Logomarca célebre, conhecida no mundo inteiro |
Bruna Fontes
Produzida
artesanalmente, em uma pequena oficina na França, em meados de 1854,
malas e bolsas eram reinventadas, ganhando formas e padrões de
desenho que se diferenciavam, se comparado ao que havia na época.
Foi na segunda metade do século XIX que surgiu a marca Louis
Vuitton, ganhando o nome do seu
fabricante.
A saga da tradicional marca
francesa tem suas origens em uma pequena aldeia remota na região de
Jura, próximo à fronteira com a Suíça. Louis Vuitton nasceu em
1821 nos seios de uma família pobre de moleiros e carpinteiros. Aos
14 anos, decidiu percorrer o trajeto de 400 km à pé, tendo em vista
a tão sonhada Paris. Foi lá que aprendeu atividades manuais em
marcenaria e, posteriormente, passou a trabalhar como aprendiz de
fabricante de baús de viagem, usados pela alta sociedade. Seu desejo
maior era aliar beleza e praticidade às malas que construía e
conseguindo esta proeza, garantiu o pioneirismo na época. Seu
caminho de sucesso começou a ser traçado no momento em que a
imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, requisitou os seus
serviços. A partir daí, sua sorte mudou e o jovem começou a colher
os frutos de tanto trabalho e pesquisa.
Gaston Vuitto, neto de Louis Vuitton, continuou os negócios da família |
Louis Vuitton usou do seu apuro
artesanal como principal ferramenta, que cativou muitos ricos e
nobres da época. Com o crescimento da empresa e a divulgação da
marca ao redor do mundo, Georges Vuitton, filho de Louis, uniu-se ao
pai a partir de 1870, para a abertura de novas lojas fora de seu país
de origem, que aconteceria somente quinze anos depois. Georges
Vuitton herdou o poder criativo do pai e continuou a inovação da
marca ao criar, em 1888, como forma de boicotar as imitações, uma
nova impressão batizada de Damier
(que remete a um tabuleiro de jogo de damas) em marrom e bege
trazendo a inscrição “marque
L. Vuitton déposée”,
ou seja, marca registrada Louis Vuitton. Também marcante foram os
tradicionais monogramas das letras LV, granulados e nas cores marrom
e bege, juntamente com símbolos que reproduziam flores. Rapidamente,
os baús e malas com monogramas da marca caracterizavam as pessoas
ricas e de bom gosto nas viagens de trens e navios. E, depois, nas
primeiras classes dos aviões.
As três gerações: Louis, Georges e Gaston Vuitton, com os trabalhadores da oficina em 1888. |
Atualmente, a marca controla de perto os 14 ateliês e todas as lojas da marca no mundo. Não existem franquias e nem revendedores. O grau de perfeição exigido é alto e os detalhes são fundamentais no mercado do luxo, assim como o DNA da marca, que se define como o bom e velho artesanato francês.
Fonte: mundodasmarcas.blogspot.com
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