A exposição “La Vie en Rose – Sedução e controle na intimidade feminina”, está nas últimas semanas, exposta no Museu Abílio Barreto (Edifício sede – Foyer térreo),em homenagem ao Dia Internacional da Mulher que vai até o dia 6 de maio.
A mostra reúne lingeries que foram utilizadas desde a Belle Époque até o século XX, com peças íntimas do vestuário e a contenção feminina presente neste período, até que o costureiro francês Paul Poiret, em 1906, liberou sua silhueta. Destacam-se curiosidades, como achatadores de seios que eram muito usados na década de 20, espartilhos com armações e bordados na barbatana. São mais de sessenta peças, incluindo calçolas antigas usadas durante a gravidez, soutiens com recortes diferenciados e anáguas delicadamente bordadas à mão em tecidos preciosos como seda, renda e linho – para a produção industrial e o consumo em massa dos anos 1960, quando tecidos sintéticos como o nylon, o banlon e o jersey passaram a ser incorporados ao vestuário feminino.
O artista plástico Domingos Mazzilli é o curador da exposição, há cinco anos começou a colecionar peças intimas com o objetivo de criar a instalação. Durante este tempo prestou atenção nas formas e nos inúmeros significados sugeridos. “A intenção é refletir, a partir dessas peças íntimas, sobre a história feminina recente. São peças sedutoras, com suas rendas e bordados, e terríveis, devido a elásticos e presilhas que aprisionam e moldam a padrões estéticos”, conclui o curador, em entrevista para o Museu Abílio Barreto. A estudante de Design de Moda, Laura Queiroz, foi a exposição para conferir e acredita que acrescentou muito para conhecimento pessoal e cultura feminina.
Visitação: terça, sexta, sábado e domingo, das 10h às 17h; quarta e quinta-feira, das 10h às 21h.
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