sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Yohji Yamamoto, o Mr. Black das passarelas


Por Nathália Souza

Considerado um mestre alfaiate, é muito premiado e influente no mundo da moda. Suas roupas são duráveis e mesclam estilo europeu com suas origens nipônicas. Yohji Yamamoto não se considera um costureiro, mas sim um estilista. Suas peças são despretensiosas e interpreta muito quem a veste. “Eu gostaria que as pessoas pudessem usar as minhas roupas por pelo menos 10 anos ou mais. É por isso que eu pedi a meus fabricantes um tecido muito forte e acabamento durável”, conta o estilista.

O luto da mãe pela morte de seu pai em combate na Segunda Guerra Mundial foi fonte de inspiração para a criação de suas peças em tom de preto. Antimoda declarado e criador de um conceito próprio, Yohji Yamamoto fundou, em 1972, sua própria companhia de moda, lançando a linha Y, para mulheres e em 1977, em Tóquio, lançará sua primeira prêt-à-porter. Meu trabalho é motivado pelo ódio contra o sistema da moda”, afirma o estilista.

Seu trabalho é aclamado e criticado por muitos. Em sua estreia em Paris, suas roupas mais simples impressionaram quem as viu. E, mesmo a crítica tentando desmoralizá-lo, Yohji se manteve firme com uma legião de seguidores o apoiando. “Depois de meu primeiro desfile em Paris, em 1981, os compradores foram correndo pra minha loja e a destruíram, tamanha era a fúria para comprar as minhas roupas. Eu fiquei chocado. Não tinha ideia de que podia ser assim”, destacou Yamamoto em entrevista à Vogue.

Como toda empresa, a marca Yamamoto sofreu com problemas financeiros, o que levou o estilista a reestruturá-la nos anos de 2009/2010. No entanto, isso não impediu Yohji de continuar sendo um ícone da moda. Em seu último desfile em Paris este ano, as silhuetas amplas, assimetria e transparências estiveram presentes em sua coleção. Tecidos leves e cores fortes como rosa e roxo dividiram a passarela com o preto vivo das peças de Yamamoto, que lançou sua própria magia negra na estação.

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