terça-feira, 26 de abril de 2011

Renzo Rosso

”Diesel não é a minha empresa, é a minha vida”. (Renzo Rosso)

Renzo Rosso italiano nascido em 15 de setembro de 1955 na cidade de Molvena, começou a desenhar a sua própria roupa em 1975, fundou a Diesel, e fez dela uma das mais bem sucedidas marcas da atualidade com o foco no jeans.
 Apesar da Diesel ter crescido absurdamente, Renzo Rosso ainda acompanha cada detalhe de perto, desde reuniões de rotina até o processo de seleção de novos funcionários. Apaixonado pelo trabalho, seu lema é ”Diesel não é a minha empresa, é a minha vida”.
O italiano afirma também que o consumidor da marca está mais maduro e com um poder de compra maior, “Eles procuram algo mais sofisticado. Talvez não queiram uma marca de luxo conceituada, mas sim uma abordagem diferente. Este é o tipo de consumidor que queremos atingir.” 
Não é só o ajuste perfeito do jeans que fez da Diesel uma das marcas de maior destaque na Itália e no mundo. Mais do que comercializar produtos, a marca propõe um estilo de vida e o fato de suas controversas campanhas publicitárias terem imenso apelo junto aos consumidores é inegável. 
Segundo pesquisadores da Universidade de Munique na Alemanha, o sucesso da Diesel consiste na combinação de criatividade, originalidade, interpretação do futuro, estratégias de comunicação e tecnologia. 
Nos anos 90 o estilista foi nomeado “Empresário do Ano”.

Por Danyele Dias Gualberto, Tatiana Gomes ferreira e Mariana Barros

CHRISTIAN LACROIX

O último dos grandes costureiros


Nascida das pompas do século XIX, a alta costura, tal como a conhecemos hoje, não existiu sempre e provavelmente não existirá por muito mais tempo. Daí a situação bastante particular de Christian Lacroix, o último dos grandes costureiros, um ponto de encontro entre dois mundos e dos modos de produção.

Entrando em cena em meados dos anos 80, Christian Lacroix provocou uma verdadeira reviravolta, reinvindicando, sem rodeios a filiação mais ambiciosa: aquela que o levaria a abrir com seu próprio nome uma maison de costura inteiramente fundada na estrita observância das regras obsoletas, fixadas por uma profissão dada por condenada.

Christian Marie Marc Lacroix nasceu em 1951, em Arles, França e foi um dos estilistas mais influentes da moda na segunda metade da década de 80 do século xx . Estudou História de Arte e pretendia ser curador num museu, mas acabou por ser admitido como estilista na casa de costura Jean Patou.
No final dos anos 80, quando a simplicidade e o minimalismo começavam a dominar a moda, os seus modelos em cores vivas, estampados vibrantes, bordados elaborados, misturas de tecidos e silhuetas volumosas trouxeram um novo fôlego e de certa forma otimismo à indústria da moda. Desde 1989 começou a desenhar a sua linha de pronto-a-vestir.

Querendo ou não, existe e existirá, na longa história do comportamento, um antes e um depois de Lacroix. Sua postura é paradoxal como a época em que vive: exuberante e nostálgica, cáustica mas meiga, intemporal mas fulgurante. Quando Lacroix surgiu para o mundo da moda,  poucos esperavam que algo de surpreendente ainda pudesse acontecer. Porém esse francês, trazia um pouco de tradição e, ao mesmo tempo, mantinha um olho sagaz para o presente.

Apoiando-se no passado, ele costurou estilos e referências de diversas épocas, revirando todas as regras já estabelecidas pela evolução da moda. Criou coleções desconsertantes nas quais predominam o luxo, a fantasia e, principalmente, toda sua audácia. Recentemente produziu duas fragrâncias para a Avon Cosméticos.

Christian Lacroix ganhou uma biografia escrita em formato de conto de fadas. O livro, intitulado Christian Lacroix and the Tale of Sleeping Beauty, publicado em 2010, foi redigido por Camilla Morton e ilustrado pelo próprio estilista.

Desde de sua estreia, Lacroix não cansa de repetir que não se preocupa com  moda. Segundo François Baudot
, autor do livro que leva o nome do estilista, em ruptura com a tendência, Lacroix sonha com uma mulher que só presta contas a seu espelho.

Por Bruna Melo, Déborah Viveiros e Érika Vaz de Mello

Helmut Lang

O estilista austríaco inovou com estilo minimalista em meio aos excessos da década de 1980


Símbolo do minimalismo, estética limpa, perfeição das modelagens e materiais, o designer Helmut Lang deixou uma marca inegável na cultura contemporânea. Sua influência continua a repercutir entre a comunidade de moda até os dias atuais, sendo considerado um dos estilistas mais importantes de seu tempo. Nascido na Áustria (Viena), em 1956, estudou administração de empresas a fim de seguir carreira na área financeira. Abriu um estúdio de moda, com 18 anos, ao lidar com a dificuldade de comprar roupas para si mesmo se tornando um auto didata.
Em 1979 abriu sua primeira grife, Helmut Lang, que chamou a atenção por seu estilo minimalista e suas formas simplificadas vistas em seus ternos slim em preto ou branco, em sua coleção de denim e no uso de tecidos de alta tecnologia. Em 1986, o governo austríaco convidou Lang para contribuir com uma exposição nacional intitulada “L’Apocalypse Joyeuse” no “Center Georges Pompidou” na França. No fim do mesmo ano apresentou seu primeiro desfile em Paris.  
Helmut tem uma personalidade vibrante com o push-pull de contradição criativa. Em 1998 vendeu parte de seu negócio para o Grupo Prada e se mudou para Nova York, cidade que escolheu para viver e trabalhar. Foi pioneiro ao apresentar sua coleção em transmissão ao vivo pela internet através do site da marca, revolucionando a comunicação da moda mundial. Reservado e irreverente, metódico e espontâneo, um realizador e um sonhador. Talvez essa mesma complexidade é o que tenha alimentado o seu design de moda mais de duas décadas, permitindo-lhe criar um trabalho refinado e coerente, transgressivo e provocativo.
Aposentou-se da moda em 2005, devido a desentendimentos com o Grupo Prada. Desde então tem se dedicado às artes plásticas. Teve sua primeira exibição solo em 2008 na Alemanha, com pinturas, esculturas e projeções. Apesar de mudar de meio, continuou com sua estética minimalista.
Marcela Amorim, Gabriela Gontijo e Rosane Pacheco

Roberto Cavalli

 
A sedução de Cavalli

“Minha moda exibe o lado sexy da mulher. Quando elas vestem algo criado por mim passam a acreditar em seu poder de sedução.”


Famoso pelo seu trabalho exótico com patchwork, couro, estampas de animais e silhueta sensual, o italiano de Florença, Roberto Cavalli, foi muito influenciado artisticamente desde criança.
Filho de uma costureira e de um pintor e neto de um dos membros do movimento Macchiaiolo, cujas obras podem ser encontradas na “Galleria degli Uffizi” em Firenze, Roberto formou-se em Artes Plásticas.
O criador tem sua marca identitária principalmente nos “animal prints” de zebra, pavão, onça, cobra, os quais ele combina com aplicações de penas e dentes. Apesar de suas principais inspirações virem da natureza, ele não utiliza pele de animais em extinção, mas sim transforma a beleza desses em padronagens exuberantes.
Roberto revaloriza a imagem feminina, deixando a mulher poderosa e sensual com criações nada tradicionalistas. Essas sempre evoluíram com as mudanças do mundo e isso o fez um dos estilistas mais famosos da atualidade, superando, na Itália, grandes marcas, como a Dolce&Gabbana.
O estilista tem como vitrine o mundo do entretenimento. Suas criações são desfiladas por personalidades de peso nos grandes tapetes vermelhos de Hollywood.
As obras do estilista abrangem do vestuário feminino e masculino até coleções de óculos, linha jovem, linha tricô, infantil e objetos de decoração. Ele ainda tem um restaurante e uma confeitaria em seu nome.
No Brasil, São Paulo foi a escolhida para ter uma grande loja de Cavalli e a capital do país foi a escolhida para sediar a campanha publicitária do seu primeiro perfume masculino.
Roberto sempre esteve atento às novidades e cria uma imagem feminina como poucos estilistas conseguiram fazer. Por isso é admirado e respeitado por tantas mulheres do mundo inteiro, principalmente na Itália.

Por: Lara Rogêdo e Marina Araújo

Inácio Ribeiro – O mineiro de carreira internacional



Carreira do estilista é marcada por ousadia


Inácio Ribeiro, estilista brasileiro nascido em Itapecerica, interior de Minas Gerais, tornou-se bem sucedido no cenário da moda internacional por acaso.
Muitos de seus looks já conquistaram famosos como Madonna, Gwyneth Paltrow e Nicole Kidman. Suas roupas valorizam a silhueta, o corte das peças, a malharia cashmere e as cores exuberantes. A marca vem se especializando em roupas exclusivas, feitas à mão em poucas unidades e vendidas em espaços seletos.
Começou trabalhando na boutique de uma prima em Belo Horizonte como vendedor, passando por vitrinista até tornar-se estilista, quando foi descoberto por Armando Gaudêncio da Divina Decadência.
Como nunca tinha estudado moda, decidiu ir para Londres, em 1988, estudar na St. Martin’s - uma das mais conceituadas escolas de moda no mundo - onde conheceu sua atual esposa e sócia, Suzanne Clements. Juntos, criaram a grife  Clements Ribeiro que conquistou a imprensa internacional desde o seu primeiro desfile em 1993.
A partir daí, Inácio deslanchou no mundo da moda. Foi escolhido por Jean Bousquet para revitalizar a marca Cacharel. Por sete anos, ele assumiu a direção criativa da Maison, trazendo referências ecléticas de diferentes épocas aos looks.
Inácio é o brasileiro com a carreira fora do Brasil mais constante. Para ele o importante em um estilista é a originalidade, uma vez que o mercado se encontra saturado destes profissionais. A busca pelo conhecimento acadêmico e a especialização no que gostava trouxe notoriedade ao trabalho de Ribeiro. Foi provavelmente sua dedicação que o tornou um profissional consolidado e marcante no mercado da moda.

Por Gabriela Fernandes, Patrícia Pelegrini e Saide Nazar.

DONATELLA VERSACE

A inusitada e polêmica estilista da Versace.


Desde o assassinato do estilista italiano Gianni Versace, que ocorreu em julho de 1997, a marca Versace mostra sinais de vitalidade, que se devem em parte ao talento de sua irmã Donatella.
Donatella Versace nasceu em 1955, em Reggio Calabria, no sul da Itália, apenas oito anos após o nascimento de Gianni Versace, que passou a vida ao lado de sua mãe, uma costureira doméstica. Os irmãos Versaces aprenderam com ela os segredos que depois colocariam em prática para formar o império atual, que tem como distintivo a inconfundível cabeça de Medusa.
Quando Gianni se estabeleceu em Milão, começou a trabalhar com couro e camurça. Mas em 1978, estava preparado para seguir seu próprio caminho e se tornou o rei das passarelas no início dos anos oitenta e noventa. Ao mesmo tempo, sua irmã Donatella foi ganhando mais peso no estúdio para assumir a marca após sua morte.
Toda essa bagagem foi herdada por Donatella. Com sua extrema sensibilidade feminina, a caçula dos Versace trouxe uma nova visão à marca. Seus longos cabelos loiros e suas roupas apertadas tornam-na inconfundível. Além disso, sua presença nas passarelas é sempre muito aplaudida pelo público e pela crítica.
Mãe de dois filhos, Daniel e Allegra, do casamento com Paul Beck, um modelo que tinha trabalhado várias vezes para Gianni, Donatella Versace conseguiu colocar em prática tudo o que sua mãe e seu irmão haviam sonhado. Seu histórico impecável tem sido responsável pela continuidade de empresa italiana. "Quando eu desenho, eu chamo a minha irmã e se ela não quiser, eu jogo", revela Gianni.

Por: Anna Karla Pereira Barbosa

Marc Jacobs - “O grande oráculo do mundo fashion”


Marc Jacobs


O estilista nova iorquino de 47 anos consegue agradar moderninhos e socialites sem perder sua veia underground.
Graduado pela Escola de Arte e Estilo de Nova Iorque em 1981, tornou-se reconhecido no mundo da moda no final dos anos 80, ao apresentar uma coleção no estilo “Grunge”, para a tradicional marca Perry Ellis.
Apoiado por nomes importantes da moda, como Anna Wintour, editora chefe da revista Vogue, o estilista foi trilhando seu caminho. Recebeu prêmios do conselho de moda, o que difundiu ainda mais seus trabalhos. Anna Wintour se referia a ele como “o grande oráculo do mundo fashion”.
Comanda hoje a criação da marca Louis Vuitton, que viu sua ousadia como uma oportunidade de modernizar seus produtos e assim atender à nova geração de consumidoras. O estilista já possui uma grife com seu próprio nome, e conta com mais de 100 lojas mundo afora - uma delas recém inaugurada no Brasi l- e ainda uma livraria comprada recentemente.
É conhecido pela sua originalidade e por não seguir ‘regras’. Ele faz a moda, não segue tendências de cada estação. Enquanto nomes da moda faziam coleções estilo safári, ele ousou e lançou uma coleção totalmente feminina, e sobre mais de quatrocentos e cinquenta mil pétalas de rosas suas modelos desfilaram.
O estilista favorito da cantora Lady Gaga, possui uma extensa lista de consumidores famosos, entre eles Sofia Coppola, Winona Ryder e Uma Thruman, entre outros.
Por Camila Leles e Paula Rabelo

John Galliano

O imprevisível, talentoso e polêmico estilista.
John Galliano

John Galliano foi o primeiro britânico a assumir o controle criativo de uma casa de moda francesa, a Dior em 1997. Nascido em Gibraltar, em 28 de novembro de 1960, Juan Carlos Antonio (seu nome de batismo), mudou-se para Londres em 1966.
Em 1984 graduou-se em design de moda na prestigiada St. Martins College of Art & Design em Londres, onde foi escolhido como sendo o melhor aluno do seu ano. Filho de mãe espanhola, de onde sempre busca inspiração e de pai inglês, Galliano construiu uma carreira fantástica ao longo de 14 anos.

Em 1997, Bernard Arnault pediu para que ele levasse sua excentricidade inglesa para a Christian Dior, que na altura encontrava-se em decadência. Galliano também mantém a sua própria marca, com o seu nome.

O amor do estilista pela marca Dior completou 10 anos em 2007, com um desfile de comemoração na L'Orangerie do Palácio de Versailles, tendo no casting as mais poderosas modelos como Gisele Bündchen, Raquel Zimmermann, Linda Evangelista e Naomi Campbell, desfilando as mais emblemáticas criações da marca.

Em 25 de fevereiro de 2011, a casa Dior anunciou que que havia suspendido Galliano na sequência de uma detenção sobre uma alegada agressão antissemita num bar de Paris. Três dias depois, o tablóide britânico "The Sun" publicou um vídeo em seu website mostrando Galliano em outro incidente no mesmo bar, proferindo insultos antissemitas a um grupo de mulheres italianas e declarando "eu amo Hitler ... Com Hitler você estaria morta. Sua mãe, seus antepassados seriam todos gaseados."

Sua carreira foi marcada por desfiles considerados verdadeiros shows, que envolvem os espectadores em meio à fantasia e as modelos se movimentam na passarela desempenhando papeis, como se estivessem em filmes.

 Por: Fernanda Vittori e Nayara Abreu



terça-feira, 12 de abril de 2011

Karl Lagerfeld - Discrição e atrevimento


A crítica costuma dizer que se Coco Chanel estivesse viva, faria exatamente o que Lagerfeld faz hoje na sua Maison. Dirigindo a gigante Chanel há 26 anos, o estilista é o responsável por manter a marca no topo da moda mundial com o refinamento e elegância das suas cobiçadas criações.

Karl Otto Lagerfeld  nasceu em 1938 na cidade de Hamburgo, na Alemanha. Em 1955, participou de um concurso de modelos de mantôs, promovido pelo International Wool Secretariat, ganhando o prêmio pelo melhor desenho da peça, dado por um júri no qual estavam Pierre Cardin e Hubert Givenchy, e o convite para o seu primeiro trabalho em uma casa de costura, a Bauman.

Enquanto a carreira de Karl estava em plena ascensão, a Maison Chanel passava anos de mesmice e insucesso após a morte de Coco em 1971. No ano de 1983, com a reputação solidamente estabelecida, Lagerfeld tornou-se o diretor criativo e estilista da grife. Na época, a notícia causou um alvoroço entre os fashionistas, uma vez que havia uma grande diferença entre o estilo atrevido do designer e o discreto e refinado de Coco Chanel.

Apenas um ano após assumir a Maison Chanel, o designer surpreendeu o mundo da moda novamente ao criar sua própria linha de prêt-à-porter, chamada "Karl Lagerfeld", e mais uma linha com preços mais acessíveis, a "KL". Além de supervisionar todas as suas casas, criar as coleções individuais e lançar fragrâncias de perfumes para várias delas, ele encontra tempo para hobbies criativos.

Amante da ópera, do teatro e do cinema, criou figurinos para La Scala, em Milão, para trabalhos de Arthur Schnitzler, e para muitos filmes, incluindo “The Sun Also Rises”, “Festa de Babette”, “Le Viva Vie”, e “O General Le Morte de l'Armee”. Seus outros passatempos incluem  decorar, restaurar casarões antigos e fotografar para anúncios de moda.

Karl Lagefeld comenta sobre John Galliano

Karl Lagerfeld se pronunciou a respeito das acusações antissemitas contra John Galliano mostrando-se bastante irritado com a situação, que pode prejudicar toda a indústria da moda. “Estou furiosocom ele por causa dos danos que ele causou ao LVMH e (ao presidente) Bernard Arnault, que é meu amigo e sempre apoiou Galliano mais do que qualquer pessoa no grupo de design, porque a Dior é a minha grife favorita. É como se fosse um filho que estivesse machucado”, afirma Lagerfeld. Segundo o estilista a questão principal não está mais ligada a saber se ele realmente falou aquilo. "Fazemos parte de um  negócio e especialmente hoje, com a internet, temos que ter mais cuidado do que nunca", conclui o estilista. 
 
Por: Aline Santos e Gabriela Faria