terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Dois em Um

Androgenia ganha espaço nos editoriais e desfiles de moda. Mas será que todos estão prontos para isso?

Ana Beatriz Vasconcelos, Clara Vaz, Leopoldo Gurgel e Raquel Passarelli

(Andrej Pejic atual ícone de androgenia. 
Foto: Valérie Belin.)
Recentemente, a androgenia tem aparecido em diversos tablóides e editoriais de moda. Andrógino é aquela pessoa que se caracteriza por apresentar características sexuais ambíguas. Andrej Pejic atual ícone de androgenia anda estrelando diversos editoriais e desfiles, tanto quanto homem, quanto como mulher.
            Descoberto em Londres por Sarah Doukas, conhecida por descobrir Kate Moss, não obteve sucesso assim de primeira. Depois de tentar em várias agências em seu país de origem, Austrália, Pejic se mudou para Londres para tentar sua sorte, mas mesmo assim custou a obter algum reconhecimento. Foi dispensado várias vezes por não ter um perfil masculino o suficiente para campanhas masculinas e por não ser mulher, não poderia estrelar em campanhas e desfiles femininos.
            Mas não é todo mundo que acha isso normal, ou bonito, ou até mesmo correto. Apesar do estouro de Pejic e outros modelos na área, algumas pessoas não aceitam muito bem essa ‘dúvida’ ou incoerência de acordo com o gênero, enquanto outras consideram isso como uma jogada de publicidade incrível.
            Paulo Guerra, estudante de psicologia, tem uma opinião positiva sobre o assunto: “socialmente como acontece com tudo que é diferente, não é aceito. Para a sociedade se você é mulher, pareça mulher. Se você é homem pareça homem. Isso não é algo que vá mudar tão cedo. Esteticamente eu acho bonito, mas quando não vem com um completo exagero.Como Paulo, Daniel compartilha uma opinião positiva: “Eu sempre preferi a beleza exótica, então, sim acho que são bem bonitos e bonitas”.           
Marina Carvalho, estudante de Biologia já não vê beleza alguma. “Do ponto de vista cultural eu acho interessante. Apesar de ir totalmente contra a seleção natural do ponto de vista biológico, o ser humano consegue ultrapassar a seleção natural e seu caráter animal. Mas pessoalmente, não acho bonito”.
            Mas as opiniões são as mais diversas, há quem diga que é “nojento”, outros já tem em mente um homem afeminado, se expressando com adjetivos até mesmo baixos. Independente da visão geral, pelo menos no mundo artístico, vê-se um total sucesso desse novo artifício de publicidade e marketing. 

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