quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A disparidade da moda na sociedade

 por Luiza Martuchelli

Em um mundo em que num segundo tudo pode mudar pela influência da sociedade de redes e informações como, por exemplo, o twitter, a informação torna-se o bem mais precioso. Como tudo vem mudando a moda não poderia ficar para trás. A roupa, o sapato e os acessórios, participam cada vez mais da vida das pessoas não mais com o objetivo de cobrir o corpo, mas como ostentação, demonstração de poder ou status.

A moda é guiada pelas grandes grifes que lançam tendências e ditam o que se deve ou não usar em determinada estação. Com a grande produção e influência das informações, quem domina os meandros principais dessa área, pode se considerar privilegiado. O estilo pessoal é importante. Saber escolher entre tanta informação o que lhe é apropriado é um desafio que temos de enfrentar, para estar inserido no contexto contemporâneo.

A escolha é um momento difícil. Às vezes o figurino que uma atriz de novela está usando, inserido naquele contexto e propriamente programado para aquele corpo, fica lindo, mas isso não quer dizer que a mesma roupa combine com você. Aprender a se olhar no espelho e fazer dele seu melhor amigo, é indispensável ou uma simples questão de bom senso. Ter estilo não é uma questão de se vestir bem, é uma questão de fazer com que a roupa sirva você, e não você sirva a roupa.

Vestir-se não é apenas colocar algo e sair por aí segurando uma roupa ao corpo. O que vestimos é, na verdade, o que somos e devemos sempre estar abertos às criticas para que então conheçamos melhor e mais a nós mesmos, pois o ato de se vestir não é mais apenas para cobrir a nudez, e sim para nos mostrar ao mundo.

Observando nosso cotidiano nos shoppings, boates, nas ruas da cidade, percebemos como a moda tem invadido a vida das pessoas. Vemos que as pessoas começam a percebê-la de forma diferente, não como nos antigos impérios, onde a corte comandava, e as rainhas ditavam o que se deveria vestir.  Maria Antonieta pode ser citada como uma revolucionaria, pois em tempos em que a mulher não representava mais do que reprodutor, ela descobriu como através da moda revolucionar seu tempo, e influenciar o modo de pensar de várias mulheres.

Fazer parte de uma sociedade elitista não é privilegio de reis, nobres ou o povo. O que nos diferencia dos nossos antepassados é que podemos crescer na vida, lutar pelo que queremos. A moda acompanha, como sempre acompanhou, essa sociedade elitista, em que os reis, hoje representados pela elite e pelas celebridades, usa grifes de grande renome ou consagradas pelo tempo. E a classe popular, que continua sendo a maioria luta pela fama e por um lugar de status. Buscar pela nossa identidade, não é mais só uma questão de estilo, e sim de destaque. Se conhecer antes de se mostrar é a melhor forma de se chegar a uma sociedade de opiniões, que se desenvolve cada dia mais.

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