.
Após o término da faculdade, o que você pretende fazer?
CLARA: Assim que terminar o curso, pretendo fazer cursinho para tentar ingressar na faculdade de medicina da UFMG.
Por quê?
CLARA: Medicina sempre foi um sonho, a vida toda ficava imaginando como seria trabalhar num PS ou atender em uma clínica, mas nunca tive força de vontade para encarar um vestibular para medicina. Agora percebo que deixar de tentar só vai me deixar na dúvida se eu conseguiria ou não. Assim que terminar a faculdade é encarar os estudos e rezar pra passar.
Pretende seguir em qual área da medicina?
CLARA: Ainda é uma dúvida, mas clínico geral e plantonista de PS são as que mais me chamam a atenção.
E sobre suas atividades relativas ao design de moda?
CLARA: Faço trabalho voluntário em um asilo perto de casa, ajudando os idosos com atividades manuais, como costura.
Por Aline Santos e Gabriela Faria