sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Galgando o sucesso, através de muito trabalho


 Logomarca célebre,
conhecida no mundo inteiro
Bruna Fontes


Produzida artesanalmente, em uma pequena oficina na França, em meados de 1854, malas e bolsas eram reinventadas, ganhando formas e padrões de desenho que se diferenciavam, se comparado ao que havia na época. Foi na segunda metade do século XIX que surgiu a marca Louis Vuitton, ganhando o nome do seu fabricante. 
 
A saga da tradicional marca francesa tem suas origens em uma pequena aldeia remota na região de Jura, próximo à fronteira com a Suíça. Louis Vuitton nasceu em 1821 nos seios de uma família pobre de moleiros e carpinteiros. Aos 14 anos, decidiu percorrer o trajeto de 400 km à pé, tendo em vista a tão sonhada Paris. Foi lá que aprendeu atividades manuais em marcenaria e, posteriormente, passou a trabalhar como aprendiz de fabricante de baús de viagem, usados pela alta sociedade. Seu desejo maior era aliar beleza e praticidade às malas que construía e conseguindo esta proeza, garantiu o pioneirismo na época. Seu caminho de sucesso começou a ser traçado no momento em que a imperatriz  Eugênia, esposa de Napoleão III, requisitou os seus serviços. A partir daí, sua sorte mudou e o jovem começou a colher os frutos de tanto trabalho e pesquisa.
Gaston Vuitto, neto de Louis Vuitton,
continuou os negócios da família
Após abrir a oficina, a primeira grande sacada de Vuitton foi criar um tecido altamente resistente e revestido (uma lona encerada impermeável, criando assim o conceito de malas “a prova d’água”), que iria substituir o couro. Um golpe de gênio: utilizar um material menos restritivo do que a pele natural e com melhor cheiro, já que as malas de couro da época eram famosas pelo forte odor. Além disso, ele revestiu os cantos dos baús com ponteiras de metal, tornando-os mais resistentes. E mesmo depois de aberta a oficina, ele ainda produzia por encomenda produtos exclusivos e únicos para os abastados da época. Criou as primeiras malles plates, um novo formato de baú que facilitava a arrumação nos porões dos navios e o empilhamento nos trens, e o revestiu com sua assinatura em cinza.


Louis Vuitton usou do seu apuro artesanal como principal ferramenta, que cativou muitos ricos e nobres da época. Com o crescimento da empresa e a divulgação da marca ao redor do mundo, Georges Vuitton, filho de Louis, uniu-se ao pai a partir de 1870, para a abertura de novas lojas fora de seu país de origem, que aconteceria somente quinze anos depois. Georges Vuitton herdou o poder criativo do pai e continuou a inovação da marca ao criar, em 1888, como forma de boicotar as imitações, uma nova impressão batizada de Damier (que remete a um tabuleiro de jogo de damas) em marrom e bege trazendo a inscrição “marque L. Vuitton déposée”, ou seja, marca registrada Louis Vuitton. Também marcante foram os tradicionais monogramas das letras LV, granulados e nas cores marrom e bege, juntamente com símbolos que reproduziam flores. Rapidamente, os baús e malas com monogramas da marca caracterizavam as pessoas ricas e de bom gosto nas viagens de trens e navios. E, depois, nas primeiras classes dos aviões.

As três gerações: Louis, Georges e Gaston Vuitton, com os trabalhadores da oficina em 1888.

Atualmente, a marca controla de perto os 14 ateliês e todas as lojas da marca no mundo. Não existem franquias e nem revendedores. O grau de perfeição exigido é alto e os detalhes são fundamentais no mercado do luxo, assim como o DNA da marca, que se define como o bom e velho artesanato francês.

Fonte: mundodasmarcas.blogspot.com

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