por Douglas Gomes e Paloma Ávila
Outros idolatram a possibilidade de se paramentar com camadas de tecidos e fazer deles expressão da arte do ser e se fazer perceber. Ambos tem espaço, dependendo da região e momento que se localizam em território brasileiro. Mas em Ouro Preto, no mês de julho principalmente, não tem como escapar, no máximo tentar enganar a sensação térmica que chega a graus negativos na madrugada. E são nelas, que as mais elegantes possibilidades de se vestir/expressar se realizam. Japonas, capas, gorros, panagens, cachecóis, botas, chapéus; lã, feltro, tricôs, bordados, couros; xadrezes, listras, terrosos... Tudo isso, compõe uma harmonia que rege as noites embaladas pelo conforto e calor dos abraços, chamegos, bons papos, velhas amizades, novas descobertas.
Um misto de criatividade e bom gosto. Essas são as características adequadas para desmistificar o que foi o Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana em 2013. Momento propício não só para agradar as novas modices, mas para rebuscar no guarda-roupa aquele casaco, suéter e roupa de frio que já saiu de moda e dar um toque sutil e inovador. Afinal, o velho faz parte do novo. Tudo volta à tona, de uma maneira diferente, ampliada e muito mais arrojada.
A arte visual não está somente no look. Um penteado despojado, uma maquiagem pin-up ou uma meia fina estiveram presentes e fizeram parte do conjunto de deslumbres. A vivacidade na simetria destes e de tantos outros adereços proporcionou equilíbrio, nitidez e nada mais, nada menos do que destaque. O reflexo da tradição se mostrou contemporâneo, cheio de vida e aprovado pelos turistas, universitários e ouro-pretanos. O inverno não só desencadeou o frio, mas, também, estimulou cada um a amar a arte não só pelo que ela é, mas pelo que ela pode nos acrescentar.
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