segunda-feira, 16 de maio de 2011

Sobre "A história da feiúra".

No livro “A história da feiúra”, Umberto Eco conta toda a trajetória da existência das coisas fora dos padrões de beleza. Ele atribui à feiúra significados mais amplos do que simplesmente ser oposta a beleza, além de demonstrar a evolução da feiúra ao longo dos séculos.

Platão costumava dizer que “existe um grau de beleza próprio a todas as coisas”. Todos os seres vivos consideram belo aquilo que lhe é semelhante ou presente em sua cultura.Uma máscara africana pode parecer estranha e feia a um europeu, porém é considerada bela para os africanos.Outro exemplo é a imagem de Cristo na cruz, que para os cristão pode ser um símbolo da fé, porém pode causar estranhamento a um indiano.

Podem-se observar diversas imagens, quadros  e esculturas feias e  importantes ao longo da história da humanidade, retratando que nem a beleza clássica ocidental não é a única existente. Alguns importantes membros da corte, que eram considerados feios,  são retratados em quadros sem sofrerem alterações para parecerem mais bonitos. Pela posição social ocupada por eles, não eram necessárias muitas mudanças para que tivessem prestígio na sociedade e entre as mulheres.

O satanismo, o sadismo e a bruxaria são rituais também interpretados como repudiosos pelo autor. Ele narra a história das bruxas e dos rituais satânicos na Idade Média, e a luta da Igreja para combater esse mal.

O livro de Umberto Eco traz inúmeras curiosidades sobre algo muito pouco pesquisado e muitas vezes considerado desinteressante. A sociedade moderna tende a se preocupar em divulgar padrões de beleza que são dificilmente alcançáveis, e a acobertar o feio dos olhos humanos. Através do conteúdo demonstrado pelo livro, conclui-se que a história da feiúra é tão ou mais interessante do que a história da beleza.

Escrito por: Nayara Sampaio e Fernanda Vittori

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