Por Fernanda Belo, Isadora Lira e Maria Fernanda Pulici
A cidade sai
de pijama nos dias frios. Vestindo a preguiça, habitantes preferem o frio
repentino ao calor diário. Os alunos do ICSA possuem preguiça similar à cidade
e também aproveitam o frio para recuperar os moletons levemente mofados. Ao
meio dia, o Instituto de Ciências Sociais Aplicadas cai da cama. Empurrado por
estudantes com fome, começa a espreguiçar e fazer barulho. Em alegoria à obra
prima de Aloísio de Azevedo, nosso cortiço transita vivo, mas com GAP’s,
UFOP’s, Authentic’s, Long Island, bolinhas de pelo e dedos cobertos. A
exigência principal é o conforto. Fora isso, a desatenção, o “descombinamento”
e o desespero foram marcas que a instituição, involuntariamente, provocou.
Faltas de preocupação atingem grandes níveis, onde o excesso passa a ser motivo
de chacota. Não temos mães por perto, ditamos nossas próprias regras. O pijama
continua aceito, pois se dorme. Em casa ou na aula.
Nenhum comentário:
Postar um comentário