terça-feira, 12 de abril de 2011

Karl Lagerfeld - Discrição e atrevimento


A crítica costuma dizer que se Coco Chanel estivesse viva, faria exatamente o que Lagerfeld faz hoje na sua Maison. Dirigindo a gigante Chanel há 26 anos, o estilista é o responsável por manter a marca no topo da moda mundial com o refinamento e elegância das suas cobiçadas criações.

Karl Otto Lagerfeld  nasceu em 1938 na cidade de Hamburgo, na Alemanha. Em 1955, participou de um concurso de modelos de mantôs, promovido pelo International Wool Secretariat, ganhando o prêmio pelo melhor desenho da peça, dado por um júri no qual estavam Pierre Cardin e Hubert Givenchy, e o convite para o seu primeiro trabalho em uma casa de costura, a Bauman.

Enquanto a carreira de Karl estava em plena ascensão, a Maison Chanel passava anos de mesmice e insucesso após a morte de Coco em 1971. No ano de 1983, com a reputação solidamente estabelecida, Lagerfeld tornou-se o diretor criativo e estilista da grife. Na época, a notícia causou um alvoroço entre os fashionistas, uma vez que havia uma grande diferença entre o estilo atrevido do designer e o discreto e refinado de Coco Chanel.

Apenas um ano após assumir a Maison Chanel, o designer surpreendeu o mundo da moda novamente ao criar sua própria linha de prêt-à-porter, chamada "Karl Lagerfeld", e mais uma linha com preços mais acessíveis, a "KL". Além de supervisionar todas as suas casas, criar as coleções individuais e lançar fragrâncias de perfumes para várias delas, ele encontra tempo para hobbies criativos.

Amante da ópera, do teatro e do cinema, criou figurinos para La Scala, em Milão, para trabalhos de Arthur Schnitzler, e para muitos filmes, incluindo “The Sun Also Rises”, “Festa de Babette”, “Le Viva Vie”, e “O General Le Morte de l'Armee”. Seus outros passatempos incluem  decorar, restaurar casarões antigos e fotografar para anúncios de moda.

Karl Lagefeld comenta sobre John Galliano

Karl Lagerfeld se pronunciou a respeito das acusações antissemitas contra John Galliano mostrando-se bastante irritado com a situação, que pode prejudicar toda a indústria da moda. “Estou furiosocom ele por causa dos danos que ele causou ao LVMH e (ao presidente) Bernard Arnault, que é meu amigo e sempre apoiou Galliano mais do que qualquer pessoa no grupo de design, porque a Dior é a minha grife favorita. É como se fosse um filho que estivesse machucado”, afirma Lagerfeld. Segundo o estilista a questão principal não está mais ligada a saber se ele realmente falou aquilo. "Fazemos parte de um  negócio e especialmente hoje, com a internet, temos que ter mais cuidado do que nunca", conclui o estilista. 
 
Por: Aline Santos e Gabriela Faria

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