Por Nathália Souza
Considerado um mestre
alfaiate, é muito premiado e influente no mundo da moda. Suas roupas
são duráveis e mesclam estilo europeu com suas origens nipônicas.
Yohji Yamamoto não se considera um costureiro, mas sim um estilista.
Suas peças são despretensiosas
e interpreta muito quem a veste. “Eu
gostaria que as pessoas pudessem usar as minhas roupas por pelo menos
10 anos ou mais. É por isso que eu pedi a meus fabricantes um tecido
muito forte e acabamento durável”, conta o estilista.
O luto da mãe pela morte de
seu pai em combate na Segunda Guerra Mundial foi fonte de inspiração
para a criação de suas peças em tom de preto. Antimoda declarado e
criador de um conceito próprio, Yohji Yamamoto fundou, em 1972, sua
própria companhia de moda, lançando a linha Y, para mulheres e em
1977, em Tóquio, lançará sua primeira prêt-à-porter. “Meu
trabalho é motivado pelo ódio contra o sistema da moda”, afirma o
estilista.
Seu trabalho é aclamado e
criticado por muitos. Em sua estreia em Paris, suas roupas mais
simples impressionaram quem as viu. E, mesmo a crítica tentando
desmoralizá-lo, Yohji se manteve firme com uma legião de seguidores
o apoiando. “Depois
de meu primeiro desfile em Paris, em 1981, os compradores foram
correndo pra minha loja e a destruíram, tamanha era a fúria para
comprar as minhas roupas. Eu fiquei chocado. Não tinha ideia de que
podia ser assim”, destacou Yamamoto em entrevista à Vogue.
Como
toda empresa, a marca Yamamoto sofreu com problemas financeiros, o
que levou o estilista a reestruturá-la nos anos de 2009/2010. No
entanto, isso não impediu Yohji de continuar sendo um ícone da
moda. Em
seu último desfile em Paris este ano, as silhuetas amplas,
assimetria e transparências estiveram presentes em sua coleção.
Tecidos leves e cores fortes como rosa e roxo dividiram a passarela
com o preto vivo das peças de Yamamoto, que lançou sua própria
magia negra na estação.
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