terça-feira, 31 de maio de 2011

Contrastes - A disparidade da moda na sociedade

      Há muito tempo a moda tem se tornado um divisor de classes. Ela continua sendo sinônimo de glamour, e mantém seu papel estimulando desejos nas pessoas, independente do seu poder aquisitivo.  A moda, mais que tudo, é necessidade. Necessidade de compra, necessidade de seguir uma tendência, necessidade de ter um estilo.
        Qualquer que seja a época que pesquisarmos em livros de indumentária, ou no Google, vamos perceber que desde sempre, a moda é um instrumento eficaz quando diferenciador social, seja em tecidos, cores ou número de peças usadas na vestimenta.  Hoje, a massa usa a mesma coisa que a classe alta, ela tem acesso aos mesmos modelos, às mesmas cores e aos mesmos materiais. A cópia na moda ainda prevalece.
Mais uma vez, citamos a necessidade. As pessoas têm necessidade de usar o que “está na moda”, e elas buscam isso sendo de classe A, B ou C. É nítida a hierarquia econômica mesmo usando a mesma moda, devido à disposição e combinação que as pessoas fazem.
            Atualmente, o que se altera nesse processo de segregação, é o transmissor de tendências. A partir dos anos 90, a televisão se tornou o maior influenciador de tendências no Brasil, principalmente as telenovelas. O público quer ter o que a mocinha da vez tem, quer um carro igual o dela, quer o seu guarda- roupa. O número de pessoas que busca informação na televisão e em revistas, também, é significantemente maior, do que aquele que freqüenta desfiles. Para que um designer se torne conhecido pela massa, a personagem de Paola de Oliveira_ mocinha de Insensato Coração, novela do horário nobre da Globo_ precisa vestir uma peça sua no capítulo da novela. Logo após esse reconhecimento, suas peças serão reproduzidas por marcas mais populares, depois vendidas em lojas de departamento por preços mais baixos. É após a compra, que o público aplica a tendência ao seu estilo de vida e suas limitações, dando forma àquela separação de massas.
O tempo pode ter passado, as fontes de moda podem ser outras, mas a moda continua sendo uma necessidade e uma ferramenta separatista econômica- social, e sempre vai ser.

Anna Karla Pereira
Aline Santos
Gabriela Faria

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